24 de novembro de 2023

Petrobras anuncia retomada de investimentos na fábrica de fertilizantes de Três Lagoas e conclusão da obra

A Petrobras revelou na noite de quinta-feira (23) os detalhes de seu plano estratégico de investimentos para o período de 2024 a 2028, destacando a retomada da construção da fábrica de fertilizantes UFN3, localizada em Três Lagoas. A expectativa é de que a conclusão da obra ocorra em um prazo de até dois anos. “O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o plano estratégico de investimentos de 2024 a 2028, marcando um forte compromisso da empresa com a descarbonização e a produção de combustíveis alternativos”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc. “O presidente Lula expressou o desejo de inaugurar a UFN3 durante seu mandato, um sinal positivo para a economia local e a indústria de fertilizantes”, acrescentou. Jaime Verruck enfatizou os esforços do governo estadual para a conclusão da obra, ressaltando a importância estratégica do empreendimento para a economia sul-mato-grossense. Além disso, destacou a ampliação da produção de combustíveis renováveis, um impulso significativo para o setor do agronegócio na região. “A notícia traz esperança para a comunidade e empresas locais, pois a retomada das obras da UFN3 estava entre as expectativas desde a paralisação em 2014. Com a aprovação do plano estratégico, a Petrobras planeja definir o cronograma nos próximos meses, visando iniciar as obras em 2024 e inaugurar a fábrica em 2026”. A UFN3, quando concluída, terá um papel fundamental na redução da dependência brasileira em 15% dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes. No entanto, há desafios a serem superados, como a necessidade de equacionar o fornecimento de gás nos próximos dois anos para atender à demanda estimada em 2,5 milhões de metros cúbicos de gás natural. “Em resumo, a retomada dos investimentos na fábrica de fertilizantes em Três Lagoas não apenas impulsiona a economia local, mas também reforça o compromisso da Petrobras com a inovação sustentável e a diversificação de sua produção de combustíveis”, finalizou Jaime Verruck. Com 81% da obra realizada, a construção foi paralisada no final de 2014. A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.

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Lula: pensão aos filhos das vítimas é reparação histórica

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta sexta-feira, 24 de novembro, a lei que institui pensão para os filhos de pessoas acometidas por hanseníase que foram colocadas em isolamento, domiciliar ou em seringais, ou internadas em hospitais-colônia compulsoriamente, o que causava a separação das famílias. O benefício é mensal, vitalício e intransferível, em valor não inferior a um salário mínimo (R$ 1.320) e sem efeito retroativo. “O Estado errou ao manter segregados pais e filhos, mesmo depois de a cura para a hanseníase ter sido descoberta na década de 1940. Mesmo depois da recomendação mundial para o fim do isolamento nos anos 1950. Errou por manter, na prática, a política de segregação até o ano de 1986. É preciso pedir desculpas. E é preciso, principalmente, construir políticas públicas para reparar os danos sociais que a segregação causou” Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República “Nenhum dinheiro do mundo é capaz de compensar ou apagar as marcas que a segregação provocou na alma e no coração das pessoas portadoras de hanseníase e suas famílias. Mas estender aos filhos o direito à pensão especial é dar mais um passo importante para reparação de uma dívida enorme que o Brasil tem com aqueles que, durante anos, foram privados dos cuidados e carinho dos pais”, afirmou o presidente Lula ao sancionar a lei no Palácio do Planalto. O PL nº 3.023/2022 altera a Lei nº 11.520/2007 — criada a partir de Medida Provisória do segundo mandato do presidente Lula —, que concedeu pensão às pessoas com hanseníase isoladas ou internadas compulsoriamente até 1986, para incluir os seus filhos. Outra novidade é que agora fica estipulado valor não inferior a um salário mínimo nas pensões de pessoas que ficaram isoladas. A nova legislação é uma reparação histórica da decisão do Estado brasileiro, que vigorou desde a década de 1920 e determinava isolamento e internação compulsória de pessoas com a doença. Embora tenha sido abolida em 1962, a prática, que causava a separação de famílias, persistiu até 1986, quando foi definitivamente encerrada. “O Estado errou ao manter segregados pais e filhos, mesmo depois de a cura para a hanseníase ter sido descoberta na década de 1940. Mesmo depois da recomendação mundial para o fim do isolamento nos anos 1950. Errou por manter, na prática, a política de segregação até o ano de 1986. É preciso pedir desculpas. E é preciso, principalmente, construir políticas públicas para reparar os danos sociais que a segregação causou”, disse Lula. O presidente contou que visitou colônias e ex-colônias, antes, durante e depois de deixar a presidência em 2010. “Nesses encontros, fiz amigos e conheci de perto a complexidade da hanseníase e a realidade de homens e mulheres que contraíram a doença”, ressaltou. Lula também se comprometeu a reconstruir uma política para que seja possível acabar definitivamente com a hanseníase no país. “Hoje é um dia de consagração dos nossos 11 meses de governo. Nesta semana, nós fizemos aqui muitas coisas de interesse do povo brasileiro: a questão da educação das crianças com deficiência, do Viver sem Limite (Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência), de cuidar das pessoas que mais precisam do Estado. E não poderia ser mais feliz de, na sexta-feira, fazer a reparação histórica de erros cometidos pelo Estado brasileiro”, celebrou o presidente. Veja o vídeo:

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