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Na câmara vereadores votam para manutenção de pontos de ônibus

Dois Projetos de Lei estão pautados para discussão e votação pelos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande, na sessão ordinária de quinta-feira, dia 30. Em primeira discussão, os vereadores votam o Projeto de Lei 11.798/25, que regulamenta a exploração comercial de espaços publicitários em abrigos de paradas de ônibus do transporte coletivo por associações de moradores e organizações comunitárias. Essas instituições ficariam responsáveis pela manutenção, conservação e limpeza dos abrigos adotados, além dos contratos comerciais para exploração publicitária, devendo prestar contas. A proposta é do vereador Ronilço Guerreiro. Conforme o projeto, a autorização para construção, reforma e exploração de abrigos será formalizada mediante termo de cooperação entre a associação habilitada e o Poder Executivo Municipal, com prazo de dois anos. A iniciativa, conforme o vereador, busca a gestão compartilhada, em que cada bairro poderá adotar e melhorar seus pontos de parada, buscando parcerias com empresas privadas para oferecer mais conforto e segurança aos usuários do transporte coletivo. Os vereadores votam também, em primeira discussão, o Projeto de Lei 11.922/25, que denomina “Praça Leonildo José Oliveira de Souza” a área pública localizada na Rua Aurélio Leonardo de Souza, esquina com a Rua Joaquim Inácio de Souza e Rua Monte das Oliveiras, Bairro Center Park. A proposta é do vereador Marquinhos Trad. A proposição busca homenagear Leonildo José Oliveira de Souza, que morou por quase 30 anos no bairro, sempre buscando melhorias, inclusive lutando pela implantação da praça. Palavra Livre – Durante a sessão, o secretário executivo de Juventude de Campo Grande, Paulo Cesar Lands Filho, falará na Tribuna sobre o projeto “Cidade da Juventude – Campo Grande Te Chama Pro Futuro”, abordando temas voltados à valorização da educação e da tecnologia, incentivo ao protagonismo jovem, fomento ao cooperativismo e à inovação, promoção da cultura e da arte, e a conexão entre oportunidades e desenvolvimento social. O convite para falar do assunto foi feito pelo vereador Wilson Lands. A sessão ordinária inicia às 9 horas e pode ser acompanhada presencialmente na Câmara Municipal ou nas transmissões ao vivo da TV Câmara, no canal 7.3, e no Youtube da Casa de Leis.

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Agora : Senado da república anuncia CPI do Crime Organizado após megaoperação no RJ

Em uma iniciativa que marca o reconhecimento formal da crise que assola a segurança pública brasileira, o Senado Federal, sob comando de Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta quarta-feira (29) a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito do Crime Organizado (CPI) para a próxima terça-feira (4). A comissão terá como objetivo investigar a estruturação, a expansão e o funcionamento das facções e milícias que atuam no Brasil, com ênfase especial nas regiões conflagradas. A decisão surge no rastro da denominada Operação Contenção, deflagrada no dia 28 de outubro de 2025 nas favelas do Complexo da Penha e do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que terminou com um balanço oficial de 119 mortos — 115 civis, segundo o governo do Estado, e quatro policiais — e cerca de 113 prisões. O que motivou a CPI A recente megaoperação evidenciou o grau de controle crescente das organizações criminosas sobre territórios e populações. O secretário de Polícia Civil do Estado do Rio, Felipe Curi, classificou as pessoas mortas como “narcoterroristas” e afirmou que “a ação do Estado foi legítima” — uma declaração que gera controvérsias diante das graves denúncias de violência e execução.Segundo Alcolumbre, “a proteção da população é prioridade, e o Estado brasileiro precisa atuar de forma coordenada contra a violência que ameaça o país”.A CPI, segundo o anúncio oficial, terá como foco: Mapear a estrutura interna das facções e milícias, suas linhas de comando, articulações políticas e econômicas. Apurar as áreas de atuação desses grupos na cadeia do crime — tráfico, armas, explosivos, lavagem de dinheiro. Estabelecer responsabilidades institucionais e políticas — quem permite, quem lucra, quem se omite. Este movimento do Senado assume um caráter simbólico forte: reconhecer que a crise da segurança pública não é apenas local ou episódica, mas estrutural — efeito colateral de anos de omissão, permissividade e expansão do crime organizado. Ao convocar uma CPI, o Congresso sinaliza que elevará o debate para nível nacional e, em tese, buscará compromisso interinstitucional.Porém, a eficácia de comissões desse tipo costuma depender da vontade política real, da independência dos membros e da pressão da sociedade. Dado o histórico de omissões e de conivência em determinados governos, há ceticismo sobre se haverá resultados concretos ou se o ato se limitirá a retórica.Além disso, a CPI ocorre em meio a uma ofensiva midiática e política sobre a segurança — pauta cara à direita nacionalista, que defende linha dura contra o crime e critica governos que consideram “linha frouxa”. A manobra surge também como reflexo de uma narrativa de crítica à esquerda, que acusa de passividade ou permissivismo frente ao avanço do crime organizado. Entre os grandes obstáculos da iniciativa estão: Transparência dos trabalhos: para que a CPI não seja mero espetáculo, é necessário que as investigações sejam públicas, com reposição dos resultados à sociedade. Alcance real: as facções criminosas possuem capilaridade e ramificações que atravessam estados, esferas municipais, forças policiais e até setores políticos. Conter isso exige articulação entre estados, União, Ministério Público e Poder Judiciário. Proteção e integridade das investigações: tanto os investigadores quanto as testemunhas e os denunciantes estarão sob risco — milícias e narcotráfico já demonstraram capacidade de intimidação. Medidas concretas de consequência: investigar é importante, mas se ao final da CPI não vier

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Agora: Governador Riedel vai na comitiva de governadores para apoiar as forças de segurança contra o crime organizado no Rio de Janeiro

Em uma demonstração pública de apoio ao estado do Rio de Janeiro após a mais letal operação policial já registrada em sua história, o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), confirmou sua participação na comitiva de chefes de Executivo estaduais que vão deslocar-se à capital fluminense. A iniciativa ocorre à reboque da operação deflagrada na terça-feira (28), nos complexos do Complexo do Alemão e da Penha, zonas norte do Rio, que resultou em mais de 120 mortos segundo fontes locais, acionando críticas à condução do policiamento e à escalada da violência. Riedel, que enfrenta internamente no Mato Grosso do Sul tensões graves no campo — com conflitos entre indígenas, policiais e fazendeiros em Caarapó — usa a viagem para alargar sua presença nacional e reforçar discurso de segurança. Um gesto político ou estratégico? A composição da comitiva reúne governadores de perfil centro-direita e direita: os chefes dos estados de Santa Catarina (Jorginho Mello, PL), Mato Grosso (Mauro Mendes, União), Rio Grande do Sul (Eduardo Leite, PSDB), Minas Gerais (Romeu Zema, Novo), Paraná (Ratinho Júnior, PSD) e o próprio Riedel já manifestado.A proposta declarada é prestar “solidariedade” ao governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e apoiar as forças de segurança que enfrentam a escalada do crime organizado. Segurança, integração e ausência de comando federal? Apesar do gesto, o movimento expõe fragilidades e interrogações. O Ministério da Justiça e Segurança Pública alertou que não havia sido acionado formalmente pelo governo do Rio para validar a operação ou mesmo para integrar previamente a ação.Analistas observam que o fenômeno da violência fluminense ultrapassa os limites estaduais e exige uma coordenadoria nacional — algo que, na prática, ainda não se operacionaliza. O que está em jogo para Riedel Para o governador sul-mato-grossense, a participação tem duplo significado: Externamente, reforça seu alinhamento com pautas de segurança pública nacional, fortalecendo seu discurso de “governo firme” frente ao crime organizado. Internamente, permite capitalizar sob o argumento de que o Mato Grosso do Sul vive desafios semelhantes (como os embates em Caarapó) e que sua liderança extrapola o regional.Contudo, o risco também existe: se a operação do Rio gerar mais críticas (nacionais ou internacionais), os governadores que se associaram podem ficar vinculados à narrativa de conivência ou insuficiente controle. Conclusão Mais do que um gesto simbólico, a ida de Riedel à comitiva que se dirige ao Rio de Janeiro revela o esforço de um político que busca ampliação de palco, associação com pautas de ordem pública, e construção de imagem de “guerreiro contra o crime”.Ao mesmo tempo, evidencia o vácuo de ações nacionais efetivas de integração no combate ao crime organizado — colocando cada vez mais os estados como atores isolados em batalhas que já transcenderam fronteiras regionais. Se a operação fluminense for bem-sucedida e respaldada pela união federativa, poderá ser lançada como modelo. Se fracassar ou gerar escândalos, o palco se tornará armadilha.Para o Mato Grosso do Sul, restará observar se o discurso se transforma em resultado — tanto lá no Rio quanto aqui em seu próprio território.

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Prêmio de Inovação fortalece o serviço público de Mato Grosso do Sul fomentando soluções criativas e sustentáveis

O Dia do Servidor Público, comemorado nesta terça-feira (28), foi marcado pela entrega do XX Prêmio Sul-Mato-Grossense de Inovação na Gestão Pública, promovido pelo Governo do Estado, por meio da SAD (Secretaria de Estado de Administração) e da Escolagov (Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul). A premiação tem como objetivo fortalecer a cultura de inovação no serviço público, reconhecer o protagonismo dos servidores e incentivar soluções criativas e sustentáveis para a gestão pública estadual. Nesta edição, concorreram 326 projetos nas modalidades ‘Ideia Inovadora’ e ‘Prática Inovadora’, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aos eixos estratégicos do Governo do Estado: Desenvolvimento Social; Produção, Competitividade e Integração; Inovação e Sustentabilidade; e Governança e Gestão para Resultados. Para o governador Eduardo Riedel, que presidiu a entrega dos prêmios, o reconhecimento traz, em seu conceito e conteúdo, a ideia de disrupção, sem receio de ousar, de propor novas maneiras de fazer como oportunidade de melhoria, seja na segurança pública, na saúde, na educação, na cultura, no esporte ou na administração pública. “É necessário buscar soluções inovadoras dentro da estrutura existente e dos desafios do dia a dia. Nosso compromisso é estimular a criatividade, envolver municípios e ampliar a participação de todos, incentivando soluções que promovam resultados concretos e impactem positivamente a sociedade. O importante é estar presente, participar, contribuir e ajudar a construir um Mato Grosso do Sul mais próspero, eficiente e inovador”, destacou. As inscrições deste ano bateram recorde histórico desde a primeira edição, em 2016, com um crescimento expressivo em relação aos 185 trabalhos apresentados no ano passado. Na edição de 2025, 116 propostas foram enquadradas em ‘Práticas Inovadoras’ e 210 como ‘Ideias Inovadoras’. A premiação total foi de R$ 128 mil em valores em espécie, além de viagens nacionais concedidas aos primeiros colocados de cada modalidade. Até o quinto lugar nas categorias Ideia Inovadora e Prática Inovadora foram contemplados com prêmios em dinheiro, variando de R$ 24 mil a R$ 4 mil. Os vencedores do primeiro lugar receberam R$ 24 mil e uma viagem ao Web Summit Rio 2026, evento internacional de tecnologia e inovação que será realizado de 7 a 13 de junho, no Rio de Janeiro. A modalidade “Práticas Inovadoras” envolveu trabalhos apresentados com relatos de experiências já implementadas, resultantes do esforço e conhecimento de servidores ou equipes, com resultados mensuráveis e foco na melhoria dos serviços públicos. Já a “Ideias Inovadoras” premiou projetos com propostas ainda não executadas, mas com potencial de gerar impactos positivos para a administração pública e a sociedade. Na modalidade “Ideia Inovadora”, o primeiro lugar foi conquistado por Danielle Bueno Fernandes da Silva, da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), com o projeto que propõe a criação de delegacias especializadas para atendimento a mulheres, crianças e comunidades indígenas, com abordagem humanizada e bilíngue. Em primeiro lugar na modalidade “Prática Inovadora”, o vencedor foi o servidor Rodrigo Huehara, da Sefaz (Secretaria de Fazenda), como trabalho “Da Subjetividade à Evidência: Calculadora de Valor de Referência para Imóveis”, que consiste em uma calculadora de valor de referência para imóveis urbanos e rurais em Mato Grosso do Sul. Em seu discurso, o secretário da SAD (Administração), Frederico Felini, pontuou que os trabalhos são exemplos inspiradores em diversas áreas, comprovando que é possível inovar dentro do poder público, mesmo com todas as limitações legais e estruturais. De acordo com o secretário, o serviço público é, por natureza, regrado, e inovar nesse ambiente é um desafio imenso. “Mas quando nos deparamos com mentes criativas, comprometidas e corajosas, percebemos que é possível fazer diferente e alcançar resultados melhores. Deixo uma mensagem de reconhecimento e incentivo a todos os servidores que se dedicam, acreditam e colocam suas ideias em prática para construir um Mato Grosso do Sul mais próspero, mais verde e mais digital. O futuro do Estado passa pela inovação, e a inovação nasce da iniciativa e do talento de cada um”, apontou. As propostas estão alinhadas a um dos seguintes eixos estratégicos, contribuindo para a modernização da gestão pública com impactos positivos e mensuráveis. O eixo Desenvolvimento Social foca na ampliação do acesso à educação, saúde, moradia, segurança, cultura e assistência social, com ênfase na redução das vulnerabilidades e promoção da cidadania. Já o eixo Produção, Competitividade e Integração visa fortalecer a economia por meio da diversificação produtiva, municipalismo, infraestrutura logística, qualificação profissional e incentivo à agropecuária sustentável. O eixo Inovação e Sustentabilidade busca a excelência na gestão ambiental, eficiência energética, ciência e tecnologia, governo digital e ampliação do saneamento básico. Por fim, o eixo Governança e Gestão para Resultados propõe a modernização administrativa, gestão de pessoas inovadora, governança orientada a resultados, transparência, controle e equilíbrio fiscal. A diretora-presidente da Escolagov, Ana Paula Martins, destacou que o prêmio é uma oportunidade de valorizar e estimular novas formas de pensar e agir dentro do serviço público. “Não é apenas sobre projetos, mas sobre transformar a maneira como avaliamos, percebemos e apresentamos o trabalho de cada servidor. O formato de apresentação dos projetos, como o pitch, permite que as pessoas se expressem, tragam ideias e aproximem a sociedade da administração pública”, complementou. A diretora-presidente lembrou ainda que Escolagov completou na segunda-feira 25 anos de sua criação. Durante a solenidade, também foram sorteadas bolsas de estudo para cursos de graduação e idiomas, ampliando as oportunidades de capacitação para os servidores públicos do Estado. Veja abaixo a lista completa dos ganhadores em cada categoria: PRÁTICAS INOVADORAS 1º lugar – Da Subjetividade à Evidência: Calculadora de Valor de Referência para Imóveis Autor: Rodrigo Huehara Órgão: SEFAZ O projeto criou uma calculadora de valor de referência para imóveis urbanos e rurais em Mato Grosso do Sul. Em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), a ferramenta pública apura o valor venal para o ITCD, garantindo transparência e justiça fiscal por meio de metodologia estatística. A iniciativa moderniza a gestão tributária e promove maior confiança do cidadão nos processos fiscais do Estado. 2º lugar – Economia para a Saúde: Gestão Pública Eficiente na Redução do Custo de NPT

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Prefeitura homologa empresa para execução do Parque Turístico Municipal Cachoeiras do Céuzinho

A Prefeitura Municipal de Campo Grande divulgou no Diário Oficial desta quarta-feira (29) o resultado da licitação para a construção do Parque Turístico Municipal Cachoeiras do Céuzinho. O projeto prevê a criação de um amplo espaço de lazer, turismo e contato com a natureza, localizado às margens da Estrada Municipal CG-060, em uma área de 28 hectares que integra a Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Córrego Ceroula. Conforme publicado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), a vencedora foi a empresa Gimenez Engenharia Ltda, com proposta de R$ 7.295.079,81. O termo oficializa a adjudicação e homologação da Concorrência Eletrônica nº 006/2025, referente ao Processo Administrativo nº 015725/2025-69, e autoriza o início das obras. A prefeita Adriane Lopes destacou que a homologação marca um novo passo na valorização do turismo e no investimento responsável dos recursos municipais. “Teremos em Campo Grande mais um ponto de contemplação e de visitas turísticas, mais um atrativo para nossa Capital.” Famoso por suas cachoeiras e trilhas, que atraem visitantes ao longo de todo o ano, o Céuzinho é um dos destinos naturais mais conhecidos de Campo Grande. O local, tradicional ponto de encontro de famílias, ciclistas e amantes da natureza, enfrenta há anos desafios como acúmulo de lixo e falta de infraestrutura adequada. A implantação do parque vem justamente para reverter esse cenário, garantindo conforto, segurança e preservação ambiental. Entre as construções, estão previstos quiosques, redários, playground, passarelas e restaurantes, além de um receptivo para visitantes. Também estão planejadas áreas de apoio para trilhas, pontos de contemplação e infraestrutura voltada à educação ambiental. A proposta é criar um ambiente que valorize o patrimônio natural, mas ao mesmo tempo ofereça condições para que a população desfrute do espaço com conforto e respeito ao meio ambiente. Além de oferecer lazer e contato com a natureza, o parque deve impulsionar o turismo local e movimentar a economia, beneficiando pequenos empreendedores e fortalecendo Campo Grande como destino de ecoturismo e aventura. O Município também investirá na elaboração do Plano de Manejo da Unidade de Conservação, para garantir a preservação ambiental e o uso sustentável do espaço. Com a homologação concluída, a expectativa é que as obras sejam iniciadas nas próximas semanas, transformando o Céuzinho em um dos principais cartões-postais da Capital e referência de turismo sustentável no Centro-Oeste.

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Decreto que institui a Política e a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva gera debate na ALEMS

O assunto do debate de hoje foi o Decreto 12.686, que instituiu a Política e a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva29/10/2025 – 12:59 Por: Christiane Mesquita   Foto: Luciana Nassar A manifestação externa da ALEMS desta quarta-feira (29), na sessão plenária foi de Naína Dibo Soares, presidente da Associação das Pessoas com Deficiência e Transtorno do Espectro Autista (Prodtea), a convite do deputado Neno Razuk (PL). O Decreto 12.686/2025, que institui a Política e a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva, foi o assunto. “Ninguém tá comentando o que há por trás desse decreto, a universalização da matrícula, dentro da sala regular de ensinamento, não importa o tipo de deficiência. Vocês já imaginaram se nesse decreto tiram todo mundo e colocam na sala de aula, isso nunca foi inclusão, isso é gravíssimo”, ressaltou. Naína Dibo Soares, que falou sobre o decreto, é presidente do Prodtea  “Outra situação bem importante falar é sobre o professor de apoio, que tinha antes que passar por uma capacitação de 200h aula, e ter Pedagogia, e agora traz outra situação que esse professor de aula tenha apenas 80h de capacitação e Ensino Médio, ou seja, apenas com esse tempo, já estará apto para estar em uma sala de aula com alunos especiais. E o BPC que algumas famílias recebem, principalmente as mães de filhos das Apaes, que carregam seus filhos nos colos, maiores que elas, não conseguem trabalhar e moram em lugares longes, necessitam da presença em aula de seus filhos obrigatórias para receber o benefício. Peço o apoio de cada um para que a gente possa fazer a diferença na vida deles, eles não podem se defender sozinhos, mas vocês têm a voz para isso”, continuou Naína Dibo. O deputado Neno Razuk agradeceu a presidente de entidade em prol de quem tem Transtorno do Espectro Autista (TEA-MS). “Parabéns pela coragem de vir falar aqui. Precisamos agir, não somente a esse decreto, eu quero conversar aqui com todos a respeito da união necessária para ações pró PCDs, o descaso da classe política é um absurdo e só tem uma conotação importante quando acontece algo como esse decreto”, desabafou o parlamentar.   Pedro Kemp destaca que há omissão e dubiedade no Decreto 12.686 O deputado Pedro Kemp (PT) ressaltou suas impressões sobre o decreto. “Eu li atentamente o decreto do governo federal e reli várias vezes. O decreto tem alguns pontos que precisam ser melhor esclarecidos. Penso que deva ser reformulado para dar as garantias que as entidades estão pedindo que é o direito às escolas especiais, às entidades sem fins lucrativos de continuarem com o atendimento que elas prestam com as pessoas com deficiência. Um decreto não está acima da Constituição, não está acima de uma lei complementar e deveria ser utilizado para regulamentar a legislação maior sobre o tema. Então, não existe a possibilida hoje do fechamento das APAEs, das Pestalozzis, da Juliano Varela, da Colibri e de tantas outras entidades. Não há na legislação a previsão e esse decreto não trata disso. Apresentei hoje uma indicação ao Ministério da Educação que reformule esse decreto, que ouça a sociedade, que abra um diálogo com as instituições para deixar mais claro nesse decreto que tem a finalidade de tornar a rede regular de ensino inclusiva mas, que não exclui as instituições especializadas de oferecerem também a educação regular que deve passar pelo Conselho Estadual de Educação”, explicou.  Junior Mochi agendou reunião sobre o assunto para a próxima segunda O deputado Junior Mochi (MDB) falou de moção de repúdio apresentada o decreto 12.686. “Apresentamos uma moção de repúdio ao decreto e um dos principais aspectos mencionado é que não se pode implementar uma política pública por meio de decreto, ainda mais que gera tanta repercussão. Convido a todos para uma reunião sobre o assunto, na próxima segunda-feira (3), às 9h, na sala Onevan de Matos, aqui na Assembleia Legislativa”, informou.  Emocionada, a deputada Lia Nogueira (PSDB) falou sobre o assunto. “A política Nacional de Educação Inclusiva já existe há muito tempo, já avançamos, mas há que avançar muito mais, o decreto é um retrocesso a tudo que viemos lutando por tantos anos. Municípios e estados não estão prontos para essa política, temos que entender o tipo de deficiência dessa pessoa, não dá para colocar todos no mesmo local, um decreto como esse vem e nos causa muito temor, cada atipicidade e deficiência tem que ser considerada, não podemos falar de política de inclusão, se estamos excluindo. Sou mãe atípica e sei que o Brasil ainda não está preparado, é um debate que começa hoje aqui e que isso seja revisto o quanto antes”, clamou.   O deputado Lidio Lopes (sem partido) parabenizou a fala na tribuna. “A gente sabe da sua luta aguerrida, o decreto causou uma insegurança a todos, que deixa de maneira desconfortável, sabe a demanda e dificuldade que tem hoje em dar atenção a essas crianças que não são de grau tão avançado como as da Apaes, imagine as dificuldades, trazendo elas para escolas comum, podem até sofrer discriminação dentro da sala de aula, isso tem quem ser repensado, revogado esse decreto, conte com nosso apoio e luta”, declarou.   A deputada Gleice Jane (PT) lembrou o quanto é importante a educação dentro desse tema. “Esse decreto fez a gente parar para debater um tema tão importante. Acompanho pelo viés os vários olhares sobre a pauta da Educação especial, e o meu lugar, de professora, tenho percebido nas escolas uma preocupação muito grande sobre essa demanda. Também é preciso pensar na saúde, nas famílias, no laudo, terapias e medicações. compreender e identificar porque temos esse número altíssimo das crianças da educação especial”, considerou a parlamentar. A deputada Mara Caseiro (PSDB) manifestou apoio incondicional ao pedido da presidente de entidade. “Sabemos sobre a importância de toda as instituições que se preparam, e esse decreto vem exatamente na contramão do que essas instituições vêm fazendo há tempos. Me coloco à disposição, estaremos lá para apoiar e pedir a suspensão desse Decreto que tem interpretação dupla. Conte com nosso

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Corretores de imóveis foram homenageados pelos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande em Sessão Solene

Na solenidade, os profissionais receberam a Medalha Legislativa Roberto Roman Rasakis Borgonha, como reconhecimento ao trabalho de realizar o sonho da casa da própria de várias famílias e contribuições no crescimento da Capital. A Sessão Solene foi proposta pelo vereador Otávio Trad, autor da Resolução 1.394/24, que institui a Medalha. Os corretores homenageados devem estar credenciados ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 14ª Região – Creci/MS. O vereador Otávio Trad ressaltou que as realizações estão na essência da profissão, seja em relação à moradia ou ao local de trabalho. “São profissionais que geram emprego, giram capital e fazem a cidade crescer economicamente e do ponto de vista imobiliário”, disse. Ele lembrou que ainda neste mês foi aprovado na Câmara projeto que reconhece o uso de assinaturas eletrônicas, regularmente autorizadas, em procedimentos administrativos, o que ajuda na agilidade, transparência e desburocratização. Além do vereador Otávio Trad, são autores da proposta os vereadores Neto Santos e Rafael Tavares. “O Poder Público está diretamente ligado à função dos corretores”, lembrou o vereador Otávio Trad, falando sobre os financiamentos, burocracias e tributos que impactam no dia a dia das atividades destes profissionais. Ele enfatizou a importância do reconhecimento a essa categoria, com tantas contribuições para a cidade. Em nome dos homenageados, a corretora Sandra Loureiro Seleghim Boaventura recordou como a profissão se fortaleceu, os corretores estão cada vez mais preparados e reconhecidos pela sociedade. “Desempenhamos um papel importante, de realização de um dos maiores sonhos das famílias”, salientou. Ela afirmou que o mercado imobiliário de Campo Grande está em constante evolução, com novas tecnologias, novas demandas e muitas oportunidades, levando à necessidade de a categoria estar sempre se aprimorando, sem perder o foco do atendimento de excelência. “Todas as pessoas merecem uma moradia digna e adequada. O papel do corretor não é somente intermediar negociações, contribuímos com o crescimento econômico da nossa cidade”, afirmou. Ela acrescentou ainda a necessidade de políticas públicas para facilitar a conquista do imóvel, com redução da burocracia e das taxas de ITBI e IPTU. Por vídeo, o senador Nelsinho Trad deixou uma mensagem aos homenageados, ressaltando como o reconhecimento é importante, justo e merecido. “Os corretores são profissionais zelosos, competentes, que dão segurança jurídica e o planejamento necessário para quem adquire seu imóvel, sempre com profissionalismo”, disse. Luciana de Almeida, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul, destacou que o corretor tem papel crucial na economia. “Impulsionamos o mercado e temos responsabilidade gigantesca porque lidamos com o sonho de pessoas, que é a conquista da casa própria”, afirmou. Ela recordou ainda a trajetória de Roberto Borgonha, que leva o nome da Medalha, destacando sua luta pela categoria. O Sindimóveis tem atualmente 46 anos de história. Homenagem – A Medalha leva o nome de Roberto Roman Rasakis Borgonha, corretor de imóveis que iniciou a carreira em 1993 e era extremamente atuante no Creci/MS. Foi Conselheiro Suplente e Efetivo, além de coordenador da comissão de Análise Situacional. Ganhador do Troféu Colibri de Prata edição 2021, uma das maiores honrarias do CRECI. Em 2022 foi presidente do Sindimoveis (Sindicato dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul), onde já atuou como suplente do conselho fiscal, diretor-financeiro e diretor-administrativo. Ele faleceu em abril de 2023. O vereador Otávio Trad também recordou a história de Roberto Borgonha e sua importância como um dos percursores da atividade de corretores de imóveis na Capital Ele enfatizou uma das principais características, para que seu nome fosse colocado na Medalha. “Sua trajetória ficou marcada não apenas em cartela de cliente, mas sim em fazer amigos. Seu sucesso profissional o levou à presidência do Sindimóveis”, recordou o vereador. Confira abaixo a relação dos homenageados: ANA PORTELA – THAYLOR DE SOUZA PALOSCHIANDRÉ SALINEIRO – IVANILDO VIANA DA SILVA e NEIDE HERRERO DE CARVALHOBETO AVELAR – ADOLFO BENEVIDES PENA DA SILVA e RAPHAEL RENATO DA SILVA BRITOCARLÃO – JHONNY PATRICK HASHIMOTO e JOSÉ OLIVEIRA BRANDÃO FILHOCLODOILSON PIRES – ALEX FERREIRA TRAJANO e CLEBER LOPES PEREIRADELEI PINHEIRO – BRUNO CARVALHO BORGES e CAIQUE BUENO FARIASDR. JAMAL – SILVIO LOBO NETO e PAULO CÉZAR QUEIROZ DE MENDONÇADR. LÍVIO – ALEXSANDRO SANTANA CAMPEIRO e LUCIANO DE OLIVEIRA COSTADR. VICTOR ROCHA – JUSSARA DE CARVALHO ISSA CARDOZO e FABIANA DE OLIVEIRA CORBUCCI DANTIEPAMINONDAS NETO, PAPY (PRESIDENTE) – NATANAEL GONÇALVES BARBOSA e EVERTHON LUIZ LEMOS CARDOSOFÁBIO ROCHA – ELIELSON PEREIRA e CHARLES LIPOVIESKI GONÇALVESHERCULANO BORGES – RENATO PROENÇA BRUM e REGINALDO FERREIRA COSTAJEAN FERREIRA – SANDRA LOUREIRO SELEGHIM BOAVENTURA e CESAR MANUEL ORTIZ VILLALBAJUNIOR CORINGA – DIEGO GARCIA FERREIRA e TANIA GARCIA OLIVEIRALANDMARK – VERA LUCIA RUBIO PEREIRA e FERNANDO CATALANO DOS SANTOSLEINHA – RAFFAEL JOSIAS DUARTE DA SILVA e ISABELA CRISTINA ROMANILUIZA RIBEIRO – ADRIANO MACHADO DE OLIVEIRA e GUILHERME GONÇALVES FERNANDESMAICON NOGUEIRA – LUCIANO AUGUSTO DE ARAUJO DURÉ, PAULO CESAR ROCHA SALES e IVO JUNIOR CARDOSO DA COSTAMARQUINHOS TRAD – ELISÂNGELA PEREIRA DE OLIVEIRA e DIVONCIR SCHREINER MARAN JÚNIORNETO SANTOS – EDMILSON DA SILVA MATOS e RUY BAVIA JUNIORPROF. JUARI – GUSTAVO CASARIN CORRÊAPROF. RIVERTON – PATRICIA LOPES DE LIMA e MARIA CAROLINA SOUZA DA SILVARAFAEL TAVARES – JULIANA NATHALY BENITEZ BORGES, BENEDITO CARLOS ROSA BENTO e RAFAEL ABDALA CARVALHORONILÇO GUERREIRO – ANTONIELSON BALEJO CARVALHO e ANDRÉ LUIS MIRANDA DIASSILVIO PITU – CEZAR AUGUSTO ARRUDA ALVESWILSON LANDS – ALFONSO SIRACUSA SANTOS e RAFAEL CIRILO ESCORCEOTÁVIO TRAD – CARLOS ALBERTO JURGIELEWICZ NETTO, GISELE MARGARETE CORREIA, LUIZ ALBERTO GAYOSO DA SILVA, TATIANA COUTINHO GONÇALVES FERNANDES e ZEILA MARTINS CARNEIRO

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Comando Vermelho se ergueu no cárcere e bebeu nas fontes da esquerda

No calabouço da repressão e da miséria do sistema penitenciário fluminense, nasceu o que hoje é uma das organizações criminosas mais poderosas do Brasil: o Comando Vermelho (CV). A gênese não se deu na favela, como muitos imaginam, mas sim dentro dos muros de presídios, onde presos comuns conviveram com esquerdistas condenados na era da ditadura militar — e dessa convivência brotou o embrião da facção. Nos anos 70, mais precisamente por volta de 1979, no Instituto Penal Cândido Mendes, na ilha de Ilha Grande (RJ), presos comuns, envolvidos em roubos, assaltos e crimes diversos, hospedavam juntos presos políticos — de esquerda, que haviam sido enquadrados pela Lei da Segurança Nacional. Essa mistura criou um caldo de cultura em que ideias de guerrilha e de organização coletiva transbordaram para o mundo do crime. Foi desse ambiente que emergiu, primeiro, a Falange Vermelha — espécie de célula embrionária — que mais tarde se reorganizou e deu origem ao Comando Vermelho. A mão esquerdista no berço criminoso De acordo com vários estudos, os presos políticos da ditadura, detidos em unidades como a de Ilha Grande, costumavam trazer conceitos de coletivização, de resistência ao Estado, de “camaradagem” entre presos . Esse know-how não permaneceu restrito ao universo político: logo foi apropriado por criminosos comuns, que enxergaram nessa fraternidade detenta uma vantagem estratégica. O “vermelho” no nome do CV não foi mera coincidência ou marketing: era uma homenagem — simbólica ou direta — à presença dos presos políticos esquerdistas. Da proteção intra-presídio ao crime organizado A “organização” interna do presídio tinha antes que tudo um objetivo: autoproteção. Entre condições degradantes, torturas, superlotação e abandono, os presos vislumbraram que estariam mais seguros agrupados, com hierarquia própria, comissão interna, divisão de tarefas — tudo “emprestado” da lógica militante e adaptada ao crime. Com o tempo, o CV se profissionalizou: deixou de atuar apenas no cárcere e migrou para fora — tráfico de drogas, roubos, assaltos, controle territorial nas favelas — e estabeleceu um código interno, solidariedade, punindo delações e traidores, imitando partes da guerrilha e da esquerda radical. A ruptura entre ideal político e negócio criminoso Importante destacar que, apesar da origem “inspirada” pela esquerda, o CV nunca operou como uma organização ideologicamente de esquerda. Muito pelo contrário: o que prevaleceu foi o capitalismo do crime, o “lucro rápido”, o tráfico, a expansão violenta. Ou seja: as práticas foram herdadas da esquerda, mas o fim foi o oposto dos ideais revolucionários. O paradoxo nacional Assim, o Brasil de hoje enfrenta um paradoxo: a esquerda que tanto lutou contra o Estado autoritário no passado — e deu à luz, ainda que involuntariamente, a organizadores de poder paralelo — agora paga o preço simbólico e real desse legado preso-político-presídio-crime. Conclusão O Comando Vermelho é, portanto, fruto de um ambiente onde o Estado falhou — presídios que eram “escolas do mal” onde se ensinava organização, solidariedade e rebeldia — e onde a esquerda, em busca de direitos e liberdade, acabou cedendo terreno para que ideias fossem cooptadas pelo crime. A estrutura da facção mostra mãos esquerdas, mas opera com punhos do crime. Se o Brasil deseja romper essa cadeia histórica, precisa começar por reformar presídios, separar presos políticos de criminosos comuns, mudar o discurso de “direito humanitário” que permite a cultura do cárcere virar escola de crime organizado, e encarar a verdadeira raiz de poder paralelo que nasce dentro da prisão.

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Rio em Guerra: após fala irresponsável de Lula onde disse que “Traficantes são vítimas dos usuários” Comando Vermelho ataca Polícia com drones e bombas

Quatro dias após o presidente Lula declarar que traficantes seriam “vítimas dos usuários”, o Rio de Janeiro viveu uma das ofensivas mais ousadas e violentas já registradas em território urbano. Criminosos ligados ao Comando Vermelho lançaram bombas transportadas por drones contra agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Polícia Militar durante uma megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte carioca. A ação, digna de cenário de guerra, é o retrato mais recente da escalada do poder bélico das facções e da perda de controle do Estado sobre áreas dominadas pelo tráfico. A ofensiva criminosa expõe a fragilidade do governo federal diante do avanço das organizações criminosas, que hoje desafiam abertamente as forças de segurança, com armamento pesado e táticas cada vez mais sofisticadas. O episódio ocorre poucos meses depois de o Palácio do Planalto rejeitar um pedido formal dos Estados Unidos para que o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) fossem classificados como organizações terroristas. A solicitação norte-americana, apresentada em maio por representantes do Departamento de Estado, tinha como objetivo endurecer as sanções internacionais e facilitar o bloqueio de ativos, a cooperação em inteligência e a restrição de fluxos financeiros que sustentam o crime organizado no Brasil e fora dele. Washington alertou que a expansão internacional dessas facções já atinge países da América do Sul, Europa e África, com redes logísticas e financeiras semelhantes às de grupos insurgentes. Mesmo assim, o governo brasileiro recusou a proposta, alegando “motivos diplomáticos” — decisão que vem sendo duramente criticada por especialistas em segurança e autoridades estrangeiras. Enquanto o Planalto evita classificar os grupos como terroristas, as comunidades do Rio vivem um cotidiano de medo. A ausência de uma política firme e de respaldo federal à ação das forças de segurança tem deixado policiais em desvantagem frente a criminosos cada vez mais organizados. O resultado é a crescente deterioração do controle estatal sobre regiões inteiras. Dados recentes apontam que mais de 40 milhões de brasileiros já vivem sob o domínio de facções ou milícias — uma estatística alarmante que revela a falência do poder público em garantir segurança e soberania dentro do próprio território nacional. A leniência ideológica e a inversão de valores, ao tratar traficantes como “vítimas”, minam o moral das forças policiais e fortalecem o discurso criminoso. Enquanto o governo tenta relativizar a violência e culpabilizar a sociedade, o tráfico avança, o Estado recua e o cidadão comum é quem paga o preço do caos. O que se vê hoje no Rio é o retrato de um país sem comando, onde o crime impõe suas leis e o governo prefere fechar os olhos em nome de um discurso politicamente conveniente.

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Sancionado pelo governo de MS lei que estabelece o Marco Legal do Processo Administrativo

O Governo de Mato Grosso do Sul sancionou a Lei nº 6.490, que estabelece o Marco do Processo Administrativo no Estado. A nova legislação dispõe sobre normas gerais de processo administrativo e procedimentos em matéria processual, com o objetivo de agilizar trâmites, fortalecer a segurança jurídica e padronizar a atuação de todos os órgãos do Poder Executivo Estadual. Antes da sanção da lei, existiam normas específicas para alguns processos administrativos, como o tributário, além de atos normativos infralegais. Com a aprovação da legislação, a Administração Pública e os administrados passam a contar com maior previsibilidade e clareza sobre direitos, deveres e prazos para a prática de atos administrativos. A proposta foi elaborada por um grupo de trabalho da PGE/MS (Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul), composto pela procuradora-geral do Estado, Ana Carolina Ali Garcia, pelo procurador-geral adjunto do Consultivo, Ivanildo Costa, e pelas procuradoras do Estado Marcela Gaspar, Ana Lígia Zanin e Luiza Iara. Um dos destaques da lei é a proteção de direitos fundamentais, incluindo a aplicação da norma mais benéfica, o respeito ao contraditório e a garantia de que ninguém seja punido duas vezes pelo mesmo fato. Conforme explica a procuradora-geral do Estado, o Marco Legal do Processo Administrativo Estadual traz segurança jurídica, padronização e modernização à Administração Pública. “A legislação que regula o processo administrativo estadual traz uniformização para os atos e procedimentos, segurança jurídica e modernização. Institui-se o meio eletrônico como regra e permite-se o uso de inteligência artificial nas decisões administrativas, tornando os procedimentos mais céleres e eficientes”, afirmou. Ana Ali destacou ainda o incentivo à celebração de acordos entre a Administração e os cidadãos como outro aspecto relevante. “Adicionalmente, o Marco Legal do Processo Administrativo estimula a celebração de acordos com os cidadãos, fortalecendo a resolução consensual de conflitos e aproximando a Administração da sociedade. Ele também estabelece conexões importantes com o Código de Processo Civil, contemplando a cooperação institucional, a adoção da contagem de prazos em dias úteis e a suspensão de prazos processuais administrativos no mesmo período de suspensão dos prazos judiciais”, destacou. A lei também disciplina os meios de participação da população no processo administrativo, por meio de consultas e audiências públicas, ampliando a transparência e o diálogo com a sociedade. Para o procurador-geral adjunto do Consultivo, Ivanildo Costa, a legislação gera benefícios diretos para todos os envolvidos. “Para o cidadão, garante maior celeridade nas respostas do Estado. Para advogados e representantes, proporciona eficiência e previsibilidade na atuação processual. Já para a Administração Pública, oferece padronização de procedimentos, reduz burocracia e gera economia de recursos”, pontuou. Com a nova lei, o Estado de Mato Grosso do Sul consolida um marco legal abrangente para os processos administrativos, promovendo maior segurança jurídica e eficiência.

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