EUA concede proteção a Alexandre Ramagem e família , alegando perseguição por Alexandre de Moraes

O governo dos Estados Unidos teria concedido uma forma de proteção formal ao deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e a sua família, segundo alegações feitas por ele próprio e repercutidas nas redes. Ramagem afirma que o Departamento de Estado americano considerou procedente suas denúncias de “animus pessoal” por parte do ministro Alexandre de Moraes, quando este suspendeu ilegalmente sua nomeação para a Diretoria-Geral da Polícia Federal, embora ele já tivesse todos os requisitos para o cargo.

De acordo com declarações do parlamentar, ele se encontra nos EUA “em segurança” justamente para se proteger de perseguição política. Ramagem defende que a decisão de Moraes é injusta e arbitrária, e caracteriza a ordem de prisão preventiva emitida contra ele como parte de uma perseguição sistemática.

Em vídeo publicado em sua rede social, Ramagem afirmou: “esse violador de direitos humanos … se quiser pedir minha extradição, vai ter de mandar essa ação do golpe — nula do começo ao fim, cheia de ilegalidades … para análise dos Estados Unidos.” Ele também nega que esteja fugindo ou se escondendo, dizendo que se mudou para os EUA para “trabalhar pelo Brasil” e continuar seu mandato a distância.

O contexto para essa situação é grave: o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Ramagem depois que ele foi visto em um condomínio de luxo em North Miami, nos EUA, mesmo estando proibido de sair do Brasil e tendo seus passaportes apreendidos. A condenação de Ramagem, proferida pelo STF, alcança 16 anos de prisão por sua participação na chamada “trama golpista” de 2023, segundo decisões da Primeira Turma da Corte.

Ramagem acusa Moraes de abuso de poder e de usar a toga para reprimir opositores conservadores. Segundo ele, a medida de prisão preventiva é “manifestamente ilegal” e viola garantias constitucionais de mandato e imunidade parlamentar. Ele também defende uma anistia ampla e irrestrita para os condenados nos processos relacionados aos atos políticos de 8 de janeiro.

A possibilidade de os EUA oferecerem proteção diplomática ou refúgio político a Ramagem gera tensão institucional e diplomática significativa. Para aliados de Ramagem e do campo conservador, seria uma evidência de que instituições brasileiras estariam agindo de forma autoritária e seletiva, especialmente contra figuras ligadas à oposição. Por outro lado, críticos argumentam que a narrativa de “perseguição” pode ser usada para fugir de responsabilidades legais.

Se as alegações de Ramagem forem confirmadas — ou ao menos levadas a sério pelas autoridades norte-americanas —, estamos diante de um episódio sem precedentes de crise entre Brasília e Washington, com implicações para o equilíbrio de poder interno e para a credibilidade das cortes brasileiras.

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