CPI da Braskem presidida por Aziz inicia em fevereiro, 6 anos atrasada

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Com quase seis anos anos de atraso desde o tremor de terra que agravou o desastre ambiental causado por cerca de quatro décadas de mineração de sal-gema que já destruiu cinco bairros de Maceió, o Senado instalou, nesta quarta-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem. O objetivo central da CPI que será presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) é investigar a responsabilidade da gigante da petroquímica que causou a expulsão de mais de 60 mil pessoas de suas casas e empresas na capital alagoana, desde o terremoto de 2,5 graus na escala Richter ocorrido em março 2018.

Com previsão de iniciar seus trabalhos em fevereiro, na véspera do aniversário de seis anos dos mais graves abalos sísmicos que sacudiram a vida de milhares de maceioenses, a CPI foi proposta pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). O alagoano aliado do presidente Lula (PT) busca culpados pela tragédia avaliada como o maior desastre socioambiental urbano em andamento no planeta. E demonstra indignação com omissões e ações em seu reduto político, mesmo tendo presidido a antiga Salgema, em 1993 e 1994, nove anos antes de a Braskem assumir as operações predatórias nas minas que abriram cavernas em região de falhas geológicas preexistentes.

Milhares de casas foram destruídas pela mineração da Braskem, em cinco bairros de Maceió. (Foto: Edilson Omena/Tribuna Independente)

O desastre ambiental resultante da extração de sal-gema destruiu cinco bairros de Maceió, no Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol. E o crime ambiental que proveu rendimentos à Braskem teve como episódio mais recente o colapso da mina 18, que abriu uma cratera na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, com impactos sobre fauna e flora ainda não avaliados, no estuário lagunar que batizou o estado de Alagoas.

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