4 de agosto de 2024

O jornalista Glenn Greenwald defendeu, em texto opinativo publicado na Folha de S.Paulo, que o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins, está preso com base em alegações falsas. O comunicador aponta que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou sua detenção preventiva após uma reportagem do Metrópoles alegar que o investigado teria deixado o país em dezembro, mas mesmo após o veículo ter admitido que tratava-se de fake news, o magistrado se recusa a libertá-lo da prisão. Filipe Martins é investigado no âmbito do inquérito sobre um suposto planejamento visando um golpe de Estado. Martins permanece encarcerado por quase seis meses, sem ter sido condenado ou mesmo formalmente acusado de qualquer crime. (…) A prisão sem julgamento justo é considerada uma das ações mais graves que um Estado pode cometer. Em casos muito específicos e raros, isso pode ocorrer. A prisão preventiva é uma “medida de caráter excepcional” e só se justifica para “prevenir situações que podem colocar em risco um resultado judicial justo”, como quando um acusado pode obstruir uma investigação ou apresenta alto risco de fuga do país – frisou Greenwald. Na sequência, o jornalista cita que a própria Procuradoria Geral da República (PGR) voltou atrás ao recomendar a prisão de Martins, dando parecer de que não havia indícios de risco de fuga. Glenn expõe que há um “conjunto robusto de evidências que comprovam que Martins esteve no Brasil o tempo todo”. Ele cita recibos do iFood, da Uber, geolocalização do celular, confirmação da Latam de que ele viajou para Curitiba no dia 31 de dezembro de 2022, além da lista divulgada pelo governo atual de todos os nomes que estavam no voo da FAB com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 30. Essas evidências levaram a PGR a recomendar duas vezes a libertação de Martins. Contudo, Moraes ignorou todas essas evidências e, em maio, rejeitou um pedido de soltura do ex-assessor, aparentemente ansioso para manter Martins preso sob condições severas – adicionou Glenn. O fundador do The Intercept argumenta que é fundamental que qualquer outro cidadão só seja punido se for comprovado, através de um julgamento justo, que ele cometeu algum crime. No entanto, a situação de Martins revela falhas graves no sistema judicial e reforça a necessidade de uma revisão imediata de sua prisão preventiva. Já passou da hora de Filipe Martins ser libertado – concluiu.

Em Mato Grosso do Sul foram abertas 1.066 novas empresas no mês de julho de 2024, segundo dados divulgados pela Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). O desempenho é o segundo maior de toda a série histórica da Junta em um único período (em março de 2023 foram abertas 1092). É a segunda vez no ano de 2024 que mais 1 mil empresas são abertas em um mês, em abril foram constituídos 1038 novos empreendimentos no Estado. No mês de julho, o setor de serviços liderou as aberturas com 757 empresas, representando 71,01% do total. O comércio veio em seguida com 269 novas empresas (25,23%), enquanto a indústria contou com 40 novas aberturas, representando 3,75% do total. “Este cenário reflete o crescimento da economia no Estado, impulsionado pela demanda crescente e pela diversidade de oportunidades. É importante destacarmos como a instalação e início da operação de grandes indústrias, como a usina de etanol da Neomille em Maracaju e a fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, impulsiona setores como o de serviços e o próprio comércio”, lembra o secretário Jaime Verruck, da Semadesc. De acordo com o balanço mensal da Jucems, Campo Grande destacou-se como o município com o melhor desempenho, concentrando 44,18% das novas empresas abertas no mês, totalizando 471 novos empreendimentos. Dourados ocupou o segundo lugar com 112 novas empresas (10,51%), seguido por Três Lagoas com 48 aberturas (4,50%). Outros municípios que se destacaram incluem Nova Andradina (26 novas empresas) e Naviraí (25 novas empresas). Acumulado do ano No acumulado de janeiro a julho de 2024, Mato Grosso do Sul já registrou a abertura de 6.793 novas empresas. O setor de serviços lidera com 4.828 novas empresas, representando 71,07% do total de aberturas, com destaque para a demanda por serviços personalizados e especializados, como os serviços combinados de escritório e apoio administrativo, atividades odontológicas, e atividades de psicologia e psicanálise. O setor de comércio registra 1.698 novas empresas, correspondendo a 25% do total. O destaque vai para o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, que representa uma parte significativa deste crescimento. Na indústria, com 267 empresas abertas (3,93% do total), de janeiro a julho de 2024, destacam-se a construção civil e fabricação de produtos alimentícios. Campo Grande registrou 3.939 novas empresas, correspondendo a 57,99% das aberturas no estado, o que reforça seu papel como motor econômico da região. Dourados, com 784 novas empresas, e Três Lagoas, com 337, também se destacam como polos de crescimento de novos empreendimentos, seguido por Ponta Porã (172); Naviraí (171); Chapadão do Sul (171); Corumbá (120); Ribas do Rio Pardo (101) e Maracaju (117).