16 de abril de 2023

Com participação da ALEMS, evento internacional discute Rota Bioceânica

Representantes do Brasil, Argentina, Chile e Paraguai estão reunidos novamente para discutir a continuidade das ações para viabilizar a Rota Bioceânica, que ligará o Atlântico ao Pacífico, em um trajeto para facilitar o comércio da América do Sul com os países asiáticos. O 3º Foro de los Territorios Subnacionales está sendo realizado em Salta, na Argentina, e conta com a participação de Mato Grosso do Sul com o governador Eduardo Riedel (PSDB), o 1º secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado Paulo Corrêa (PSDB), a prefeita do município de Jardim, Clediane Areco Matzenbacher (PP) e o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), além de demais autoridades e empresários dos quatro países. Paulo Corrêa enalteceu que a Rota é prioridade. “Quero destacar que em apenas quatro meses do novo governo já estamos todos aqui trabalhando pela grande integração que será esse corredor bioceânico. Eu vi isso aqui e nos mostra que é um desejo efetivo de todos e não mais aquela ideia de que cada um defenda seu canto. A ALEMS está sendo representada, o deputado Zeca do PT também viria, mas ficou com dengue, está se recuperando e então estamos aqui todos juntos representando o Brasil”, destacou o deputado. Eduardo Riedel foi o único governador brasileiro a participar do evento e mencionou o progresso que a Rota vai proporcionar a todos os setores. “Traz desenvolvimento social, econômico, turístico, cultural, de negócios e de integração. Muita satisfação em enxergar de maneira concreta e em um horizonte curto de tempo este sonho de muitos anos. Nós iremos nos esforçar e fazer o necessário para concretizar o corredor”, completou Riedel. Esta conexão viária vai ligar o Centro-Oeste brasileiro com os portos de escoamento no oceano Pacífico de forma a facilitar as transações econômicas com o restante do mundo. Segundo o Poder Executivo, Mato Grosso do Sul é o coração da rota, que vai seguir pela cidade de Porto Murtinho; cruzará o território paraguaio por Carmelo Peralta, Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo. Depois irá atravessar por território argentino as cidades de Misión La Paz, Tartagal, Jujuy e Salta; ingressando no Chile pelo Passo de Jama, até alcançar os portos de Antofagasta, Mejillones e Iquique. A  Assembleia Legislativa foi pioneira na discussão do corredor bioceânico e promoveu o 1º Fórum de Integração em 2022. O evento reuniu ações a serem realizadas pelos países parceiros na Carta Campo Grande. Toda a cobertura está disponível em uma página multimídia especial, em que você pode acessar clicando aqui.

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Governo de SP quer trabalho no campo para moradores de rua

O governo de São Paulo pretende lançar um programa social em que pessoas em situação de rua sejam contratadas por produtores rurais. Entidades ouvidas pela Agência Brasil cobram diálogo para definir medidas para essa população e alertam para os riscos de exploração do trabalho. A Secretaria de Desenvolvimento Social informou, em nota, que está estruturando um programa que tem como um dos eixos capacitação, emprego e renda, seja na zona rural ou nas cidades. O secretário estadual de Desenvolvimento Social Filipe Sabará disse, em entrevista à Rede Globo na última quarta-feira (12), que o campo traz “uma qualidade de vida” e que o estado está resolvendo uma questão pendente que é a demanda por trabalho. “A gente está falando de produções orgânicas, a gente está falando de famílias agricultoras que tenham interesse de poder trabalhar com essas pessoas como mão de obra qualificada e obviamente com um salário bem pago. Hoje, as pessoas que buscam atendimento, buscam sair das ruas, já vêm com essa demanda de ‘poxa vida, eu gostaria de ter uma vida melhor, qual o tipo de emprego que você pode me oferecer e oportunidade’”, disse na ocasião. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, a iniciativa que vem sendo definida em parceria com as demais pastas leva em consideração questões de acolhimento, acompanhamento, segurança e geração de renda. Além disso, o governo afirmou, em nota, que tem realizado uma série de medidas para o acolhimento de usuários de drogas nas ruas da região central da capital. Preocupação Para o presidente do Movimento Estadual da População de Rua de São Paulo, Robson Mendonça, a característica de levar pessoas para trabalho em propriedades rurais é preocupante, considerando a vulnerabilidade dessa população e o contexto de ocorrência de trabalho análogo à escravidão no setor. “Quem garante que essa população não vai ser explorada, trabalhar [em situação] análoga à escravidão, com essa desculpa de levar para fazenda para ter ocupação? Então eu vejo esse projeto completamente negativo, eu acho que devia ser melhor estudado. A gente não sabe qual é a fazenda que vão ser encaminhados, não sabe qual é a metodologia que vai ser usada, então eu, de início, sou totalmente contra esse programa do governo”, disse. Ele avalia que “um projeto satisfatório seria reunir os movimentos de população em situação de rua, as entidades que trabalham com população em situação de rua e a população de rua e ver a maneira mais viável, mais aceitável para que haja um projeto, não de cima para baixo, mas de baixo para cima, capaz da recuperação e da inclusão social das populações”. A falta de diálogo com a sociedade também é uma crítica de Luiz Kohara, fundador do Centro Gaspar de Direitos Humanos. Ele alerta que empresas e trabalhadores precisam estar preparados para um programa como este. “Primeiro as empresas estarem preparadas e com disposição de fazer esse trabalho, porque as pessoas que estão em situação de rua, muitas vezes, até chegar na rua, ela chega com muitas vulnerabilidades. O trabalho é uma das necessidades que ela tem, mas ela também precisa de outros apoios, dependendo de cada situação”, disse. “E também as pessoas precisam estar preparadas para esse tipo de trabalho. Tem o risco, porque a gente escuta e vê muitas situações em que as pessoas, principalmente as mais fragilizadas, mais vulnerabilizadas e mais simples, acabam se submetendo a trabalho escravo. Precisa ter um controle social para realmente ser um processo de inserção social”, acrescentou. Em relação ao tipo de abordagem com maiores chances de sucesso para reinserir a população em situação de rua, Kohara aponta que experiências, inclusive internacionais, revelam ser importante garantir moradia. “O básico e estruturante é primeiro de tudo garantir a moradia dessas pessoas e, junto com a moradia, que a pessoa tenha uma estabilidade, ter apoio na área da saúde, que até a própria situação de rua leva para muitas condições de problema de saúde. E depois também o trabalho. Esse tripé, para quem está em situação de rua, é fundamental porque ela vai criando um processo, tendo uma moradia, tendo um tratamento e tendo acesso ao trabalho e renda, ela vai se fortalecendo e vai ganhando autonomia. E ela vai construindo todo um processo de ir ela mesma dando os passos da própria vida”, disse. A Defensoria Pública de SP, por meio do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH), também manifestou preocupação com uma eventual política de expulsão de pessoas em situação de rua. Em nota, o órgão informou que não teve acesso ao teor do programa e busca tomar conhecimento do projeto para, então, definir seu posicionamento e atuação, em caso de eventuais violações de direitos. “O que, caso verificado [violações de direitos], ofenderia o direito constitucional à liberdade e a diretriz da Política Estadual de Atenção Específica para a População em Situação de Rua (art. 4º, parágrafo 9, da Lei Estadual 16.544 de 2017) de respeito às singularidades de cada pessoa em situação de rua, com observância do direito de livre circulação entre municípios e a permanência nos municípios que forem mais convenientes à manutenção de sua vida e dignidade, conforme opção de cada indivíduo”, disse, em nota. Ainda segundo o órgão, a Resolução nº 40 de 2020 do Conselho Nacional de Direitos Humanos também deve ser observada, já que estabelece no artigo 13 que “configura violação de direitos humanos a suspensão e expulsão de pessoas em situação de rua dos serviços públicos como forma de solução de conflitos”. Grades na Praça da Sé A Prefeitura de São Paulo instalou nesta semana grades móveis na Praça da Sé, centro da capital paulista, para ações de zeladoria no local. De acordo com a subprefeitura da Sé, desde a última segunda-feira (10), foi iniciado o cercamento provisório, com a instalação de gradis móveis para proteger os jardins e os locais que estão recebendo as intervenções. “Uma parte é cercada e quando termina, outra parte passa pelo mesmo processo, que vai da reforma de passeio, paisagismo, poda de árvores e lavagem da área do passeio, entre outros serviços”, informou o município, em nota.

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Puccinelli diz que não quer ser candidato, mas seguirá vontade do partido

O ex-governador André Puccinelli, veterano do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) em Mato Grosso do Sul, colocou-se à disposição da sigla para concorrer à Prefeitura de Campo Grande, nas eleições municipais em 2024, apesar de não ser uma pretensão pessoal.  “Sempre fui partidário. Se o partido me escalar, eu me candidato. Pretensão eu não tenho, mas como partidário eu cumpro as missões que um partido determina”, explicou Puccinelli.  A afirmação foi dada em reunião do MDB em Campo Grande, na manhã deste sábado (15), com representantes e vereadores das 79 cidades do Estado. O encontro é o passo inicial do partido para se organizar para as eleições do ano que vem.  Puccinelli é cogitado pelo alto escalão do partido. De acordo com o presidente do MDB em Mato Grosso do Sul, deputado estadual Junior Mochi, o ex-governador, ao lado do vereador Dr. Jamal, são fortes nomes do partido para o executivo da Capital, apesar de ainda não terem definições sobre o tema. “Nomes de peso para candidatura municipal são o [vereador] Dr. Jamal e André Puccinelli. Eles não são pré-candidatos, mas são nomes de peso. O André Puccinelli é o nome de maior peso do partido atualmente, mas ainda não há nada definido”, ele explicou.  Nomes serão definidos nos próximos meses O encontro do MDB nesta manhã é uma conversa inicial para a organização do partido, na Capital e interior, para as eleições em 2024. A expectativa é que a definição dos nomes dos candidatos seja anunciada nos próximos meses.  A sigla conta 2 milhões de filiados no Brasil, sendo 200 mil em Mato Grosso do Sul. De acordo com Mochi, um dos objetivos para o ano que vem é aumentar o número eleitos em Prefeituras e em câmaras municipais. O ex-senador do MDB por Mato Grosso do Sul entre 2011 e 2019, Waldemir Moka, afirmou que não pretende concorrer a nenhum cargo político e que deseja pleitear a vaga de dirigente, nas próximas eleições.  “Quero ajudar a orientar os candidatos do partido, me coloco a disposição para ser dirigente”, apontou. 

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Ponte em Murtinho avança e Rota na Argentina e Chile começa a sair do papel

Mato Grosso do Sul acompanha com expectativa as obras que vão tirar a Rota Bioceânica do status de projeto e alça-la como realidade. A infraestrutura é ponto crucial no encurtamento do caminho até a Ásia e para que o novo percurso das exportações tenha êxito como elemento para alavancar o desenvolvimento regional. Foi diante deste cenário que o governador Eduardo Riedel detalhou, em evento realizado na quinta-feira (13) na abertura da Expogrande 2023, o andamento das obras. Ele ainda aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância da concretização da Rota. “A ponte [sobre o rio Paraguai, ligando o Brasil ao país vizinho] em Porto Murtinho está com 20% pronta. É uma obra em andamento e que conta com Itaipu financiando, com recurso já provisionado. Ou seja, é uma obra que não para”, explica. Riedel completa ainda que os recursos para a construção das alças de acesso à ponte, no lado brasileiro, já foram alocados no orçamento federal, chegando a aproximadamente R$ 100 milhões. A licitação para a obra deve acontecer em maio. “Mais adiante na Rota temos ainda o trecho paraguaio, com 220 km acontecendo. Este é o último trecho de pavimentação lá. Na conexão com a Argentina, 30 km de estrada sem pavimentar já estão licitando em Salta”, revela o chefe do Executivo. O governador finaliza afirmando ainda que no segundo eixo da Rota Bioceânica, que liga a Argentina ao Chile, também há bom encaminhamento para as exportações ocorrem pelo porto chileno de Antofagasta, situação essa que encurtará a viagem até o oceano Pacífico em 200 km ante a outra opção, que é o porto de Iquique, também no Chile. Impacto é mudança de patamar Na mesma quinta-feira, o governador participou do Fórum sobre a Rota Bioceânica ao lado do secretário de Desenvolvimento e Inovação, Jaime Verruck. O evento aconteceu em Salta, cidade da região norte argentina e que recebeu seis governadores do Brasil, Chile, Argentina e Paraguai. Riedel foi o único brasileiro presente. “A Rota Bioceânica é um dos marcos de mudança de patamar econômico de Mato Grosso do Sul que virá acompanhado de bem estar para a nossa população. Trabalhamos para isso”, frisa Eduardo Riedel, ao destacar a capacidade de integralizar a produção local. Segundo o governador, o corredor não será uma mera via de exportação de commodities, que fazem parte da essência econômica sul-mato-grossense, e sim um instrumento capaz de abrir oportunidades e atrair novos investimentos ao Estado. “Não vai ser só levar commodity. Vai ser difícil tirar soja pela Rota. Soja sai pelo porto de Murtinho, que vai dobrar a capacidade [de escoamento]. Vamos em breve licitar o segundo porto lá. Soja sai pela ferrovia. Mas pela Rota vão entrar e sair produtos de valor agregado. É esse o roteiro que está sendo construído e que vai ajudar muito no desenvolvimento do Estado”, finaliza o governador.

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