Lula agradece engajamento dos Três Poderes no socorro e reconstrução: ‘O Brasil deve muito ao RS’

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Na segunda visita ao Rio Grande do Sul, neste domingo (5/5), para conferir os estragos causados pelas fortes chuvas no estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que levou ministros e convidou representantes de outros poderes para que todos pudessem conferir a gravidade da situação e dimensionar o tamanho e a urgência do socorro necessário.

“Estou muito satisfeito com a presença do Lira, do Pacheco, do Fachin, do Bruno Dantas, porque eu queria ouvir deles o que eles falaram: não haverá impedimentos da burocracia para que a gente recupere a grandeza desse estado”, disse se referindo aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, e ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

“Às vezes a gente dá dinheiro e as obras não acontecem, por isso que é preciso a gente ter uma combinação perfeita entre Governo Federal, Legislativo, Tribunal de Contas, Ministério Público, porque cada centavo que for colocado pra combater uma coisa dessa tem que ser aplicado naquilo que ele foi colocado”, afirmou Lula.

Ao citar ministros presentes, o presidente disse que cada um vai trabalhar para atender o estado do Rio Grande do Sul na sua área. Sobre a educação, afirmou que recolocar as crianças gaúchas na escola será uma prioridade.
“Fazer com que as crianças voltem a ter aula é uma das prioridades tão importante quanto a água para beber e a comida pra comer.”

Se dirigindo ao ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o presidente Lula disse que a pasta precisa trabalhar junto com o Ministério da Fazenda para pensar em crédito que financie a retomada das empresas que estão paradas em razão das enchentes e assim manter o emprego e a renda do estado. Em relação à infraestrutura, o presidente disse que o Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes, vai apoiar a recuperação de estradas estaduais destruídas pelas chuvas.

Reunião com municípios

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, informou que na noite deste domingo (5) será realizada uma reunião com representantes dos municípios atingidos e de ministérios para discutir com as prefeituras a elaboração dos planos de trabalho para recuperação das cidades.

“Para que as prefeituras tenham todo o assessoramento desde o primeiro momento do processo de elaboração dos planos de trabalho, tanto para ajuda humanitária e reestabelecimento, quanto da segunda etapa de reconstrução”, disse.

Pimenta, citou dados da mobilização nas ações de socorro no Rio Grande do Sul. Segundo ele, mais de 20 mil pessoas foram salvas, 32 helicópteros estão atuando e mais de 100 botes e barcos trabalham com pessoal especializado no resgate. Cerca 15 mil pessoa atuam de forma ininterrupta entre o efetivo mobilizado pelas Forças Armadas, governos federal e estadual e voluntários, segundo Pimenta.

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse aos presentes que o Governo Federal está cem por cento mobilizado no socorro ao Rio Grande do Sul. “Tem um gigantismo de mobilização acontecendo, mas ainda temos muitos desafios pela frente”, afirmou.

Reconstrução e prevenção

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, destacou que o foco agora é salvar vidas nos 332 municípios afetados e, posteriormente, será preciso atuar em duas frentes que são assistência, reestabelecimento e reconstrução; e prevenção e resiliência climática. “Temos um cenário de guerra e vai ser preciso ter um tratamento do pós-guerra.

Eduardo Leite detalhou ao presidente Lula, ministro e demais autoridades presentes que será preciso uma reconstrução efetiva do estado tanto de infraestrutura como pontes, hospitais, escolas e moradias, quanto medidas econômicas como oferecer linhas de crédito para apoio aos negócios e à produção local.

Leite agradeceu a presença das autoridades federais e o compromisso de Lula tanto com o socorro às famílias quanto com a reconstrução do estado. E observou que a situação de endividamento do Rio Grande é mais grave do que a de muitos estados.

Lula citou a importância do Rio Grande do Sul para história do Brasil. Mencionou o papel das lideranças políticas, da cultural, do desenvolvimento agrário e do desbravamento de outras regiões. “O Delfim Netto dizia que para desenvolver a agricultura iria precisar importar japoneses. É por que ele não conhecia os gaúchos”, disse o presidente. “O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul.”

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