Apaixonados pelo trabalho voltado ao cidadão, servidores municipais destacam motivação para exercer cada função

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Apaixonados pelo trabalho voltado ao cidadão campo-grandense, os servidores públicos municipais da Prefeitura de Campo Grande destacam suas motivações para desempenhar papéis fundamentais à população. Do porteiro ao mais alto escalão, os funcionários laboram diariamente com a única meta de prestar um bom serviço aos munícipes.

São porteiros, jardineiros, atendentes de diversos setores, auxiliares das repartições, recepcionistas diversos, motoristas, assistentes sociais, enfermeiros, médicos, dentistas, professores, diretores, assistentes, guardas civis, veterinários, psicólogos, biólogos, administradores, agentes de saúde e outras dezenas de funções para manter o serviço público municipal em funcionamento.

O Dia do Servidor é comemorado em 28 de outubro, ocasião que serve para lembrar e reconhecer o trabalho de milhares de profissionais que dedicam suas rotinas a atender o público em qualquer uma das três esferas de governo. O executivo por meio de suas secretarias desempenha papel fundamental para valorizar o servidor público municipal, reconhecendo seus direitos, ampliando estratégias de capacitação e qualificação, oferecendo programas de cuidados à saúde mental, bem-estar e lazer e espaços para práticas esportivas.

Trabalhando há 13 anos como Guarda Civil Metropolitano, a gerente da Patrulha Maria da Penha, Marta Conceição, é do segundo concurso da GCM e passou por várias gerências até chegar ao posto de coordenação. Ela destaca que é fundamental que todos os servidores passem pelas capacitações propostas pela Prefeitura. “Ser servidor público requer estudo constante e diário. Ainda mais na área da segurança onde, por vezes, surge uma nova lei ou decreto, por isso precisamos estar atualizados”.

M.Conceição como é chamada durante o expediente, explica que são várias histórias marcantes de atendimento ao público. “Ser servidor é gratificante, é um serviço pesado e delicado, mas quando temos a resposta positiva daquela mulher que foi ajudada através do nosso trabalho nos dá o sentimento de dever cumprido. Nosso trabalho é constante e de formiguinha e cada mulher que sai do ciclo de violência para nós é uma felicidade imensa.”

“Meu recado para todos os servidores públicos é que estudem, estejam atualizados e empenhados em servir a sociedade. A gente trabalha em conjunto, um ajuda o outro. Aqui na Casa da Mulher Brasileira trabalhamos em uma rede integrada a outros servidores e isso reflete diretamente na sociedade”, concluiu a chefe da Patrulha Maria da Penha.

Atendendo aos moradores do Jardim Noroeste, a assistente social e coordenadora do Centro de Referência em Assistência Social (Cras), Rosana de Fátima Porcino, de 53 anos, conta que ingressou na carreira pública em 2017 após passar em concurso. Com sorriso no rosto, ela demonstra o quanto ama atender as pessoas. “Muitas vezes o público não enxerga o servidor, por isso essa data é importante para nós como uma demonstração de que somos valorizados. Antes de ser servidora eu já trabalhava como assistente social e foi uma alegria muito grande e realização pessoal estar aqui neste posto.”

Rosana conta que a cada atendimento, seja fazendo cadastro único, ou mesmo ajudando uma pessoa a emitir uma certidão de nascimento, é muito satisfatório. “Eu amo esse trabalho. Me empenho para fazer o melhor. Aqui temos 24 pessoas na equipe geral e o atendimento foi ampliado, ou seja, o cidadão sai daqui com o problema resolvido. O gratificante é ter esse sentimento de que estou ajudando a população de alguma forma. Teve uma senhorinha que conseguimos auxiliar no recebimento do LOAS. Ela veio depois, me abraçou e me beijou, nesse momento me emocionei. Eu amo o que eu faço e esse carinho da população”, destaca Rosana.

Professora da Escola Municipal Y Juca Pirama, desde 2008, Andréia Ribeiro de Melo França, de 42 anos, é apaixonada pelo ofício. Ela leciona para alunos da terceira série.  “O professor é um personagem da sociedade muito importante, que engloba todo esse período de vivência da criança ao adulto na faculdade. E que deve ser valorizado e conservado, para que todos os outros setores da sociedade se desenvolvam”, diz ela que já teve inúmeras experiências de ver suas crianças crescerem rumando as universidades.

Andréia destaca ainda que o serviço público é fundamental para a população e que funciona muito bem, com pessoas que dão o seu melhor no dia a dia. “Já encontrei ex-aluno adulto e fazendo faculdade de Direito, outros em supermercados, eles chegam e me abraçam e isso é muito legal. O mais gratificante para mim é ensinar um aluno e ver que ele se desenvolveu. Nós estamos aqui atrás do serviço público, mas com todo o amor, toda a intenção de estar fazendo o melhor para a sociedade”.

No serviço público há 29 anos, a enfermeira Amarilis Pereira Amaral Scudellari conta que se formou em 1994 pela primeira turma da Universidade Federal de MS (UFMS) e já em janeiro de 1995 passou no concurso da Prefeitura e iniciou os atendimentos. A profissional passou por várias unidades de saúde e hoje atua na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Mônica.

A enfermeira diz que o mais reconfortante nesses longos anos de servidora é poder salvar vidas. “Tenho diversas histórias, mas uma marcante foi quando um menino de uns 4 anos foi soterrado por um caminhão de terra, que despejou e não o viu. Chegaram com o menino desfalecido e na época, há quase três décadas, não existiam as viaturas do Samu. Eu peguei o garotinho nos braços e pedi ao motorista do caminhão para nos levar até a Santa Casa às pressas, pois no posto não havia equipamentos. Fomos daqui até lá buzinando para abrir caminho e conseguimos salvar o menino. Claro, que olhando friamente depois foram quebrados protocolos, porém era uma vida e tinha que agir rápido. Então assim, ser servidora é cuidar, amar o ofício e não esmorecer nas dificuldades”, conta.

 

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