Tradição na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), o evento chamado “Leite da Manhã” reuniu deputados estaduais e representantes da cadeia produtiva na sala da Presidência, na manhã desta terça-feira (30). O encontro abre as atividades do Seminário Estadual do Leite, que acontece na tarde de hoje, no Plenário Deputado Júlia Maia (veja aqui).
“Essa ação reafirma o nosso compromisso com esse setor tão importante para o nosso Estado, oferecendo um produto que é a base da alimentação da nossa população”, afirmou o presidente da Casa de Leis, deputado Gerson Claro (PP). Ele ressaltou que a ALEMS está à disposição dos representantes do setor, o que também foi enfatizado pelo coordenador da Frente Parlamentar do Leite, deputado Renato Câmara (MDB). “A Assembleia Legislativa mostra mais uma vez que está aberta para debater propostas que deem resultados à cadeira produtiva. Esse evento é de grande valor, pois representa que esta Casa tem buscado medidas efetivas para mudar o patamar em que a pecuária leiteira se encontra”.
A pecuária de leite é a única atividade presente em 99% dos municípios brasileiros. Do ponto de vista social, é uma das principais praticadas por pequenos e médios produtores. Mais da metade do leite produzido no Brasil é oriundo de propriedades que se enquadram na Lei 11.326 de 2006 (Agricultura Familiar).
No âmbito econômico, a atividade leiteira está presente em três polos de produção no Estado de Mato Grosso do Sul, com cerca de 60 laticínios e 20 mil produtores de leite que se destacam pelo volume de leite produzido, pela presença de indústrias lácteas, pelo comércio de insumos e pela assistência técnica. São eles: Leste, Centro e Sul, totalizando 31 municípios, responsáveis por mais de 70% da produção estadual.
O desafio de quem labuta na pecuária leiteira sul-mato-grossense é reduzir o custo de produção, com tecnologia sustentável e produto de qualidade. “A produção vem caindo de 2014 para cá, sendo que já foi de 1 milhão de litros por dia e, hoje, 500 mil litros por dia. Isso por conta da competitividade de outras culturas e da dificuldade tributária. Para reverter isso, é necessária ação conjunta entre Estado, Assembleia Legislativa, universidades, produtores, indústrias e federações”, destacou Paulo Fernando Pereira Barbosa, coordenador da Câmara Setorial da Cadeira Produtiva do leite.
Neste cenário adverso, o Governo do Estado tem realizado um diagnóstico profundo sobre a realidade da pecuária leiteira em Mato Grosso do Sul. “Realmente, a atividade precisa passar por mudanças estruturais, desde profissionalização à tecnologia. Estamos prestes a lançar o Proleite, que é um plano de fomento à pecuária leiteira e teremos medidas para melhorar o ambiente. Melhoramento genético, incentivo financeiro e competitividade estarão elencadas no programa”, informou Rogério Beretta, secretário executivo da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
O assunto continua sendo debatido nesta tarde no Seminário Estadual do Leite, que faz parte das ações da Semana Estadual do Leite, criada pela Lei 4.409/2013, de autoria do deputado Junior Mochi (MDB). Veja abaixo a programação.
13h – Credenciamento
13h30 – Mesa de abertura
14h – Palestra: Panorama do mercado do leite no Brasil, com Samuel José de Magalhães, da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora (MG)
14h30 – Palestra: Leite A2 e Certificações ESG, com Heloise Duarte, do Movimento Beba Mais Leite, Belo Horizonte (MG)
15h – Palestra: Leite Missões, um Case de Sucesso, com Lineu Pasqualotto
15h30 – Mesa de debate
Confira abaixo matéria da TV ALEMS sobre o assunto: