3 de agosto de 2024

Relembre as vezes em que a líder do PT defendeu o ditador Maduro

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), tem um histórico de defesas públicas do ditador venezuelano Nicolás Maduro. Na última segunda-feira (29), uma nota assinada pela Executiva nacional da sigla reconheceu Maduro como “presidente reeleito” em um pleito questionado por suspeitas de fraude, motivando críticas de opositores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e provocando um “racha” na legenda. Membros do PT disseram ao Estadão que, desde que assumiu a direção do partido em 2017, Gleisi se consolidou como uma das principais vozes na defesa da aproximação do PT com o chavismo. Em outras ocasiões, declarações da presidente e notas da Executiva Nacional do PT que mencionaram o governo venezuelano causaram rusgas na legenda. GLEISI JÁ DISSE QUE MADURO TINHA “LEGITIMIDADE” Logo quando assumiu a presidência do PT em 2017, Gleisi disse que o partido expressava “apoio e solidariedade” a Maduro. Na época, Juan Guaidó, opositor do chavismo, se autoproclamou presidente da Venezuela. A declaração da petista ocorreu no 23º Encontro do Foro de São Paulo, tradicional reunião de partidos e políticos de esquerda, realizado na Nicarágua. Durante a crise política, Gleisi chegou a comparar Guaidó ao ex-presidente Michel Temer (MDB), que assumiu a Presidência após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). – A oposição a Maduro quer chegar ao poder como Temer. Parece que as coisas lá [na Venezuela] são diferentes. Gostando-se ou não de Maduro, ele tem legitimidade, foi eleito em urna, o que não é o caso de quem hoje governa o Brasil – disse. GLEISI DISSE QUE NÃO IR À POSSE DE MADURO SERIA “COVARDIA” Em 2019, Gleisi foi à Venezuela para representar o PT na posse de Maduro, que assumiu o segundo mandato. Assim como agora, a vitória de Maduro foi questionada por falta de lisura nas apurações e perseguição a opositores. O então presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) e outros 12 presidentes assinaram um documento pedindo que Maduro não assumisse o mandato. A postura de Bolsonaro foi criticada por Gleisi, que classificou o Planalto como subserviente aos interesses dos Estados Unidos na época. – Para deixar claro que não concordamos com a política intervencionista e golpista incentivada pelos Estados Unidos, com a adesão do atual governo brasileiro e outros governos reacionários. Bloqueios, sanções e manobras de sabotagem ferem o direito internacional, levando o povo venezuelano a sofrimentos brutais – afirmou Gleisi em uma nota do PT, na qual justificou a presença na cerimônia de posse do ditador. Pela rede social X, Gleisi afirmou que não ir à posse do ditador venezuelano seria uma “covardia” e minimizou críticas sobre o autoritarismo do chavista. – A esquerda pode ter críticas ao governo Maduro, mas o destino da Venezuela está nas mãos do seu povo e de mais ninguém – disse a presidente do PT em janeiro de 2019. GLEISI DISSE QUE A VENEZUELA É ALVO DE “MUITO PRECONCEITO” Em maio do ano passado, já no terceiro mandato de Lula, Gleisi defendeu no X a vinda de Maduro para o Brasil e a reaproximação entre os dois países. Segundo a presidente do PT, ele é alvo de “muito preconceito”. A dirigente partidária também afirmou que Lula já havia se reunido com governantes “dos mais variados regimes políticos”. Durante a visita do ditador ao Brasil, Lula afirmou que Maduro era alvo de “narrativas” e classificou opositores do venezuelano no cenário internacional como “nossos adversários”. O chavista, por sua vez, afirmou que era alvo de uma “perseguição” emplacada pelos Estados Unidos. – Acho que cabe à Venezuela mostrar a sua narrativa, para que possa fazer as pessoas mudarem de opinião. É preciso que você construa a sua narrativa e acho que, por tudo que conversamos, a sua narrativa vai ser melhor do que a que eles têm usado contra você. Nossos adversários vão ter que pedir desculpa pelo estrago que fizeram na Venezuela – disse Lula, na ocasião. GLEISI CREDITOU A LULA ACORDO ENTRE MADURO E OPOSIÇÃO Em outubro do ano passado, a presidente do PT mencionou um pacto entre Maduro e a oposição que “garantiu” a realização da eleição presidencial. Segundo ela, o acordo se deu após articulação direta de Lula com a política venezuelana. – Presidente Lula, mais uma vez, mostrou que respeitar a soberania dos países e promover o diálogo é o caminho da paz e da democracia. Bem diferente da extrema-direita e dos subservientes bolsonaristas que estavam no governo antes dele – afirmou Gleisi no X. Desde o anúncio do acordo até a realização da eleição, os principais adversários de Maduro foram proibidos de participar do pleito presidencial. Uma delas foi María Corina Machado, maior representante do combate ao chavismo que conquistou mais de 90% nas primárias da oposição e foi declarada inelegível pela Justiça venezuelana, controlada pelo governo.  

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Aliados querem distância do apoio velado de Lula à fraude do ditador Maduro

Petistas mais moderados ou menos radicais, e aliados de Lula, especialmente do PSB, querem se descolar da atitude do presidente que passa pano para o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Os socialistas são quase unânimes ao preferirem distanciamento do PT nesse tema, que envergonha todo mundo. No Recife, por exemplo, a campanha do prefeito João Campos, que tenta reeleição, recebeu com alívio sua decisão de compor chapa com nome do PCdoB, puxadinho do PT. No Rio de Janeiro, o posicionamento do PT e a omissão de Lula fechou de vez a chance de levar a vaga de vice de Eduardo Paes (PSD). Convocação de ministros, embaixadores e de Celso Amorim, o chanceler de fato, dá munição adicional à oposição, na campanha municipal. Petistas que precisam disputar as eleições em 2026 tentam se distanciar do extremismo, como Randolfe Rodrigues (AP) e Fabiano Contarato (ES). Pelas costas, petistas descem a borduna na executiva do partido. A vergonhosa nota foi discutida pelo Whatsapp e não presencialmente.    

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AGEMS fomenta cooperação entre Municípios e Energisa para manejo sustentável e seguro de arborização urbana

A Agência Estadual de Regulação (AGEMS), em parceria com a Energisa MS, está levando aos Municípios proposta sobre melhores práticas de arborização urbana e poda sustentável, para prevenir riscos trazidos por eventos climáticos e impactos na rede elétrica. Com a ocorrência cada vez maior de clima severo, temporais atípicos, vendavais de consequências extremas, é preciso olhar com ainda mais atenção para as vulnerabilidades do sistema de abastecimento de energia. A série de encontros técnicos para orientar os Municípios, esclarecer as responsabilidades e oferecer alternativas chegou esta semana ao Cone Sul do Estado, com evento realizado na Câmara Municipal de Amambai, destinado a representantes de 12 cidades, entre prefeitos, secretários e técnicos de serviços urbanos e Ministério Público. “Estamos proporcionando o diálogo entre os Municípios e a concessionária, para juntos, cada um dentro de sua responsabilidade e em parceria, corrigir situações já existentes que podem causar problemas na rede, e, principalmente, trabalhar a prevenção”, explica a assessora técnica da Diretoria de Gás e Energia, Adriana Ortiz. Amambai, o encontro contou com a presença de 24 lideranças da região, que puderam conhecer um panorama apresentado pelo coordenador da Câmara Técnica de Energia da AGEMS, Paulo Patrício, e pela concessionária sobre as obrigações legais, as medidas necessárias e os riscos do plantio e manejo incorretos em arborização urbana. Levantamento da Energisa mostra que 80% das falhas no sistema urbano da distribuição são causados por árvores na rede, seguido de 10% provocados por descarga atmosférica, 7% por situação referente a material, e 3% por questões de conexão. Cooperação pela segurança e a sustentabilidade Com a expertise operacional, a distribuidora oferece proposta de convênio de poda com as Prefeituras, visando à execução do Programa Anual de Manejo de Arborização Urbana. A cooperação tem quatro macros ações, que incluem um cronograma de trabalho com direcionamento alinhado; planejamento de longo prazo para o plantio adequado; sistematização das ações preventivas, com podas e supressões que já minimizem risco.   Em caso de retirada de árvores condenadas ou que sejam inadequadas para estarem próximas à rede, é feita a compensação ambiental com o fornecimento de muda e o plantio de outra espécie, apropriada para o local. “Tudo isso tem o resultado esperado de segurança, redução de custos, melhoria na percepção dos moradores para o tema sustentabilidade ambiental e qualidade no fornecimento de energia”, explica Ivaldo da Conceição Rogério, supervisor de Construção e Manutenção da Energisa, que participa do encontro técnico com a equipe da AGEMS.    

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