Chanceleres do G20 debatem reforma da governança global e crise internacional em encontro no RJ

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Chanceleres dos países do G20, o grupo das maiores economias do mundo, se reúnem nesta quarta e quinta-feira (21 e 22/2) na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, para debater temas prioritários como reforma da governança global e crise internacional. A Reunião de Ministros de Relações Exteriores do G20 é o primeiro encontro em nível ministerial realizado pela presidência brasileira do grupo.
Estarão presentes representantes de todos os membros do G20 (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e União Europeia).
Como presidente do G20, o Brasil tem o direito de convidar outros países e entidades para participar das reuniões durante o ano de 2024. Os convidados da presidência brasileira do G20 – que também estarão representados na reunião de Ministros das Relações Exteriores do G20 no Rio de Janeiro – são: Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal e Singapura, assim como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD, também conhecido como “Banco Mundial”), a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), a Corporação Andina de Fomento (CAF), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Além dos convidados para participar de todas as reuniões sob a presidência brasileira, haverá convidados especiais para a Reunião de Ministros das Relações Exteriores: Bolívia, Paraguai e Uruguai, bem como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Organização para o Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
As discussões durante a presidência brasileira do G20 estarão estruturadas em torno das 3 prioridades que o Brasil estabeleceu para seu período à frente do grupo: Inclusão social e combate à fome e à pobreza; Promoção do desenvolvimento sustentável, considerando-se seus 3 pilares: social, econômico e ambiental; e Reforma das instituições da governança global.
Durante a Reunião do Rio de Janeiro deverá ser, ainda, confirmada uma segunda reunião de Ministros das Relações Exteriores do G20, a ser realizada às margens da Assembleia-Geral da ONU, em setembro. Será a primeira vez que os Ministros das Relações Exteriores do G20 se reúnem na sede da ONU. Ao patrocinar esse encontro, o Brasil busca enfatizar a necessidade de aproximar as discussões no âmbito da ONU e do G20 e de avançar de forma decidida rumo a uma reforma ampla das instituições da governança global.

Presidência Brasileira do G20
O Brasil assumiu, em 1º de dezembro de 2023, a presidência rotativa do G20. A presidência brasileira do grupo vai se estender até 30 de novembro de 2024, após a realização da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do G20, em 18 e 19 de novembro de 2024. Até lá, terão sido realizadas cerca de 130 reuniões, em formato virtual ou presencial. As reuniões presenciais ocorrerão em 15 cidades, nas cinco regiões do Brasil.

Sobre o G20
O Grupo dos 20 (G20) foi criado para ampliar a coordenação entre as maiores economias do mundo no enfrentamento de crises financeiras com impactos globais.
Em resposta à crise asiática de 1997-1998, estabeleceu-se, no ano seguinte, o primeiro modelo do G20, congregando Ministros da Fazenda. Paralelamente, em nível técnico, foram criados grupos de trabalhos para debater temas financeiros internacionais.
Diante da crise global de 2007-08, o G20 teve seu formato atualizado e passou a reunir Chefes de Estado e de Governo. Esse G20 reformatado desempenhou papel crucial na estabilização das economias e dos mercados, na imediata sequência daquela crise, e se estabeleceu como principal foro de coordenação econômica global.
Juntamente com a atualização e elevação de nível do G20, foram estabelecidos grupos técnicos de trabalho para tratar de temas políticos diversos. Criaram-se, assim, as atuais duas “trilhas” do G20: a trilha de Sherpas (temas políticos) e a trilha de Finanças (herdeira do G20 criado em 1999).

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