Conforme publicou o jornal O Globo, Gonzalez disse que ambos os presidentes discutirão assuntos bilaterais que, devido à importância de EUA e Brasil, tornam-se temas globais. A reunião entre os presidentes deve ocorrer às margens da Cúpula das Américas, entre os dias 6 e 10 de junho, em Los Angeles.
“[…] A conversa entre o presidente Biden e o presidente Bolsonaro tratará de uma série de assuntos que são bilaterais e, francamente, de natureza global, dada a importância da relação entre os EUA e o Brasil”, afirmou o representante norte-americano.
Segundo o jornal, o diretor ligado à Casa Branca listou uma série de assuntos que estarão na pauta do encontro. Entre eles estão a insegurança alimentar, a segurança sanitária, a resposta econômica à pandemia de COVID-19 e o aquecimento global.
O norte-americano teria dito que o Brasil tem um “papel incrivelmente importante” em algumas dessas áreas. “Há uma lista muito longa de assuntos que estarão sobre a mesa de discussões”, afirmou. González também expressou confiança nas instituições brasileiras quando questionado sobre a possibilidade de o encontro tratar das eleições brasileiras, marcadas para outubro deste ano.
“Cabe aos brasileiros decidir as eleições brasileiras, e os EUA têm confiança nas instituições brasileiras, que se provaram robustas”, disse.
EUA ofereceram encontro a Bolsonaro após incertezas sobre o evento
O encontro entre os presidentes foi oferecido a Bolsonaro após o Brasil dar sinais de que poderia não participar da Cúpula das Américas, convocada por Biden em meio à crise na Ucrânia em tentativa de demonstrar influência na região latino-americana. O evento deve incluir em sua agenda temas como aquecimento global, imigração ilegal e democracia. Essa será a primeira edição do encontro realizada nos EUA.
Outros líderes da região ainda não confirmaram presença. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, prometeu que só iria ao evento caso todos os países da região fossem convidados, visto que Nicarágua, Cuba e Venezuela foram excluídos do encontro. O protesto mexicano teve adesão dos governos de Argentina e Bolívia.