3 de setembro de 2023

Prefeitura de Campo Grande inicia primeira etapa da pavimentação e drenagem no Jardim Noroeste, atendendo antiga reivindicação dos moradores

A prefeita Adriane Lopes anunciou neste sábado (02) o início da primeira etapa de pavimentação asfáltica e drenagem no Jardim Noroeste. Serão investidos mais de R$ 9,4 milhões, por meio de parceria com o Governo do Estado e Caixa Econômica Federal (CEF). A ordem de serviço foi dada durante o evento “Emha em Ação”, realizado na Escola Municipal Rachid Saldanha Derzi, como parte da programação de comemoração dos 124 anos de Campo Grande. “Estou lançando aqui, dando a ordem de serviço, da primeira etapa do asfalto do Jardim Noroeste. Eu não prometi, eu já resolvi e estou dando a ordem de serviço. O Jardim Noroeste é um dos maiores bairros de Campo Grande, vamos lançar a primeira etapa e terminar. Consegui recurso para a primeira etapa, terminando a primeira etapa vamos para a segunda etapa. Então o que vou pedir a vocês, paciência, porque a gente não consegue entrar e asfaltar o bairro inteiro de uma vez, é por etapas. Vamos trazer asfalto para todo o Jardim Noroeste, não estou vendendo sonhos, estou solucionando problema e atendendo os anseios de vocês, moradores aqui do Jardim Noroeste”, disse Adriane Lopes, sob aplausos dos moradores que participavam do evento. Serão pavimentados 1,6 km da Rua Indianápolis, que fica ao lado do complexo penitenciário formado pelos presídios de Segurança Máxima, de Trânsito, Centro de Triagem e Instituto Penal de Campo Grande, além do Presídio Militar. Essa obra vai evitar que a terra das ruas dessa região do Jardim Noroeste seja levada pela correnteza para a região do Parque dos Poderes, prejudicando aquela importante área de recursos naturais. No trecho a ser pavimentado serão construídas também calçadas com acessibilidade. Para acabar com o drama dos moradores da região em épocas de chuva forte, nesta primeira etapa do projeto a Prefeitura está executando também 4,1 km de drenagem nas estradas EW2, EW3, EN3 até a SE01, na Chácara dos Poderes, bairro que fica ao lado do Jardim Noroeste. Já estão sendo colocados os tubos que vão evitar que a água da chuva provoque erosão nas ruas e estradas, como ocorreu em março deste ano na SE-01, que teve que ser interditada por causa do buraco aberto com o temporal. Ao falar sobre o projeto, a prefeita Adriane Lopes explicou a complexidade da obra, por causa do relevo da região. “Essa primeira etapa foi lançada com um estudo técnico, planejamento estratégico, tendo em vista que é um bairro que a drenagem é muito pesada”. Para conter a água que desce com força nos dias de chuva intensa, está sendo construída também uma bacia de amortecimento, que serve como uma espécie de reservatório, para evitar as erosões. O prazo previsto para conclusão dessa primeira etapa do projeto é de 360 dias.

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“MS para o Mundo”: Turismo cresce com a Rota Bioceânica

Um leque de possibilidades turísticas se abre com a Rota Bioceânica. Aproximadamente 2.200 km separam a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, dos portos chilenos, por um novo trajeto rodoviário, que em breve se tornará possível, abrindo caminho para novas possibilidades turísticas. Trata-se da Rota Bioceânica, que ligará os dois oceanos: Atlântico e Pacifico, facilitando o comércio entre a América do Sul e o Sudeste Asiático. A Rota Bioceânica inclui trechos rodoviários no Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. “Os grandes diferenciais da Rota Bioceânica são as singularidades dos países que a compõem”, explica Thiago Andrade Asato, professor do curso de Turismo da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e Mestre e Doutor pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). O professor Thiago Asato acredita que o turismo sul-mato-grossense terá um crescimento exponencial. “Considerando o trecho de Campo Grande a Porto Murtinho, temos as águas transparentes do Rio da Prata em Jardim, que deve ter um incremento nas vendas turísticas junto a Bodoquena e Bonito, este último um destino já consolidado”, justifica. Na sua avaliação, a capital Campo Grande terá destaque pela procura pelo Bioparque Pantanal e pelos corredores gastronômicos que a cidade vem aprimorando ao longo dos anos, além do turismo de natureza em seu entorno, onde se enquadra também a modalidade do turismo de observação de aves. “Oficialmente não temos uma rota turística sul-americana entre países. No mundo, a rota mais conhecida entre países é o Caminho de Santiago de Compostela. Considero também um trajeto importante a Rota 66, que não é entre países, mas pela dimensão geográfica do itinerário – passa por 5 estados norte-americanos – merece ser estudada como benchmarking“, avalia. Além de um grande entusiasta pela concretização da Rota, o professor estuda suas potencialidades com o olhar para o turismo desde seu doutorado em Desenvolvimento Local em 2018. “A vegetação de Chaco Paraguaio é singular. Na Argentina e Chile, temos as paisagens desérticas, que não há no Brasil, como o Deserto de Sal e o Deserto do Atacama. Existe ainda a Bolívia como destino indutor para aqueles que desejarem estender a viagem”, acrescenta o estudioso, que já percorreu várias vezes parte do trecho da Rota Bioceânica, entre o Brasil e Paraguai. De acordo com o professor, houve uma melhora considerável de infraestrutura em Porto Murtinho, com abertura de um restaurante com espaço para mais de 400 pessoas, além de um amplo espaço de estacionamento para caminhões, já se antecipando ao grande movimento que se espera no trecho de fronteira com Carmelo Peralta, no Paraguai. “A parte infraestrutural é o primeiro indício de construção de uma rota de turismo e é a fase que vivenciamos no momento. As lacunas estão em parte das estradas em trecho paraguaio e na construção da ponte bioceânica, que já ultrapassa os 25% de sua etapa de construção”. Assato pontua que nas cidades de fronteira espera-se uma uniformidade em termos de ofertas que compõem a cadeia turística como opções de meios de hospedagem (hotéis, pousadas, hostels e serviços de aluguel por temporada), crescimento do número de agências de viagens, casas de câmbio, oferta gastronômica e entretenimento para diferentes perfis de viajantes. “Os pontos de apoio na estrada vão evoluir a medida que a ponte binacional se aproxime da sua conclusão. Com esta proximidade, plataformas de aplicativos de motoristas devem ocupar mais espaço nas cidades de fronteira. A gestão da saúde também deve ser pautada com implantação de mais leitos e clínicas ou hospitais”, diz. Cenários Deslumbrantes No chaco paraguaio, o turista poderá apreciar lagoas de água salgada e presença de árvores como o palo borracho, típico daquela vegetação. A gastronomia paraguaia já presente em Mato Grosso do Sul será destaque ao longo do trecho da Rota, com menção honrosa ainda para as empanadas argentinas e os vinhos argentinos e chilenos. “O turismo cultural de Porto Murtinho, Salta, Jujuy e San Pedro de Atacama ficarão ainda mais evidenciados, bem como o patrimônio imaterial, como as danças e festividades: a Pachamama, na Argentina, é uma das mais conhecidas na região. O turismo de observação de estrelas será outro destaque em trecho chileno, bem como o enoturismo no Chile e Argentina”. O estudioso ainda vislumbra possibilidade para o turismo de negócios. “Certamente se consolidará a partir da concretização da ponte binacional, bem como o turismo de contemplação, que terá como ponto forte a vista dos dois lados da ponte binacional”. A Rota da Sustentabilidade O professor analisa que do ponto de vista da sustentabilidade turística, a educação é o principal indutor da mudança de paradigma. Ele acredita que a inserção de uma grade curricular escolar no ensino médio, contemplando eixos como empreendedorismo e idiomas pode ser um caminho de conscientização e capacitação. “É o segundo elemento característico na construção de uma rota internacional de turismo. Pedágios nos trechos rodoviários, que se voltem para a preservação ambiental, com multas que pesem no bolso do contribuinte, também podem ser pensados. Esperamos que haja leis nos primeiros anos da nova Rota que tragam subsídios para os empresários locais se prepararem com antecedência para criar caminhos uniformes de infraestrutura, pessoas capacitadas e variedade de produtos e serviços”, garante. Para o professor Asato, a Rota Bioceânica vai atrair todos os tipos de viajantes, “desde a geração Z, iniciando no mercado de trabalho e ansiosa por experiências, principalmente pela lacuna de entretenimento e expansão da ansiedade e traumas que a pandemia do Covid19 trouxe, até viagens de grandes famílias e pessoas em busca de um resignificado para suas vidas, além da experiência de conhecermos três culturas diferentes em uma única viagem.”

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