“Com a Rota Bioceânica, a integração econômica entre Brasil e Paraguai deve ser ampliada nos próximos anos, gerando grandes oportunidades de negócios para empresários de ambos os países e cada vez mais desenvolvimento para Mato Grosso do Sul, que ocupa uma posição estratégica nessa nova rota comercial.”
Essa é a avaliação do deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), 1º secretário da Assembleia Legislativa, após o encontro que reuniu autoridades e empresários dos dois países, na Casa da Indústria, sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), nesta quinta-feira (31).
Corrêa afirma que os números apresentados pelo ministro da Indústria e Comércio do país vizinho, Javier Giménez, e pelo vice-ministro, Rodrigo Maluff, são empolgantes e devem fortalecer a integração econômica.
“Existem vários projetos que podem ser levados ao Paraguai, principalmente na área de papel e celulose, e queremos discutir os principais projetos de investimento no âmbito da Rota Bioceânica”, avaliou o parlamentar.
O presidente da Fiems, Sérgio Longen, avaliou que a atual conjuntura política e econômica do Paraguai favorece a atração de investimentos brasileiros.
“O Paraguai é um país de oportunidades. Um novo governo assumiu em 15 de agosto, e entendemos que novas políticas podem ser construídas. Existem alguns gargalos que ainda temos com o Paraguai, assim como o Paraguai tem com o Brasil, e podemos avançar nessas discussões. Esse é o momento de estreitar ainda mais o relacionamento comercial com o país vizinho”, afirmou.
Por videoconferência, Javier Giménez falou sobre as oportunidades que se abrem com a maior integração econômica entre os dois países. “Temos eixos de exportação muito importantes, como, por exemplo, o terminal portuário de Porto Murtinho, por onde são escoadas exportações recordes de grãos. Nesse sentido, podemos fortalecer a conexão entre Porto Murtinho e Concepción, pelo Rio Paraguai”, observou.
O vice-ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Rodrigo Maluff, fez uma apresentação dos principais indicadores econômicos e sociais do país vizinho, bem como das oportunidades de negócios em vários segmentos, como indústria florestal, processamento de bens pelo Regime de Maquila e exportação de serviços.
“O desafio colocado pelo presidente Santiago Peña é fazer com que o Paraguai cresça, duplicando o PIB do Paraguai nos próximos cinco anos e gerando 500 mil empregos. Por isso, temos muito trabalho a fazer. O Paraguai é e será um destino verde, rentável e previsível para investimentos”, afirmou o vice-ministro.
Ao destacar a qualidade do ambiente de negócios no Paraguai, o embaixador do Paraguai no Brasil, Juan Ángel Delgadillo, que é economista de formação, apontou um exemplo de estabilidade econômica: “Se você tinha 100 dólares no Paraguai em 2003, esse dinheiro vale a mesma coisa agora em 2023”, destacou.
*Com informações da Fiems