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Comando Vermelho se ergueu no cárcere e bebeu nas fontes da esquerda

No calabouço da repressão e da miséria do sistema penitenciário fluminense, nasceu o que hoje é uma das organizações criminosas mais poderosas do Brasil: o Comando Vermelho (CV). A gênese não se deu na favela, como muitos imaginam, mas sim dentro dos muros de presídios, onde presos comuns conviveram com esquerdistas condenados na era da ditadura militar — e dessa convivência brotou o embrião da facção. Nos anos 70, mais precisamente por volta de 1979, no Instituto Penal Cândido Mendes, na ilha de Ilha Grande (RJ), presos comuns, envolvidos em roubos, assaltos e crimes diversos, hospedavam juntos presos políticos — de esquerda, que haviam sido enquadrados pela Lei da Segurança Nacional. Essa mistura criou um caldo de cultura em que ideias de guerrilha e de organização coletiva transbordaram para o mundo do crime. Foi desse ambiente que emergiu, primeiro, a Falange Vermelha — espécie de célula embrionária — que mais tarde se reorganizou e deu origem ao Comando Vermelho. A mão esquerdista no berço criminoso De acordo com vários estudos, os presos políticos da ditadura, detidos em unidades como a de Ilha Grande, costumavam trazer conceitos de coletivização, de resistência ao Estado, de “camaradagem” entre presos . Esse know-how não permaneceu restrito ao universo político: logo foi apropriado por criminosos comuns, que enxergaram nessa fraternidade detenta uma vantagem estratégica. O “vermelho” no nome do CV não foi mera coincidência ou marketing: era uma homenagem — simbólica ou direta — à presença dos presos políticos esquerdistas. Da proteção intra-presídio ao crime organizado A “organização” interna do presídio tinha antes que tudo um objetivo: autoproteção. Entre condições degradantes, torturas, superlotação e abandono, os presos vislumbraram que estariam mais seguros agrupados, com hierarquia própria, comissão interna, divisão de tarefas — tudo “emprestado” da lógica militante e adaptada ao crime. Com o tempo, o CV se profissionalizou: deixou de atuar apenas no cárcere e migrou para fora — tráfico de drogas, roubos, assaltos, controle territorial nas favelas — e estabeleceu um código interno, solidariedade, punindo delações e traidores, imitando partes da guerrilha e da esquerda radical. A ruptura entre ideal político e negócio criminoso Importante destacar que, apesar da origem “inspirada” pela esquerda, o CV nunca operou como uma organização ideologicamente de esquerda. Muito pelo contrário: o que prevaleceu foi o capitalismo do crime, o “lucro rápido”, o tráfico, a expansão violenta. Ou seja: as práticas foram herdadas da esquerda, mas o fim foi o oposto dos ideais revolucionários. O paradoxo nacional Assim, o Brasil de hoje enfrenta um paradoxo: a esquerda que tanto lutou contra o Estado autoritário no passado — e deu à luz, ainda que involuntariamente, a organizadores de poder paralelo — agora paga o preço simbólico e real desse legado preso-político-presídio-crime. Conclusão O Comando Vermelho é, portanto, fruto de um ambiente onde o Estado falhou — presídios que eram “escolas do mal” onde se ensinava organização, solidariedade e rebeldia — e onde a esquerda, em busca de direitos e liberdade, acabou cedendo terreno para que ideias fossem cooptadas pelo crime. A estrutura da facção mostra mãos esquerdas, mas opera com punhos do crime. Se o Brasil deseja romper essa cadeia histórica, precisa começar por reformar presídios, separar presos políticos de criminosos comuns, mudar o discurso de “direito humanitário” que permite a cultura do cárcere virar escola de crime organizado, e encarar a verdadeira raiz de poder paralelo que nasce dentro da prisão.

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‘O sr. deveria sair daqui preso pela safadeza contra aposentados’, diz relator a depoente na CPMI

Durante depoimento desta terça-feira (28) na CPMI que investiga a roubalheira no INSS, o relator Alfredo Gaspar (União-AL) fez um desabafo indignado diante doe “empresário” Domingos Sávio de Castro, apontado como dono de empresas de call center envolvidas no esquema da gatunagem. “O senhor deveria sair daqui preso pela safadeza cometida contra aposentados e pensionistas”, disse ele. Domingo não é flor que se cheire: provocado por pergunta do relator, que investigou sua vida, ele admitiu ter sido condenado recentemente por envolvimento em organização criminosa. Alfredo Gaspar, que é procurador de Justiça de carreira, observou que não poderia pedir a prisão do investigado por falso testemunho porque ele estava blindado por ato do Supremo Tribunal Federal (STF) que, na prática, o autoriza até mesmo a mentir. “Mas vou ter que pedir sua prisão para garantia da ordem pública e da instrução criminal”. O relator já chefiou o Ministério Público de Alagoas, Estado onde também exerceu as funções de secretário de SegurançaO parlamentar exibiu no telão detalhes da investigação apontando que somente o grupo do qual Domingos Sávio de Castro faz parte “roubou mais de R$500 milhões dos aposentados e ensionistas”. Depois ele se viu ara os integrantes da CPMI e foi mais enfático: “Minha genten ão estav=mos falando de 500 reais e nem de 500 mil reais, estamos falando de 500 milhões de reais, e estamos aqui diante de um dos cabeças dessa organização criminosa.” Já o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), criticou o silêncio do depoente e lembrou suas ligações de Sávio com Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e destacando seu papel de um dos idealizadores do esquema.“Lamentavelmente estamos diante de um depoente que já foi condenado anteriormente. Quando o relator começa a fazer perguntas que importam, ele prefere permanecer em silêncio, o que joga suspeição sobre tudo o que fez”, disse o parlamentar.O deputado detalhou casos envolvendo vítimas do esquema. Uma delas relatou que sua mãe teve descontos indevidos de seu benefício por mais de dez anos, desde 2008 até sua morte, em 2015, após adquirir um suposto seguro de vida oferecido por Castro. Apesar de prometer ressarcir a família, o empresário “não cumpriu a promessa”.Van Hattem ainda chamou a atenção para a atuação de Castro em operações anteriores, como a Operação Strike, de 2018, e para os registros encontrados em sua residência, que incluíam mais de 1.000 registros de servidores públicos distritais e documentos de entidades investigadas por fraudes com precatórios.“O senhor inventou uma forma de obter dinheiro fácil, primeiro no Distrito Federal e depois exportou o esquema para o INSS, roubando idosos e aposentados. Aqui estamos falando de um golpe que causou prejuízos enormes e que envolve empresas de call center como Calvox e True Trust”, afirmou o parlamentar.Domingos Sávio de Castro manteve silêncio durante grande parte da sessão, frente às acusações. Van Hattem chegou a questionar se ele não se sentia envergonhado de sua atuação, mas novamente não obteve resposta. O deputado finalizou reforçando a conexão de Castro com Camilo, o “Careca do INSS”, classificando-o como “coordenador adjunto” do esquema.Segundo ele, a investigação mostra que o empresário foi peça central na fraude que explorou aposentados e idosos, manipulando documentos e aplicando golpes por meio de call centers. Informações Diário do Poder

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Rio em Guerra: após fala irresponsável de Lula onde disse que “Traficantes são vítimas dos usuários” Comando Vermelho ataca Polícia com drones e bombas

Quatro dias após o presidente Lula declarar que traficantes seriam “vítimas dos usuários”, o Rio de Janeiro viveu uma das ofensivas mais ousadas e violentas já registradas em território urbano. Criminosos ligados ao Comando Vermelho lançaram bombas transportadas por drones contra agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Polícia Militar durante uma megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte carioca. A ação, digna de cenário de guerra, é o retrato mais recente da escalada do poder bélico das facções e da perda de controle do Estado sobre áreas dominadas pelo tráfico. A ofensiva criminosa expõe a fragilidade do governo federal diante do avanço das organizações criminosas, que hoje desafiam abertamente as forças de segurança, com armamento pesado e táticas cada vez mais sofisticadas. O episódio ocorre poucos meses depois de o Palácio do Planalto rejeitar um pedido formal dos Estados Unidos para que o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) fossem classificados como organizações terroristas. A solicitação norte-americana, apresentada em maio por representantes do Departamento de Estado, tinha como objetivo endurecer as sanções internacionais e facilitar o bloqueio de ativos, a cooperação em inteligência e a restrição de fluxos financeiros que sustentam o crime organizado no Brasil e fora dele. Washington alertou que a expansão internacional dessas facções já atinge países da América do Sul, Europa e África, com redes logísticas e financeiras semelhantes às de grupos insurgentes. Mesmo assim, o governo brasileiro recusou a proposta, alegando “motivos diplomáticos” — decisão que vem sendo duramente criticada por especialistas em segurança e autoridades estrangeiras. Enquanto o Planalto evita classificar os grupos como terroristas, as comunidades do Rio vivem um cotidiano de medo. A ausência de uma política firme e de respaldo federal à ação das forças de segurança tem deixado policiais em desvantagem frente a criminosos cada vez mais organizados. O resultado é a crescente deterioração do controle estatal sobre regiões inteiras. Dados recentes apontam que mais de 40 milhões de brasileiros já vivem sob o domínio de facções ou milícias — uma estatística alarmante que revela a falência do poder público em garantir segurança e soberania dentro do próprio território nacional. A leniência ideológica e a inversão de valores, ao tratar traficantes como “vítimas”, minam o moral das forças policiais e fortalecem o discurso criminoso. Enquanto o governo tenta relativizar a violência e culpabilizar a sociedade, o tráfico avança, o Estado recua e o cidadão comum é quem paga o preço do caos. O que se vê hoje no Rio é o retrato de um país sem comando, onde o crime impõe suas leis e o governo prefere fechar os olhos em nome de um discurso politicamente conveniente.

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STF Reconfigurado : Com Fux na segunda turma , Bolsonaro tem grande chance de ter sua condenação anulada

A nova composição da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) promete ser um divisor de águas no cenário político e jurídico do país. Com a entrada do ministro Luiz Fux ao lado de André Mendonça e Nunes Marques — ambos indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro — o colegiado passa a ser visto como mais equilibrado ideologicamente, rompendo com o viés progressista que marcou decisões anteriores. Nos próximos dias, essa formação terá seu primeiro grande teste: o julgamento do pedido de anulação da condenação de Bolsonaro. A defesa do ex-presidente alega que o processo anterior, conduzido pela Primeira Turma, foi repleto de irregularidades, com violações de garantias constitucionais e excessos processuais, sobretudo na fase de instrução. A movimentação nos bastidores do Supremo é vista por especialistas como um “reajuste interno” da Corte após anos de domínio de uma ala ideologicamente alinhada à esquerda. A presença de Fux na Segunda Turma cria um novo ponto de equilíbrio num tribunal que vinha sendo duramente criticado por decisões parciais e politicamente direcionadas contra conservadores. Juristas e analistas de direito constitucional afirmam que essa nova configuração pode alterar profundamente o eixo de decisões do STF, especialmente em temas como liberdade de expressão, abuso de poder e criminalização política — pautas frequentemente utilizadas para cercear vozes de direita. Diferente da Primeira Turma, conhecida por posições mais punitivas e progressistas, a Segunda tende a adotar uma postura mais garantista, respeitando princípios fundamentais e o devido processo legal. Nos corredores do poder, a mudança é interpretada como um contrapeso necessário dentro da Suprema Corte, após anos de tensionamento institucional e denúncias de perseguição política.

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Agora: Ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça denuncia plano para tirar Bolsonaro das Eleições 2026

No mais recente e alarmante alerta vindo do universo jurídico-político brasileiro, a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, afirmou categoricamente que há uma “movimentação silenciosa, porém concreta” dentro das estruturas do Poder Judiciário para afastar Jair Bolsonaro do pleito de 2026. Segundo Calmon, o episódio ocorrido em 8 de janeiro de 2023 — quando manifestantes invadiram prédios públicos em Brasília — está sendo usado como instrumento político-judicial de desgaste contínuo contra o ex-presidente. Para a jurista, a ritualização desse evento como “golpe” tem servido para consolidar uma narrativa única que o coloca como inimigo da democracia, mesmo sem que haja provas robustas de que ele tenha ordenado ou comandado tais atos. Ela critica, ainda, que o STF atua em “auto­-suficiência”, sem admitir revisão ou autocrítica, e que advogados e juristas estariam vivendo sob clima de medo de retaliações por críticas públicas ao tribunal. “Hoje o medo é outro… é o de ser punido por exercer o direito de opinião dentro do próprio sistema de Justiça.” Se a acusação se confirmar — ou ao menos se tornar consenso — o Brasil estará diante de algo muito além de disputa política convencional: de um Judiciário que, segundo a visão de Calmon, busca moldar o resultado eleitoral com base em narrativas construídas e não em fatos legalmente demonstrados. O risco desse tipo de intervenção vai ao cerne da soberania popular, da liberdade de candidatura e do princípio da igualdade perante a lei. É indispensável observar que, para o campo conservador e patriota, essa denúncia representa um sinal de alerta vermelho. Em um cenário onde vozes que se opõem ao pensamento dominante são postas à margem por decisões judiciais ainda que tenham amplo respaldo popular, o princípio da soberania nacional e da alternância legítima de poder fica ameaçado. Enquanto o processo político avança em direção a 2026, a denúncia de Calmon coloca duas grandes perguntas no centro do debate: 1. Até que ponto o sistema de Justiça está operando como árbitro imparcial de litígios políticos e eleitorais? 2. Quando o julgamento político deixa de ser um mecanismo legítimo de controle e se torna instrumento de exclusão de adversários? Resta acompanhar como reagirão os partidos, a sociedade civil e o próprio sistema judicial. Mas o fato é que uma parte expressiva do país passa a considerar que a regra da democracia — “quem ganha assume, quem perde respeita” — pode estar sendo substituída por “quem o Judiciário decidir que perde, fica de fora”. Por trás das cortinas de toga podem estar traçadas as decisões que definirão o futuro da direita brasileira.

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Lula declara à Trump: “Rei morto é rei posto” — e manda Bolsonaro para o limbo político

Em Kuala Lumpur, nesta segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o encontro que manteve no sábado (25) com o ex-presidente Donald Trump representa claramente uma virada diplomática: segundo Lula, Trump reconheceu que “rei morto é rei posto” — e que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) agora “é passado”. Lula disse ter explicado a Trump “a gravidade do que ocorreu no Brasil” — em referência ao julgamento que Bolsonaro enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF). Afirmou que o estadunidense compreendeu o “novo patamar” das relações entre Brasil e Estados Unidos, e estaria disposto a mirar adiante, ignorando o que considera o “nada” representado por Bolsonaro. Virada estratégica e narrativa pós-Bolsonaro Na entrevista coletiva, Lula não poupou retórica: “Com três reuniões que ele fizer comigo, vai perceber que o Bolsonaro era nada, praticamente.” A frase foi estrategicamente colocada para simbolizar tanto o distanciamento de Bolsonaro quanto o início de uma nova fase de protagonismo diplomático para o Brasil, mediado por Lula. Trata-se de um movimento político claro: ao colocar Bolsonaro como “passado”, o presidente sinaliza às elites internacionais — e ao establishment norte-americano — que o Brasil inicia um capítulo de mudanças. O uso da expressão “rei morto, rei posto” reforça uma ideia de transição de poder simbólica, evitando que o legado bolsonarista seja visto como contínuo ou ameaçador para os parceiros externos. Impactos no cenário interno e externo Do ponto de vista externo, o recado é duplo: reforça ao governo americano e a outros atores internacionais que o Brasil sob Lula deseja uma reaproximação, e que há vontade de “virar a página”. Essa fala pública — e carregada de ironia — serve também para testar a reação do setor político interno bolsonarista e mostrar que a agenda diplomática pode servir como instrumento de reafirmação de poder para Lula. Internamente, a declaração tem potencial de repercussão significativa: ao afirmar que “Bolsonaro é passado”, Lula busca reduzir a visibilidade política de seu adversário e, ao mesmo tempo, mobilizar sua base em torno de uma narrativa de “renascimento” e limitação à influência bolsonarista. Trata-se de uma ofensiva simbólica que tem tanto função electoral quanto estratégica

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Agora: Senadores eleitos na “onda Bolsonaro” em 2018 e que romperam com ex-presidente agora enfrentam risco de naufrágio nas urnas de 2026, veja lista

Quando Jair Bolsonaro disputou a Presidência em 2018, sua popularidade arrastou consigo uma verdadeira legião de aliados ao Senado. A chamada “onda Bolsonaro” levou ao Congresso dezenas de novatos embalados pelo discurso anticorrupção, conservador e de ruptura com a velha política. Oito anos depois, o cenário é bem diferente. Dois terços do Senado (54 cadeiras) serão renovados nas eleições de 2026, e muitos dos senadores que chegaram embalados pelo bolsonarismo hoje estão na berlinda, sem o apoio do ex-presidente e com o eleitorado conservador migrando para novos nomes alinhados à direita. Soraya Thronicke: da tropa de choque à linha de fogo. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) é o caso mais acintoso. Eleita com apoio direto de Bolsonaro em 2018, ela se tornou figura recorrente nos palanques bolsonaristas e no discurso antipetista. Mas ao romper com o ex-presidente e tentar se reposicionar como “centrista”, Soraya perdeu a base que a elegeu. Hoje, em Mato Grosso do Sul, sua reeleição é considerada improvável, e o campo bolsonarista já se articula em torno de novos nomes para a disputa. Jorge Kajuru da base ao desgaste. O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que surfou a onda conservadora em 2018, também vive momento delicado. Seu rompimento com o bolsonarismo e aproximação com a esquerda o deixaram sem base sólida em Goiás. Major Olímpio: o símbolo de uma geração política. O falecido senador Major Olímpio (PSL-SP) sintetiza a trajetória de muitos políticos eleitos na “onda Bolsonaro”. Foi um dos principais defensores da candidatura em 2018, mas rompeu com o Planalto e acabou isolado antes de sua morte, em 2021. Sua história ilustra o ciclo de ascensão e desgaste vivido por parte daquela geração política. Cleitinho: o bolsonarista que tenta se desvincular. O senador Cleitinho (Podemos-MG), eleito em 2022, embora não faça parte da leva de 2018, já dá sinais de desgaste com a base conservadora. Ao afirmar recentemente que “Bolsonaro lhe proporcionou a vaga, mas que já pagou o favor”, Cleitinho despertou críticas de eleitores e aliados do ex-presidente, que não perdoam gestos de distanciamento. Um Senado em reconfiguraçãoEm 2026, 54 senadores terão seus mandatos colocados à prova, e boa parte deles foi eleita sob o impulso de Bolsonaro. O quadro abaixo lista todos os parlamentares que precisam renovar seus mandatos no próximo pleito: Senadores com mandato até 2026: Acre • Marcio Bittar (PL) • Sérgio Petecão (PSD) AL – Alagoas • Dra. Eudócia (PL) .Renan Calheiros (MDB) AM – Amazonas • Eduardo Braga (MDB)• Plínio Valério (PSDB) Amapá • Lucas Barreto (PSD)• Randolfe Rodrigues (PT) Bahia • Angelo Coronel (PSD)• Jaques Wagner (PT) Ceará• Cid Gomes (PSB)• Eduardo Girão (NOVO) Distrito Federal• Izalci Lucas (PL)• Leila Barros (PDT) Espírito Santo • Fabiano Contarato (PT)• Marcos do Val (PODEMOS) Goiás • Jorge Kajuru (PSB)• Pedro Chaves (MDB) Maranhão • Eliziane Gama (PSD)• Weverton (PDT) Minas Gerais • Carlos Viana (PODEMOS)• Rodrigo Pacheco (PSD) Mato Grosso do Sul • Nelsinho Trad (PSD)• Soraya Thronicke (PODEMOS) Mato Grosso • Jayme Campos (UNIÃO)• José Lacerda (PSD) Pará • Jader Barbalho (MDB)• Zequinha Marinho (PODEMOS) Paraíba • Daniella Ribeiro (PP)• Veneziano Vital do Rêgo (MDB) Pernambuco • Fernando Dueire (MDB)• Humberto Costa (PT) Piauí • Ciro Nogueira (PP)• Marcelo Castro (MDB) Paraná • Flávio Arns (PSB)• Oriovisto Guimarães (PSDB) Rio de Janeiro • Carlos Portinho (PL)• Flávio Bolsonaro (PL) Rio Grande do Norte • Styvenson Valentim (PSDB)• Zenaide Maia (PSD) Rondônia • Confúcio Moura (MDB)• Marcos Rogério (PL) Roraima • Chico Rodrigues (PSB)• Mecias de Jesus (REPUBLICANOS) Rio Grande do Sul • Luis Carlos Heinze (PP)• Paulo Paim (PT) Santa Catarina • Esperidião Amin (PP)• Ivete da Silveira (MDB) Sergipe • Alessandro Vieira (MDB)• Rogério Carvalho (PT) São Paulo • Giordano (MDB)• Mara Gabrilli (PSD) Tocantins • Eduardo Gomes (PL)• Irajá (PSD) Total: 54 senadores eleitos em 2018. Fonte: Senado Federal, consulta atualizada em outubro de 2025. .A eleição de 2026 promete ser um teste de fidelidade ao bolsonarismo e à direita conservadora. Muitos senadores que se beneficiaram do “efeito Bolsonaro” em 2018 agora buscam um novo discurso, mas correm o risco de ser engolidos pela mesma onda que os elegeu.No tabuleiro político que se desenha, a força de Jair Bolsonaro ainda é o fator de maior peso no campo conservador. Romper com ele pode continuar sendo, como em 2026, a sentença de fim de carreira para muitos desses senadores. Informações Terra Brasil

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Proteção a idosos: operação da Justiça e dos Direitos Humanos atende 5.600 vítimas

Nesta quarta-feira (22), Dia D da Operação Virtude, foi divulgado balanço preliminar das ações de combate à violência contra a pessoa idosa. Realizadas em todas as unidades da Federação, as atividades já resultaram em 1.212 denúncias apuradas, 5.677 vítimas atendidas, 9.329 diligências policiais, 5.366 boletins de ocorrência registrados e 401 prisões. Até o momento, foram instaurados 2.889 procedimentos policiais e as ações educativas alcançaram quase meio milhão de pessoas.A iniciativa, que começou em 1º de outubro e segue até o dia 31, é conduzida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Mais de R$ 1,8 milhão foram investidos no pagamento de diárias aos estados, reforçando o efetivo policial para a execução das ações. O objetivo é garantir dignidade e segurança às pessoas idosas, por meio de medidas como palestras de conscientização à sociedade e atuação ostensiva e investigativa das forças policiais, especialmente para afastar agressores — que, em muitos casos, são familiares das vítimas.O secretário nacional de Segurança Pública do MJSP, Mario Sarrubbo, destacou os avanços, mas reforçou a necessidade de manter o foco no enfrentamento à violência contra os idosos. Os dados ainda são preocupantes e demonstram que precisamos continuar firmes na apuração desses crimes. É essencial responsabilizar os autores e garantir a integridade física e psicológica da população idosa, afirmou Sarrubo.O objetivo é assegurar que as pessoas idosas conheçam seus direitos e não sejam vítimas de nenhum tipo de violência. Elas merecem respeito, cuidado, valorização, acolhimento e proteção, jamais violência”, completou o secretário.A Operação Virtude é coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em parceria com o MDHC. As ações têm como base denúncias recebidas pelo Disque 100 – Disque Direitos Humanos, além de outros canais oficiais, e são executadas pelas forças de segurança das 27 unidades da Federação — entre elas, Polícias Civis, Polícias Militares, Corpos de Bombeiros Militares e Órgãos Oficiais de Perícia Criminal.Disque 100O Disque Direitos Humanos recebe denúncias gratuitamente e de forma anônima, por meio de diferentes canais:- Telefone: ligação gratuita para o número 100;- ⁠WhatsApp: (61) 99611-0100;- ⁠Telegram: buscar por “direitoshumanosbrasil”;- ⁠Internet: página da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, disponível no site do MDHC.Em todos os canais, as denúncias geram um número de protocolo, permitindo ao denunciante acompanhar o andamento junto ao Disque 100. HistóricoEsta é a terceira edição da Operação Virtude. A primeira ocorreu em outubro de 2023 e, ao longo de 30 dias, resultou em 5,3 mil denúncias apuradas, 11,5 mil vítimas atendidas, mais de mil suspeitos conduzidos a delegacias, 6,6 mil boletins de ocorrência registrados e 200 prisões. O investimento foi de R$ 2 milhões.A segunda mobilização, realizada em julho de 2024, também durou 30 dias e registrou 7.744 denúncias apuradas, 24.914 vítimas atendidas, 11.621 boletins de ocorrência registrados e 480 prisões, com investimento superior a R$ 2,4 milhões.

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