Confusão no Pioneiros com criança baleada começou por assédio em menina cega

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A confusão ocorrida na tarde deste sábado (8) no Bairro Pioneiros, em Campo Grande, que terminou com uma criança de 12 anos baleada, teria começado por conta de assédio contra uma pessoa com deficiência visual. O menino teve o pulmão perfurado e o projétil ficou alojado na coluna. Após passar por cirurgia, o estado de saúde ele é considerado estável.

Conforme consta no boletim de ocorrência, ao qual o Jornal Midiamax teve acesso, além da criança o irmão, maior de idade, também foi atingido pelos disparos. Ele teve ferimento na orelha e recebeu alta após fazer curativo.

Segundo consta no registro policial, o dono da casa afirmou aos militares que chegou e estacionou em frente ao imóvel, quando sua esposa foi pegar a bolsa no carro e teria percebido que a vizinha, que possui deficiência, estava acompanhada por três homens que lhe ofereciam bebidas alcoólicas e teriam passado a mão em sua nuca e queixo.

A mulher teria afirmado que se continuassem com aquela atitude iria chamar a polícia, gerando uma discussão envolvendo seu marido. Em seguida, o casal teria entrado para sua casa e os dois perceberam que um dos três homens estava com uma espingarda e batendo no para-brisas do veículo.

O proprietário da casa entrou no carro para retirá-lo do local. Na sequência, outro homem também com arma de fogo, um revólver, começou a atirar na direção da residência e do veículo. Ele afirmou aos PMs que seu enteado, maior de idade, teria pego uma arma simulacro de airsoft e apontado em direção aos autores dos disparos.

O menino de 12 anos estaria na varanda quando foi alvejado com o disparo no peito. O autor teria fugido em uma caminhonete Nissan Frontier preta. A mulher, por sua vez, teria colocado os filhos feridos em outro carro e levado para receber atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, de onde foram transferidos para a Santa Casa.

“Não apontou arma”, diz pai de menino baleado

Em entrevista ao Jornal Midiamax, o pai do menino baleado informou que o autor estaria assediando uma pessoa com deficiência, e a família foi intervir para que ele parasse. “Fomos falar para que ele não fizesse aquilo, quando ele veio nos agredindo e fez vários disparos. O pai dele estava dando apoio, não os conhecemos, só vimos porque estavam na casa da frente”, afirma.

O pai do autor dos disparos foi preso na residência onde moram, pelo GOI (Grupo de Operações e Investigações), no Jardim Morenão, por estar portando uma espingarda. No imóvel foram localizadas duas espingardas, uma aparentemente de pressão e outra adaptada para calibre 22. Ambas devem passar por perícia.

A arma de airsoft, tipo pistola, que teria sido utilizada pelo filho, foi indicada pelo proprietário da residência. Contudo, ele relatou ao Jornal Midiamax que o filho não estava com arma. “Quando ele saiu no portão meu filho só apontou o dedo para ele. Ele deu tiros na porta, do lado direito, e quebrou os vidros”, afirma. O autor dos disparos não foi localizado e segue foragido.

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