Governo Lula acompanha com extrema preocupação a proteção do governo Trump ao Deputado Federal Ramagem ex-chefe da ABIN

O Palácio do Planalto vive um clima de tensão crescente diante da permanência de Alexandre Ramagem nos Estados Unidos e do impacto que esse movimento pode gerar sobre o governo Lula. Ex-diretor da Abin no período de 2019 a 2021, Ramagem detém conhecimento profundo sobre operações sensíveis de inteligência — dados que, segundo fontes internas do próprio governo, poderiam expor fragilidades estruturais do Estado brasileiro caso viessem a público ou fossem compartilhados com autoridades estrangeiras.

Nos bastidores, integrantes do alto escalão admitem que a preocupação é real e inédita. O temor maior é que informações de alto valor estratégico — relacionadas a protocolos de contrainteligência, sistemas de monitoramento, métodos sigilosos, além de redes de fontes protegidas — escapem ao controle do Planalto em meio ao desgaste político enfrentado pelo governo. A narrativa oficial tenta minimizar o episódio, mas a inquietação é evidente.

A saída de Ramagem do país, considerada clandestina pelo próprio governo por ter ocorrido mesmo sob medidas cautelares impostas pelo STF, agravou o quadro. Para auxiliares próximos ao presidente, o episódio mostra que o Planalto falhou em “blindar” informações que deveriam estar fora do alcance de qualquer ingerência política. A possibilidade de que tais dados estejam agora nas mãos de alguém que rompeu com a atual administração alimenta especulações e fragiliza ainda mais a credibilidade do governo Lula.

Apesar da postura pública discreta, o Planalto acionou canais diretos com agências norte-americanas e intensificou o monitoramento de qualquer movimento que possa indicar risco de vazamento. O governo evita declarações contundentes para não ampliar o desgaste, mas a avaliação interna é de que Ramagem se tornou uma figura incômoda, com potencial para causar danos políticos e estratégicos.

Para o governo Lula, proteger segredos de Estado — que, nas palavras de um assessor, “não pertencem a governos, mas ao país inteiro” — virou prioridade emergencial. A oposição, por sua vez, acompanha de perto e aponta o episódio como mais um capítulo da fragilidade institucional provocada por decisões desastradas e politização excessiva das estruturas de inteligência.

Enquanto isso, Ramagem segue nos Estados Unidos, e o Planalto tenta conter uma crise que pode extrapolar o campo político e atingir diretamente a imagem internacional do Brasil.

Veja a entrevista com Deputado Federal Ramagem:

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