O general aposentado Michael T. Flynn, ex-conselheiro de Segurança Nacional do ex-presidente Donald Trump, fez uma denúncia explosiva nas redes sociais: segundo ele, a CIA estaria profundamente envolvida em ações para interferir na política brasileira, utilizando recursos do próprio contribuinte americano para “derrubar o governo do Brasil”.
Flynn, que comandou a Agência de Inteligência de Defesa e foi uma das figuras mais influentes na segurança nacional dos EUA, afirmou em sua conta na rede X que “Donald Trump não tinha qualquer conhecimento de que isso estava acontecendo — e certamente nenhum contribuinte americano sabia que seu dinheiro estava sendo usado para desestabilizar o Brasil”.
A declaração reacende um tema sensível: a longa e sombria história de ingerências da CIA na América Latina. Desde a Guerra Fria, a agência foi acusada de financiar golpes, manipular eleições e sustentar regimes alinhados a seus interesses geopolíticos — do Chile de Allende ao Panamá de Noriega, passando pelo Brasil nos anos 1960.
Flynn exigiu que o governo americano esclareça o caso e responsabilize os envolvidos. Segundo ele, “a instrumentalização da inteligência americana para intervir em países soberanos é um abuso de poder que ameaça a própria democracia”. As palavras do general ganharam força entre setores conservadores dos EUA e da América do Sul, que veem na denúncia a confirmação de um antigo temor: o uso do aparato estatal norte-americano para moldar governos e enfraquecer lideranças conservadoras no continente.
No Brasil, a acusação ganhou eco entre apoiadores de Jair Bolsonaro, que há anos denunciam tentativas externas e internas de manipular o cenário político nacional. A menção direta a um suposto financiamento para “derrubar o governo brasileiro” levantou suspeitas sobre a atuação de ONGs, fundações e entidades estrangeiras que operam no país sob o pretexto de “defesa da democracia” — mas que, na prática, segundo críticos, atuam como braços ideológicos de potências estrangeiras.
Até o momento, não há provas documentais ou investigações oficiais que confirmem as alegações de Flynn. Ainda assim, o alerta do general traz à tona um debate crucial: até que ponto o Brasil tem controle real sobre sua soberania política? E quem, de fato, lucra com a instabilidade nacional?
Enquanto a esquerda tenta desqualificar as denúncias, setores conservadores reforçam a necessidade de o Brasil investigar se há interferência internacional nas decisões de governo, na imprensa e até nas urnas. O caso expõe a vulnerabilidade das nações latino-americanas diante de um sistema global onde, muitas vezes, a “democracia” é apenas uma fachada para o domínio estrangeiro travestido de liberdade.