Xícara, a equilibrista. A imagem diz tudo. Mas vamos lá. Em curta mensagem, contarei a minha história com AJ.
Foram quase 30 anos de convivência diária com Antônio João no Correio do Estado. E nesse período foi construído uma grande amizade. A relação deixou de ser apenas de patrão e funcionário e passamos a ser amigos do peito. Passei a participar do seleto grupo de amigos das suas pescarias no Pantanal. Passei, também, a frequentar o almoço no Cafofo, que cada dia tinha autoridades ou amigos como convidados. E nos almoços no Cafofo, saíram algumas decisões que mudaram o rumo da política de Mato Grosso do Sul e lá estava eu acompanhando tudo de perto. Mas a vocação do Antônio João era mesmo pelo jornalismo. Ele era mais jornalista do que empresário. Falava como jornalista e agia como jornalista. Aprendi muito com ele. Foi meu mestre no jornalismo. Eu o conheci na primavera de 1990, quando me convidou para assumir a Editoria Política do Correio do Estado. E lá permaneci até me aposentar. Nunca fui transferido para outra editoria. Então, quase a metade da existência do jornal Correio do Estado, eu fui editor de política. Nenhum outro jornalista ocupou o mesmo cargo por tantos anos no Correio do Estado.
Um privilégio! Antes de começar a trabalhar no Correio do Estado, era editor político do Diário da Serra e correspondente do Correio Brasiliense. Antônio João partiu, a saudade ficou e deixou um legado. Ele fez história, escreveu história e registrou os fatos mais importantes de Mato Grosso do Sul nas páginas do Correio do Estado, ou nas telas da sua rede de televisão ou na voz dos locutores que ecoavam das suas emissoras de rádio. Gratidão por tudo. Eu construí a minha vida trabalhando no Correio do Estado levado pelas mãos do Antônio João.
Adilson Trindade é Sócio-proprietário Adilson Trindade & Advogados Associados, pós graduado em Direito Tributário, ex-Editor Político do Correio do Estado e Jornalista Rádio CBN.