Polícia apreende contrabando de “Mounjaro” em Mato Grosso do Sul

Frequência de apreensões de emagrecedores é maior que a de flagrantes de drogas nas rodovias estaduais em 2025.

“Seu bolso é meu guia”. O lema é o que mais faz sentido para o contrabandista. Ele compra fora e traz para vender no Brasil o que é o sonho de consumo da vez e em 2025, a moda é emagrecer e ficar bonito. O “contrabando da beleza” tem rendido este ano mais apreensões que flagrantes de tráfico de drogas. É o que observa o tenente-coronel Vinicius de Souza Almeida, comandante da PMR (Polícia Militar Rodoviária) de Mato Grosso do Sul.

Assim como funciona como corredor para os entorpecentes produzidos na Bolívia e Paraguai, o Estado também é rota clandestina para o contrabando. Pelas rodovias estaduais, escoam drogas, armas, cigarros, eletrônicos e sim, o tão desejado medicamento que faz emagrecer rápido.

“O contrabandista trabalha com o que está na moda. Há uns três anos, houve uma explosão de apreensões de narguilé, tabaco e os apetrechos. Depois, veio o vaper e agora são as canetas emagrecedoras”, explica o coronel.

O comandante afirma que os flagrantes dão bastante prejuízo para os contrabandistas, mas a fiscalização das rodovias é insuficiente para frear o comércio ilegal, uma vez que as penas para quem é pego com mercadoria ilegal são brandas.

diferença entre contrabando e descaminho é que o primeiro se refere à entrada de produtos proibidos no País ou com venda proibida. O descaminho representa a sonegação fiscal, quando produtos permitidos por aqui entram no Brasil sem o pagamento dos impostos previstos por lei.

“Contrabando e descaminho são contravenções penais, não crimes. A pessoa não fica presa. Em geral, a gente faz o flagrante e encaminha para a PF (Polícia Federal). O que mais acontece é o delegado arbitrar uma fiança e liberar o autor. Nós encaminhamos, então, a mercadoria para a Receita Federal”, descreve o comandante sobre os procedimentos de praxe após as apreensões.

Coronel Souza diz que, apesar da “dor de cabeça”, o contraventor absorve o prejuízo, mas não para. “A maioria sai no mesmo dia e no dia seguinte, vai fazer a mesma coisa, porque dá muito dinheiro”.

Informações Campo Grande News

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