29 de julho de 2022

Em entrevista a Jovem Pan, Delcídio do Amaral conta por que saiu do PT

Pré-candidato ao cargo de deputado federal pelo Estado do Mato Grosso o Sul, o ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Pânico, da Jovem Pan, desta quinta-feira, 28, na qual falou sobre sua prisão por obstrução de justiça em 2015, no âmbito da crise política que atingia o país em meio aos desdobramentos da Operação Lava Jato. Ao comentar sobre o assunto, Delcídio disse ter recebido um tratamento por parte do PT que não foi dado nem aos acusados de corrupção que, posteriormente, foram condenados pela Justiça. “Quando eu fui preso, o PT, surpreendentemente, o senhor Rui Falcão, aquela bela figura, fez uma carta dizendo que eles não tinham nada a ver com isso. Nem me conheciam. O meu processo é por obstrução de justiça. O PT, com vários acusados de corrupção que depois foram condenados, não adotou esse tipo de atitude”, afirmou Delcídio. Veja a entrevista:

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Prefeita Adriane Lopes se reúne com embaixador da Irlanda em busca de parceria para implantação do parque tecnológico

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, cumpre agenda em Brasília nesta quinta-feira (28), onde foi recebida pelo embaixador da Irlanda no Brasil, Seán Hoy. O encontro, no Palácio do Itamaraty – sede do Ministério das Relações Exteriores, marca o início das conversações sobre futuras parcerias comerciais e tecnológicas destinadas à formatação do projeto do Parque Tecnológico e de Inovação planejado para a Esplanada Ferroviária. O embaixador mostrou-se receptivo à proposta de intercâmbio e também à ideia de ser firmado um acordo para tornar a capital sul-mato-grossense cidade-irmã de Dublin, capital irlandesa. A Prefeita Adriane Lopes, que esteve acompanhada da subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, vê nesta possível parceria com a Irlanda uma oportunidade para conhecer mais de perto a experiência irlandesa em inovação tecnológica. O país hoje é uma referência mundial, tanto que Dublin é considerada o vale do silício da Europa, por se tratar da sede de grandes empresas de tecnologia como Google, Facebook, LinkedIn, Tinder e Airb. Antes de buscar este intercâmbio com a Irlanda, a chefe do Executivo Municipal de Campo Grande esteve em São José dos Campos no último dia 9, onde foi conhecer o Parque Tecnológico da cidade do interior paulista, que é uma referência nacional na promoção da ciência, tecnologia e inovação. “Vamos buscar experiências bem-sucedidas e adaptá-las à realidade local . É uma fase de aprendizado fundamental para a construção de um modelo de parque tecnológico que seja uma ferramenta de desenvolvimento para nossa cidade”, comenta Adriane Lopes. A Prefeitura já assegurou junto à Finepe (Financiadora de Estudos e Projetos) R$ 7 milhões para custear a fase inicial de implantação do Parque Tecnológico e de Inovação. A captação foi aprovada 6 meses após o projeto ser apresentado a Financiadora, empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Já está em andamento o processo de licitação para reforma de duas incubadoras (Mário Covas e Santa Emília), um investimento de R$ 1,6 milhão. As incubadoras serão adaptadas também para funcionar como Hubs de Inovação, que serão integrados ao Parque Tecnológico. Os Hubs são físicos e/ou virtuais – nos quais empresas e startups podem trabalhar e ter acesso a contatos, investidores, mentores e fornecedores. Nesses ambientes férteis, os projetos têm maior facilidade para crescer, tanto pelo vasto networking, quanto pelo suporte para a aceleração dos negócios. O projeto integral prevê investimentos no valor de R$ 91.492.702,89, abrangendo a restauração do Complexo de Rotunda da Ferrovia, um Museu Interativo sobre a Ferrovia Noroeste do Brasil com imagens, textos e instalações multimídias. No local, o visitante vai “viajar” de forma virtual na história do modal ferroviário que teve um papel crucial no desenvolvimento e ocupação populacional de Campo Grande. A Estação Digital, de acordo com subsecretária Catiana Sabadin, vai criar um ambiente propício à integração das instituições de pesquisa, universidades e empresas, públicas e privadas, abrigando startups voltadas a inovação e tecnologia. Outras agendas Além de visitar a embaixada da Irlanda, a Prefeita Adriane Lopoes se reuniu com o embaixador Márcio Fagundes e o ministro João Carlos Parkinson. Em pauta foram debatidas as tratativas para a implementação do Corredor Bioceânico, que vai criar uma nova alternativa de escoamento da produção brasileira para a China e demais países do Pacífico, passando por Campo Grande.

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Alexandre de Moraes autoriza o Maranhão a não obedecer a lei

O ministro do STF autorizou o Estado a não pagar nenhuma de suas dívidas com a União, do Banco do Brasil à Caixa Econômica, do BNDES ao BID — nada, nem um tostão. (J.R. Guzzo, publicado no jornal Gazeta do Povo em 28 de julho 2022) O Congresso Nacional acaba de aprovar, quase por unanimidade e cumprindo processo absolutamente legal, uma lei que reduziu os impostos estaduais sobre os combustíveis e fez cair imediatamente o preço da gasolina, diesel e álcool para o consumidor. É um raríssimo momento em que o cidadão brasileiro recebe um benefício concreto, claro e compreensível das autoridades. Não há na lei, além disso, nenhuma redução real de receitas para os Estados, pois vão receber compensação pelo que deixaram de arrecadar. Acima de tudo, é lei. Lei é lei — simplesmente tem de ser cumprida por todos, e não há nada a discutir. Ou é isso, ou não há democracia; é um mandamento elementar em qualquer Estado democrático que as leis aprovadas de modo legítimo pelos representantes do povo estão acima das vontades individuais e são iguais para a sociedade inteira, sem exceção nenhuma. Mas isso aqui é o Brasil democrático do STF, e no Brasil democrático do STF lei não é o que o parlamento aprova — e sim o que o Supremo Tribunal Federal quer. A lei que fez baixar o preço dos combustíveis foi proposta pelo governo federal, e bem recebida pela população. Pronto: não é preciso mais nada. Se a lei vem do governo, e saiu de lá por vontade do presidente da República, é lei que não presta, e o STF não admite que ela seja aplicada como deveria. Quem não aceita as suas consequências, então, recebe apoio legal imediato dos ministros. É o que aconteceu com o Estado do Maranhão. O governador local declara a si próprio como um grande general da campanha do ex-presidente Lula para a presidência e também se exibe como um inimigo radical do governo; ao mesmo tempo, não aceita a lei que o Congresso aprovou. Corre, então, para pedir proteção ao STF. É atendido na hora. A licença para o Maranhão não obedecer a lei, safando-se dos seus efeitos práticos, foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, que já há muito tempo acumula suas funções no STF com a atuação de inimigo político número 1 do governo federal. Moraes, simplesmente, autorizou o Maranhão a não pagar nenhuma de suas dívidas com a União, do Banco do Brasil à Caixa Econômica, do BNDES ao BID — nada, nem um tostão. Pior: esse calote se aplica já nas parcelas que deveriam ser pagas no mês de julho, pois o Estado vive como um pedinte de rua, tendo de ganhar de manhã o dinheiro para o prato de comida do almoço. E a compensação das receitas, prevista na lei? O governador diz que não dá para “esperar”, porque há trâmites legais a cumprir — claro que há; ele queria que não houvesse? —, isso toma tempo e não existe um real de reserva no caixa do Estado para aguentar até a chegada do reembolso. Perfeitamente, decidiu o ministro. É isso mesmo: não dá para esperar, não é preciso pagar nada e o Estado pode começar já, neste minuto, a ignorar as suas obrigações com a União. Essa “União” é você mesmo, que paga sem dar um pio os seus impostos; é do seu bolso que vai sair o dinheiro que o governador e o ministro Moraes não querem pagar. Não se consegue achar nada de certo em nenhum ponto dessa história. Moraes disse, entre as justificativas de sua decisão, que a lei foi adotada de “forma unilateral” e “sem consulta aos Estados”. Que raio de raciocínio jurídico é esse? Desde quando, pelo que está escrito na Constituição e no restante da legislação brasileira, o Congresso Nacional deste país precisa consultar os “Estados”, ou seja lá quem for, para aprovar uma lei? Outra coisa: se o Maranhão está autorizado pelo STF a não pagar o que deve à União, porque os outros 26 Estados não teriam o mesmo direito? O STF vai atender a todos eles? No caso do Maranhão, esse grande campeão das “oposições”, bastou o governador dizer “não tenho dinheiro” para livrar-se das suas obrigações; não teve de comprovar nada, e ninguém lhe pediu demonstração nenhuma. Está valendo, isso? O cidadão diz: “Não dá para pagar” — e o Supremo aceita no mesmo instante a sua palavra como fato indiscutível, sem nenhuma comprovação séria? Não se disse uma palavra, também, sobre a responsabilidade que o governador tem na miséria financeira do Maranhão. Se o Estado está falido, a culpa é dele; com certeza não é do presidente, nem do Congresso, nem dos outros Estados. Nada disso faz qualquer sentido. Mas é o que se tem, num país em que a suprema corte se transformou em brigada de militância política, abandonou os seus deveres constitucionais e exerce a justiça através da vingança.

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