Em Campo Grande, 14.339 esperam por cirurgias desde procedimentos ortopédicos até bariátrica, bem como por consultas. Os dados foram apresentados pelo deputado Pedrossian Neto (PSD) durante a sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (5). “O sistema está funcionando de maneira distorcida”, aponta. Isso porque, no desespero de conseguirem cirurgia, as pessoas procuram formas de driblar a fila. “O que é crime. Se alguém passou na frente, alguém foi preterido”. Os números apresentados pelo parlamentar são da regulação, obtidos com exclusividade. Ainda na espera, a população procura a Justiça e, em alguns casos, consegue decisão para realização do procedimento, tornando-o mais caro.
Entre os dados do relatório de demanda reprimida, estão 4.664 em espera para consulta pediátrica e, para oftalmologia adulto, são 8.191 aguardando. Para cirurgia bariátrica, são 567 pessoas que esperam em média 24 meses, enquanto 856 esperam procedimento cirúrgico de cabeça e pescoço. Neste contexto, o deputado cita o projeto de construção de um hospital municipal, em Campo Grande. Para ele, a ideia pode ser cogitada, mas pensando a longo prazo, enquanto a urgência é melhorar os serviços e estruturas que já existem na cidade. Para ampliar o debate e também propor soluções, o deputado Pedrossian Neto fará uma audiência pública, inicialmente marcada para 14 de novembro. A ideia é chamar a SES (Secretaria de Estado de Saúde), Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande), bem como o Governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande.