Prefeitura de Campo Grande lança sinalização cicloviária e amplia saneamento em movimento transformado

A Prefeitura de Campo Grande não ficou atrás no dia 17 de outubro: anunciou medidas de mobilidade urbana, ampliação do saneamento e fomento industrial com uma leitura clara de gestão voltada ao futuro da cidade. Os atos combinam pragmatismo técnico e simbolismo urbano, sinalizando que a administração busca imprimir marca de modernidade e serviço.

Sinalização cicloviária na Avenida Nosso Senhor do Bonfim

Foi publicado hoje no Diogrande o extrato de contrato para realizar a sinalização cicloviária da Avenida Nosso Senhor do Bonfim, na região norte da Capital. Trata-se de via estratégica que conecta diversos bairros (Nova Bahia, Estrela Dalva, Jardim Veraneio) ao Parque dos Poderes. O valor máximo estabelecido no edital é de R$ 1.607.622,66, com execução prevista em até 90 dias. A empresa contratada será a TST Construções Ltda.

A iniciativa representa um impulso à mobilidade sustentável — bicicletas como complemento ao transporte urbano. Também carrega forte significado simbólico: transforma o espaço público, dá visibilidade à gestão nas ruas. Mas sua eficácia dependerá de compatibilidade com calçadas, segurança viária adjacente e fiscalização constante.

Ampliação da cobertura de esgoto: meta ousada (98 %)

Outro anúncio relevante: a Prefeitura assinou um termo aditivo com a concessionária Águas Guariroba para aumentar a cobertura de esgoto em Campo Grande de 94% para 98% até 2028. O plano envolve 697 quilômetros de rede nova e 66 mil novas ligações de esgoto, com investimentos de aproximadamente R$ 750 milhões. Bairros como Jardim Noroeste, Itamaracá, Los Angeles, Aero Rancho, Jardim Inápolis e Vila Presidente serão abrangidos.

A prefeita Adriane Lopes enfatizou que a cobertura elevada representa ganhos em saúde, qualidade de vida e planejamento urbano de longo prazo. O diretor da concessionária reforçou que o modelo adotado busca ampliar atendimento sem custos extras para o município ou moradores.

Essa meta, se bem executada, coloca Campo Grande em patamar superior no contexto nacional de saneamento. Mas obriga prestação contínua e eficiência nas obras: redes mal instaladas, vazamentos ou falta de manutenção comprometerão o resultado desejado.

Fábrica de alimentos no Prodes: emprego e diversificação produtiva

Em outro ato, a Prefeitura firmou compromisso com a HC Indústria de Alimentos Ltda., via programa Prodes, para doar terreno de 15 mil m² no Polo Empresarial Oeste, onde será instalada nova unidade industrial. O investimento previsto soma R$ 3,7 milhões, com geração de cerca de 47 vagas diretas (27 existentes + 20 novas). As contratações serão tratadas pela Funsat.

A ação reforça um discurso de Prefeitura parceira da iniciativa privada, com foco em geração de emprego e diversificação industrial local. Também cria expectativa de que novos negócios possam ser atraídos para Campo Grande, com efeito multiplicador econômico.

Calibres de inovação e riscos operacionais

Somados, os atos de 17 de outubro sinalizam uma administração que escolhe “novos espaços” — mobilidade, saneamento, indústria — como pilares de imagem e conteúdo. Mas a governança efetiva será decisiva: cumprimento de prazos, fiscalização técnica, integração entre secretarias, controle orçamentário serão vitais.

A gestão que promete revolução urbana também precisa demonstrar domínio sobre a prática: obras mal executadas, atrasos ou elevados custos de manutenção corroem legitimidade. Além disso, ao articular tantos projetos em diferentes áreas simultaneamente, a prefeitura assume risco político — a expectativa pública se eleva e o grau de exigência aumenta.

 

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