Agora: mina em Maceió já afundou 1,69m e mantém alerta máximo de colapso

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Prossegue neste domingo (3) a apreensão da população de Maceió pela expectativa do colapso da mina nº 18 escavada pela Braskem para extração de sal-gema. Em nota divulgada nesta manhã, a Defesa Civil Municipal informou que mantém alerta máximo e que o poço de mineração localizado no bairro do Mutange acumula um afundamento de 1,69m, com velocidade vertical de 0,7cm por hora.

A mina que movimentou mais 10,8cm em últimas 24h deve formar uma dolina, uma cratera de 150 metros de raio, que poderia engolir um estádio de futebol de dimensões como as do Maracanã.

Com maior parte de sua área localizada dentro da Lagoa Mundaú, a mina deverá ser inundada com as águas, material sólido, e parte da flora e da fauna marinha da laguna que inspirou o nome do estado de Alagoas. Perspectiva com efeitos ainda não dimensionados objetivamente, mas que deve ampliar o crime ambiental que já destruiu os bairros do Mutange, Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e parte do Farol, de onde foram evacuadas cerca de 60 mil pessoas, forçadas a deixar suas casas e empresas. A posição da Braskem está no final desta matéria.

Veja a nota da Defesa Civil, publicada às 9h:

A Defesa Civil de Maceió informa que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 é de 1,69m e a velocidade vertical permanece de 0,7cm por hora, apresentando um movimento de 10,8cm nas últimas 24h.

O órgão permanece em ALERTA MÁXIMO devido ao risco iminente de colapso da mina nº 18, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange.

Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.

A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.

Posição da Braskem

Às 13h desse sábado (2), a Braskem emitiu o seguinte posicionamento sobre a situação que causou em Maceió:

A área de risco do mapa definido pela Defesa Civil municipal está 100% desocupada. Os moradores de 23 imóveis que ainda resistiam em permanecer nessa área de risco foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial.

mportante lembrar que a área de resguardo no bairro do Mutange onde fica a mina 18, cuja realocação preventiva foi iniciada pela Braskem em dezembro de 2019, está desocupada, sem nenhuma pessoa residindo na região desde abril de 2020.

Os dados atuais de monitoramento demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta. Todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Braskem vem trabalhando em estreita colaboração.

A Braskem continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, localizada no bairro do Mutange.

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