Uma denúncia de proporções internacionais abala o cenário político latino-americano. Hugo “El Pollo” Carvajal, ex-chefe de inteligência do regime chavista na Venezuela, revelou à Justiça dos Estados Unidos que o governo de Hugo Chávez e Nicolás Maduro teria financiado, por mais de 15 anos, partidos e líderes de esquerda em toda a América Latina — incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo documentos obtidos pelo jornal espanhol The Objective e divulgados pelo portal argentino Infobae, Carvajal descreveu um esquema bilionário sustentado com recursos desviados da estatal petrolífera PDVSA. O dinheiro, segundo ele, era utilizado como uma verdadeira “caixa-preta” do chavismo para transferências secretas e ilegais que bancavam campanhas e projetos políticos de aliados ideológicos do regime bolivariano. Entre os beneficiários citados estão o colombiano Gustavo Petro, o argentino Néstor Kirchner, o boliviano Evo Morales e o próprio Lula, além de partidos de esquerda europeus, como o espanhol Podemos. Todos fariam parte de uma ampla rede de influência criada pelo chavismo para expandir o socialismo bolivariano no continente e no Ocidente. A revelação, feita sob juramento à Justiça americana, veio após Carvajal se declarar culpado por narcotráfico e narcoterrorismo em junho de 2025, em um acordo de delação premiada. Buscando reduzir sua pena, o ex-general detalhou como a PDVSA teria sido usada para lavar e distribuir milhões de dólares em nome da “revolução socialista”, sustentando campanhas políticas, mídia militante e movimentos ideológicos. A confissão agora abre espaço para investigações internacionais sobre corrupção transnacional e interferência estrangeira em eleições democráticas. A gravidade do caso reacende o debate sobre o avanço silencioso do socialismo bolivariano e o uso de regimes autoritários como base financeira para sustentar projetos de poder em outros países. Nos bastidores diplomáticos, autoridades americanas e europeias tratam o caso como um dos maiores escândalos de financiamento político ilícito das últimas décadas. No Brasil, a revelação reacende questionamentos sobre as relações do Partido dos Trabalhadores com regimes autoritários da América Latina — e levanta dúvidas sobre até que ponto a influência de Caracas e Havana ainda ecoa nos bastidores da política nacional. A delação de Carvajal, que por anos foi considerado o “guardião dos segredos” de Hugo Chávez, pode ser o ponto de virada que expõe o verdadeiro alcance da rede bolivariana e seus tentáculos sobre governos e partidos que se vendem como “progressistas”, mas operam sob as sombras do dinheiro sujo e da manipulação ideológica.
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