A disputa pela filiação da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, está sendo travada entre dois importantes partidos de direita: o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o PP, da senadora Tereza Cristina, eleita com votação expressiva nas eleições de 2022. Ambos os partidos têm uma ampla representação no Congresso Nacional e fazem oposição ao presidente Lula.
Com a anunciada fusão do Patriota, atual partido de Adriane, ao PTB, a prefeita já afirmou que buscará uma nova legenda. Isso, obviamente, despertou o interesse e aumentou a insistência de lideranças da direita brasileira.
Jair Bolsonaro já entrou em contato com a prefeita, convidando-a para ingressar no PL, partido que é considerado a principal sigla de oposição a Lula no momento. O ex-presidente vê em Adriane uma importante aliada em sua empreitada política, que tem como principal objetivo eleger pelo menos 60% dos prefeitos nas eleições municipais de 2024. Hoje, o PL conta com 13 senadores e 99 deputados federais e venceu a eleição presidencial em Mato Grosso do Sul, por 59,49%, contra 40,51% do atual presidente.
Do outro lado, a senadora Tereza Cristina também se movimenta para atrair Adriane Lopes para o PP, uma legenda identificada com a direita brasileira e que tem seis senadores e 47 deputados federais no Congresso Nacional. Tereza com 829 mil votos foi uma das mais importantes ministras do governo Bolsonaro, tem buscado expandir a influência de seu partido no estado e vê em Adriane uma oportunidade de ampliar sua representatividade na Capital.
Não faltam opções à direita para a prefeita, como ainda o Republicanos do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, eleito com mais de 12 milhões de votos e tido por muitos analistas como o herdeiro do capital político de Bolsonaro e líder da oposição ao governo Lula. Mesmo tendo uma visita marcada para encontrar ex-presidente em Brasília, a decisão da atual prefeita de Campo Grande sobre sua filiação ainda é incerta, visto que sua aproximação com Tereza tem crescido bastante nos últimos meses.
Uma coisa é fato: a decisão de Adriane terá um impacto significativo no cenário político local e consequentemente na disputa entre partidos de direita na busca por ampliar suas bases eleitorais em municípios de todo o país.
Senadora mais votada da história de MS
Se de um lado Adriane e Lídio Lopes estão sendo assediados pelo PL, na figura do ex-presidente, de outro a senadora Tereza Cristina também se movimenta e sonha levar a prefeita para o PP, uma legenda também identificada com a direita brasileira e que tem hoje 6 senadores e 47 deputados federais no Congresso Nacional.
Tereza tem boas cartas para jogar: foi a senadora mais votada da história de MS (829 mil votos), foi uma das mais importantes e atuantes ministras do governo Bolsonaro, comandando a pasta da Agricultura que tem tudo a ver com o Estado.