Ao participar ontem (1º/08) do Programa Tribuna Livre, da Rádio Capital FM, Hora Notícias, da Rário Hora e do programa Jornal da Top, da Rede Top FM, o cientista político Antonio Ueno, detalhou a 7ª pesquisa registrada realizada pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência e apontou que a candidata a prefeita de Campo Grande pelo PT, a deputada federal Camila Jara, foi a que mais cresceu no levantamento. “O que chamou muito a minha atenção nesta sétima pesquisa foi o aumento de quase o dobro de votos da Camila Jara e sem colocar a campanha na rua de fato. Essa menina vai crescer muito, eu acredito que ela vai passar dos 10% antes do fim do mês de agosto. Porque o PT tem em Campo Grande uma faixa de 13% dos votos, o que vem se repetindo nas últimas eleições”, analisou. Tony Ueno completou que a candidata do PT foi a que mais cresceu, enquanto a que mais perdeu foi a prefeita Adriane Lopes (PP), que é candidata à reeleição. “Ela ficou sem o apoio do PL e do ex-presidente Bolsonaro, por isso, perdeu também parte dos votos da direita em Campo Grande, que acabou se pulverizando”, pontuou. Ele explicou que a candidata Rose Modesto (União Brasil) acabou se beneficiando da desistência do ex-governador André Puccinelli (MDB). “O eleitor do André é aquele eleitor que não quer votar no candidato do governo e nem na prefeita. Por isso, ele acabou adotando a Rosa e Modesto”, explicou. O cientista político disse ainda que o candidato Beto Pereira (PSDB) também teve uma ligeira crescida porque está com 210 pré-candidatos a vereadores na rua. “Isso é um exército graças aos vários partidos apoiando a sua candidatura”, ressaltou. Sobre a queda de Adriane Lopes, Tony Ueno citou duas situações. “Ela caiu na sua votação e ampliou a rejeição porque o eleitor tem que rejeitar alguém. E, com a saída do André, que era o mais rejeitado, essa rejeição acabou pegando nela. Campo Grande passa por várias situações complicadas e ela vem procurando fazer uma boa administração, mas nós sabemos que a prefeita enfrenta vários problemas e, por isso, essa rejeição acabou indo para ela”, detalhou. O cientista político ainda argumentou que a candidata Camila Jara está sozinha na área da esquerda em Campo Grande. “Ela está sozinha nessa arena aí dos votos da esquerda. Ela está navegando por águas tranquilas e isso motivou o seu crescimento sem fazer muito esforço. Eu acredito que, com o deputado estadual Zeca do PT nas ruas de Campo Grande pedindo votos para ela e também os candidatos a vereadores fazendo o mesmo, a tendência é da Camila Jara crescer ainda mais”, projetou. Outro fator importante para o crescimento da petista, conforme ele, foi a consolidação da candidatura do deputado estadual Zeca do PT como vice de Camila Jara. “Muitos acreditavam que o Zeca só estava fazendo aquele jogo de cena e não seria candidato a vice coisa nenhuma. E, quando se consolidou a candidatura dele como vice da Camila, ela deve ganhar muitos votos. Ainda tem outra questão, que é o fato de a candidata trabalhar muito com as redes sociais, tendo muitos seguidores, e falar uma linguagem dos jovens em Campo Grande. Então, a tendência dela é crescer nas próximas pesquisas”, assegurou. Outros candidatos A respeito da Rose Modesto, Tony Ueno avaliou que a ex-deputada federal tem feito uma campanha procurando agradar todos os setores. “Ela tem pegado muito essa questão de que não é da direita e nem da esquerda, que está pensando nas soluções para os problemas de Campo Grande. Por isso, a Rose também está navegando por águas tranquilas e hoje é a candidata que mais tem votos, liderando tanto a espontânea, quanto a estimulada”, reforçou. O cientista político ressaltou que, além disso, Rose já esteve em um segundo turno na disputa pela Prefeitura de Campo Grande contra o ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT), fazendo com que seja conhecida dos eleitores. “O eleitor está acostumado a votar nela. Ela foi, por duas vezes, a vereadora mais votada de Campo Grande, foi a candidata a deputada federal mais votada em Campo Grande na eleição de 2018. E, em 2022, foi candidata a governadora, tendo muitos votos aqui”, recordou. Além disso, de acordo com ele, a ex-deputada federal ocupou muitos cargos públicos, tendo sido vice-governadora e secretária estadual de Assistência Social. “Para quem não sabe, ela lançou aquele programa Rede Solidária, que foi algo espetacular. Ela também foi superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste, que viabilizou bilhões de reais para Mato Grosso do Sul. Então, tudo isso, vai se consolidando. E um detalhe importante, com tantas disputas que ela participou e cargos que assumiu, a rejeição dela é muito baixa”, argumentou. Tony Ueno lembrou que aquelas pessoas que estão nos bastidores da política, como os marqueteiros, têm aquela preocupação com relação à rejeição, porque às vezes o candidato aparece muito bem na pesquisa, mas aí, na hora que vai para a rejeição, está alta também. “Em uma disputa com vários candidatos, quem passa de 20% de rejeição em Campo Grande dificilmente vai conseguir vencer. É muito difícil conseguir ir para o segundo turno com uma rejeição alta”, afirmou. O cientista político citou o caso da prefeita Adriane Lopes, que, com a saída de André Puccinelli, está liderando o quesito rejeição. “A prefeita tem que se reinventar e a sua coordenação tem de fazer isso logo. Eu creio também que a senadora Tereza Cristina (PP-MS), que está percorrendo muito o Estado, terá de focar mais aqui na Capital para ajudar a prefeita”, aconselhou. Sobre a rejeição da candidata Camila Jara, ele disse que se trata da rejeição natural contra o PT, pois Campo Grande tem maioria de eleitores da direita e, portanto, sempre vão rejeitar o candidato da esquerda, independentemente de que ele seja. “Todavia, os votos da direita em Campo Grande, cuja maioria, em torno de 60%, é formada por evangélicos. Parte dos evangélicos está dividida entre Rose Modesto e a prefeita Adriane Lopes, inclusive, a maioria dos