Brasil, Destaques, Política

Governador do Estado mais “poderoso” do Brasil, Tarcísio de Freitas, critica prisão de Bolsonaro e diz que medida “fere a dignidade humana”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou neste sábado (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada horas antes pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em publicação nas redes sociais, Tarcísio afirmou que a ordem judicial “atenta contra o princípio da dignidade humana” e ignora o quadro médico do ex-presidente. “Jair Bolsonaro tem enfrentado todos os ataques e injustiças com a firmeza e a coragem de poucos. Tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde e ignorando todos os apelos, laudos médicos e evidências, além de irresponsável, atenta contra o princípio da dignidade humana”, escreveu o governador. Ele acrescenta que, em sua avaliação, “Bolsonaro é inocente” e que o episódio será revertido. A reação de Tarcísio ocorre no momento em que o ex-presidente cumpre prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, após ter sido levado de casa na manhã deste sábado.

Destaques, Política

Michelle Bolsonaro reage à prisão de Jair Bolsonaro e recorre à fé em meio à escalada de tensões políticas

A reação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro à prisão preventiva decretada contra Jair Bolsonaro (PL) veio cedo, neste sábado (22), em uma mensagem que buscou ao mesmo tempo acalmar sua base e denunciar, de forma indireta, o clima de perseguição que parte da direita enxerga nas ações recentes do Judiciário. Pelo Instagram, Michelle publicou o Salmo 121 — “Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra” — um recado claro de que, para ela, o momento exige resiliência e confiança. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Polícia Federal para prisão preventiva de Bolsonaro. O despacho, porém, não trata ainda do início do cumprimento da pena imposta em setembro, quando a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado, acusando-o de liderar uma organização criminosa em suposta tentativa de golpe de Estado. A direita vê a decisão como parte de um processo acelerado de criminalização de figuras conservadoras, enquanto nenhum movimento semelhante é observado contra aliados do governo. O timing da ordem de prisão, seu impacto institucional e o protagonismo crescente de Moraes reacenderam críticas sobre a politização do Judiciário e o uso de medidas excepcionais em um ambiente já carregado. Nos bastidores, a publicação de Michelle foi entendida como um gesto de firmeza para manter mobilizada a militância e sinalizar que a família Bolsonaro enfrentará o processo amparada na fé e na convicção de que há excessos evidentes nas decisões em curso. Enquanto a esquerda celebra a ofensiva jurídica, setores da direita classificam o episódio como um ponto de inflexão para a política brasileira: ou o país restabelece limites institucionais claros, ou abre definitivamente espaço para um ciclo de perseguições que pode comprometer a estabilidade nacional.

Destaques, Mato Grosso do Sul

Polícia apreende contrabando de “Mounjaro” em Mato Grosso do Sul

Frequência de apreensões de emagrecedores é maior que a de flagrantes de drogas nas rodovias estaduais em 2025. “Seu bolso é meu guia”. O lema é o que mais faz sentido para o contrabandista. Ele compra fora e traz para vender no Brasil o que é o sonho de consumo da vez e em 2025, a moda é emagrecer e ficar bonito. O “contrabando da beleza” tem rendido este ano mais apreensões que flagrantes de tráfico de drogas. É o que observa o tenente-coronel Vinicius de Souza Almeida, comandante da PMR (Polícia Militar Rodoviária) de Mato Grosso do Sul. Assim como funciona como corredor para os entorpecentes produzidos na Bolívia e Paraguai, o Estado também é rota clandestina para o contrabando. Pelas rodovias estaduais, escoam drogas, armas, cigarros, eletrônicos e sim, o tão desejado medicamento que faz emagrecer rápido. “O contrabandista trabalha com o que está na moda. Há uns três anos, houve uma explosão de apreensões de narguilé, tabaco e os apetrechos. Depois, veio o vaper e agora são as canetas emagrecedoras”, explica o coronel. O comandante afirma que os flagrantes dão bastante prejuízo para os contrabandistas, mas a fiscalização das rodovias é insuficiente para frear o comércio ilegal, uma vez que as penas para quem é pego com mercadoria ilegal são brandas. diferença entre contrabando e descaminho é que o primeiro se refere à entrada de produtos proibidos no País ou com venda proibida. O descaminho representa a sonegação fiscal, quando produtos permitidos por aqui entram no Brasil sem o pagamento dos impostos previstos por lei. “Contrabando e descaminho são contravenções penais, não crimes. A pessoa não fica presa. Em geral, a gente faz o flagrante e encaminha para a PF (Polícia Federal). O que mais acontece é o delegado arbitrar uma fiança e liberar o autor. Nós encaminhamos, então, a mercadoria para a Receita Federal”, descreve o comandante sobre os procedimentos de praxe após as apreensões. Coronel Souza diz que, apesar da “dor de cabeça”, o contraventor absorve o prejuízo, mas não para. “A maioria sai no mesmo dia e no dia seguinte, vai fazer a mesma coisa, porque dá muito dinheiro”. Informações Campo Grande News

Brasil, Destaques, Política

Agora: Alexandre de Moraes manda o maior líder de DIREITA DO BRASIL para prisão, ‘a pedido da Polícia Federal’

O ex-presidente Jair Bolsonaro teve a prisão domiciliar convertida em prisão preventiva nesta sábado (22), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, oficialmente “a pedido da Polícia Federal”, alegando violação da tornozeleira eletrônica e “intenção de fuga”. A medida ocorre após seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pedir a apoiadores para fazerem vigília em frente a casa do pai, em Brasília. “O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a esta Suprema Corte a ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico do réu Jair Messias Bolsonaro, às 0h08min do dia 22/11/2025. A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, diz um trecho da decisão. A medida atinge exclusivamente Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de reclusão por liderar suposta tentativa de golpe de Estado. Os demais condenados não foram alvo de mandados de prisão preventiva.

Brasil, Destaques, Política

“O Advogado do Diabo”: indicado por Lula, Jorge Messias enfrenta resistência no Senado e corre risco de derrota

O presidente Lula oficializou a indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União (AGU), para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Mas a nomeação, longe de ser consensual, abriu uma dura batalha no Senado. Messias possui cerca de 35 votos assegurados entre os senadores – abaixo dos 41 necessários para garantir sua eleição para o STF. A movimentação política revela uma dissidência significativa: muitos parlamentares defendem Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, como alternativa mais palatável para a Corte. A pressão sobre Lula é intensa. Em encontros nos bastidores, senadores, incluindo aliados importantes, teriam alertado para o risco de rejeição de Messias. Por sua vez, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), garante que o presidente permanece firme na escolha. Há receios de que Messias, uma vez no STF, possa adotar posturas que desagradem setores do próprio Congresso. Alguns senadores comparam seu potencial comportamento ao de Flávio Dino, que, após sua indicação, passou a buscar maior transparência nas emendas parlamentares, irritando muitos pares. Pesquisas internas no Senado reforçam a complexidade do quadro: se a sabatina fosse realizada hoje, segundo levantamento recente, Messias seria rejeitado já na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes mesmo de ir ao plenário. A resistência não se limita à votação formal: o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), reclamou publicamente de ter sido surpreendido pela indicação, afirmando que não foi consultado previamente. Do lado do Planalto, aposta-se no perfil pessoal de Messias para conquistar votos. Ele é evangélico, o que pode ajudar a amenizar a oposição entre parlamentares conservadores. Além disso, Lula tem mantido conversas finais para afinar apoio e evitar um revés que seria politicamente custoso. Em paralelo, vozes críticas alertam para o risco de fragilizar a relação entre Executivo e Legislativo, caso a indicação de Messias se mantenha e seja rejeitada. A derrota representaria um golpe simbólico para Lula, sobretudo em ano eleitoral, e reforçaria a narrativa de intransigência institucional. Ainda assim, a relutância do Senado não parece intimidar o Palácio do Planalto: aliados asseguram que, apesar dos riscos, o nome de Messias segue como prioridade para Lula.

Brasil, Destaques, Política

Dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, pagou jantar para ministros do STF nos EUA

A rede de contatos do bilionário Daniel Vorcaro superava o campo financeiro e político e buscou alcançar a cúpula da Justiça do Brasil, que o levou a ser preso pela Polícia Federal por indícios de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, na segunda-feira (17). Três anos antes das últimas duas noites passadas por Vorcaro na prisão, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se fartaram em um jantar luxuoso que o banqueiro ofereceu, organizou e pagou, nos Estados Unidos (EUA). Em novembro de 2022, os ministros do Supremo, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso jantaram às custas do jovem banqueiro, no requintado restaurante Fasano New York. Vorcaro exibia aos togados sua teia de relacionamento com outros convidados do evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) para debater sobre liberdade de expressão e democracia, a “Brazil Conference”, na capital financeira norte-americana. Àquela época de 2022, o presidente Lula (PT) já havia derrotado o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e Vorcaro era lembrado pelo fato de seu banco já ter sido investigado pela Operação Lava Jato por suspeita de crimes financeiros entre 2014 e 2016, quando utilizava como nome Banco Máxima. Dois ex-gestores do banco se tornaram réus, em 2021, por crimes financeiros relacionados à instituição, no Tribunal Federal Regional Federal da 1ª Região. O cardápio foi detalhado pelo site Metrópoles, à época. E incluiu cinco canapés por cerca de R$ 350 por pessoa; uma sequência de quatro pratos servidos a um custo de cerca de R$ 750; mais bebidas à vontade com garrafas como do espumante italiano Ferrari, por R$ 350, em valores de 2022. Em 2022, os ministros não comentaram sobre terem participado da pomposa recepção do banqueiro suspeito de crimes na filial do restaurante tradicional da elite de São Paulo. E o Diário do Poder enviou à Assessoria de Comunicação do STF um pedido por um eventual posicionamento atualizado sobre o jantar pago por Daniel Vorcaro. Demanda não respondida até a última atualização desta matéria. Alvo de liquidação extrajudicial decretada ontem pelo Banco Central do Brasil, o Banco Master justificou o jantar, em 2022, afirmando que seria prática comum a diversos seminários e fóruns de discussão empresarial, por ser um dos vários patrocinadores da conferência. A instituição financeira apontou que a organização da recepção aos ministros foi dividida com o LIDE em Nova York. Mas a lista oficial de patrocinadores do evento não citava o Banco Master. Informações Diário do Poder Veja mais:

Brasil, Destaques, Política

Fake News: STJ condena Rede Globo a indenizar Gustavo Gayer por danos morais

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou, por unanimidade, o Grupo Globo ao pagamento de R$ 80 mil por danos morais ao deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). A decisão foi tomada nesta terça-feira (18) e inclui ainda juros de mora e a retirada das reportagens do ar. O motivo foi a veiculação de conteúdos jornalísticos que atribuíram ao parlamentar envolvimento em um episódio de agressão a profissionais de enfermagem, durante manifestação em Brasília, em maio de 2020. As reportagens foram publicadas no portal G1 e exibidas pela TV Globo no “Jornal Nacional” e em telejornais locais, já em 2021, quando Gayer ainda não era deputado. O conteúdo mencionava que ele estava entre os envolvidos em atos hostis contra enfermeiros durante protesto na Praça dos Três Poderes, o que, segundo o parlamentar, provocou grave abalo à sua imagem, além de linchamento virtual nas redes sociais. Defesa e argumento de dano à imagem A defesa da Globo, por sua vez, afirmou que a divulgação dos acontecimentos era de interesse público e que os jornalistas apenas relataram eventos ocorridos em espaço aberto. Alegou ainda que a intenção do protesto era criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), e que militantes ligados ao governo da época teriam pressionado enfermeiros. Voto da relatora: dever de cuidado da imprensa A relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, foi firme ao afirmar que não se pode confundir liberdade de imprensa com ausência de responsabilidade. Em seu voto, sustentou que os veículos de comunicação precisam demonstrar “possibilidade efetiva” das informações veiculadas e que o cuidado deve ser redobrado em contextos de instabilidade institucional. “A atenção à forma de transmissão da informação deve ser redobrada em momentos de instabilidade institucional, como foi o episódio da pandemia”, declarou. A ministra citou, ainda, um acordo firmado pelo Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal, no qual a entidade reconheceu que Gayer não teve participação nas agressões. Decisão unânime e possibilidade de recurso A decisão da 3ª Turma foi acompanhada pelos ministros Ricardo Villas Bôas Cueva, Moura Ribeiro, Daniela Teixeira e Humberto Martins. O Grupo Globo ainda pode recorrer. Informações Conexão Política

Brasil, Destaques, Uncategorized

Banco Master: fundo Ligado ao PCC Injetou Bilhões em Empresas do banqueiro Daniel Vorcaro preso pela PF

A complexa rede financeira que sustenta os negócios do banqueiro Daniel Vorcaro passou a ser detalhada com mais profundidade com a revelação envolvendo o fundo Hans 95. Documentos de investigação mostram como uma estrutura de fundos fechados e interligados dificultava rastrear a origem e o destino de aportes bilionários ligados ao empresário. As informações foram publicadas pelo UOL, que teve acesso a documentos de investigação fiscal e judicial. A maior parte dos investimentos relacionados ao Hans 95 não ocorria diretamente, mas por meio de outros veículos controlados pelo fundo, criando uma estrutura de cascata semelhante à já identificada na Operação Carbono Oculto, que apura lavagem de dinheiro associada ao PCC. Com patrimônio próximo de R$ 35 bilhões, o Hans 95 deixou de enviar declarações obrigatórias à Receita Federal desde 2022, além de não entregar auditorias à CVM entre 2022 e 2024 — embora essas avaliações sejam mandatórias. Na última análise, realizada em 2021, os auditores se abstiveram de emitir opinião por falta de dados suficientes. Para os investigadores, essa opacidade pode ter servido para inflar artificialmente o patrimônio de empresas ligadas a Vorcaro. Uma decisão judicial que embasou buscas na Operação Compliance Zero aponta que o Banco Master ofertava ao mercado títulos sem lastro, emitidos por empresas de fachada controladas pelo próprio banco. Apesar de a decisão não citar o Hans 95, a Carbono Oculto ou a gestora Reag, o modelo de investimentos em cadeia se repete. Aportes bilionários em títulos do Banco Master Um dos eixos identificados envolve a compra de ativos do Banco Master pelo Hans 95 e fundos sob seu controle. Em outubro de 2024, o próprio Hans 95 registrou R$ 124 milhões em CDBs do Master. A estrutura se aprofunda com fundos subordinados: o Astralo 95 detinha R$ 622 milhões em títulos do Master em março de 2025, sendo 95% de suas cotas controladas pelo Hans 95. Desse total, R$ 436 milhões estavam em CDBs e R$ 186 milhões em crédito privado. Outro fundo ligado ao grupo, o Murren 41, detinha R$ 103 milhões em CDBs do Master em junho de 2024. Somados, os veículos financeiros movimentaram ao menos R$ 849 milhões em títulos do banco desde o ano passado. Investimentos na empresa dona da casa de Vorcaro A investigação também aponta que o Hans 95 é o principal investidor, ainda que de forma indireta, da empresa proprietária da mansão de alto padrão onde Vorcaro vive em Brasília. Quatro níveis abaixo do fundo está o Termopilas, que tinha mais de 90% de suas cotas pertencentes ao Hans 95 em junho de 2024. O Termopilas concentrava R$ 1,65 bilhão em ações da Super Empreendimentos, dona do imóvel. A Super comprou a casa — de 1.699 metros quadrados — por R$ 36,1 milhões em junho de 2024. A empresa é uma sociedade anônima fechada e não divulga seus proprietários. Entre 2021 e julho de 2024, o diretor da Super foi Fabiano Zettel, cunhado de Vorcaro. Ele afirmou, em nota, ter deixado o cargo antes de o Hans 95 aparecer como investidor, mas dados da CVM analisados pelo UOL indicam que o fundo já era o principal cotista indireto no mesmo período. R$ 1 bilhão em empresa ligada ao banqueiro Outra empresa associada a Vorcaro, a Akka Empreendimentos, também recebeu aportes bilionários indiretos do Hans 95. O Murren 41 investiu R$ 1 bilhão em ações da Akka — valor muito acima do capital social declarado pela empresa, de R$ 31 milhões. Desse total, R$ 28 milhões foram aportados em 2022 pelo próprio Vorcaro e por seu então sócio, Augusto Lima, que também foi preso. A Akka não possui registros públicos de atividade, assim como a Super. Ambas são sociedades anônimas fechadas. A defesa de Augusto Lima afirmou que as operações investigadas são posteriores à sua saída do Banco Master, em 2024. Ligação com a compra do Atlético-MG Segundo o Estadão, o Hans 95 também tem relação com o fundo utilizado por Vorcaro para adquirir parte do Atlético Mineiro. O Astralo 95 era o principal cotista do fundo Galo Forte FIP, veículo utilizado na operação. Em março de 2025, o fundo tinha R$ 300 milhões investidos no clube. Transferências e elo com suspeito ligado ao PCC A investigação da Receita Federal apontou que o Hans 95 recebeu R$ 17 milhões, em 2023, da esposa de Mohamad Hussein Mourad, suspeito de integrar o PCC — acusação negada pela defesa. O fundo também recebeu R$ 45 milhões do BK Bank, instituição investigada por lavagem de dinheiro. Além disso, o Hans 95 alocou recursos em outros dois fundos que, segundo a Polícia Federal, seriam controlados por Mohamad: o Gold Style e o Mabruk II. Ambos recebiam e enviavam valores via BK Bank. Relatório da Receita Federal afirma que o patrimônio do Mabruk II estava concentrado em debêntures emitidas por empresas ligadas ao suspeito, levantando a hipótese de ativos “inexistentes”. Outro lado Vorcaro e o Banco Master não responderam aos questionamentos. Sobre a prisão, defesa do banqueiro afirmou: “Advogados [de Vorcaro e do Banco Master] colocaram-se, como já haviam feito antes, à disposição para cooperar com as autoridades, prover informações, participar de audiências, inclusive com a presença de Vorcaro”. A Reag, gestora do Hans 95, também não comentou. Em comunicado divulgado à época da Operação Carbono Oculto, afirmou estar colaborando com as autoridades. Veja mais:

Brasil, Destaques, Política

Membros da CPMI do INSS pressionam para convocar o AGU Jorge Messias o indicado de Lula ao STF

Parlamentares da CPMI que investiga o esquema de descontos não autorizados do Instituto, defenderam, nesta terça-feira (18/11), a ida do Advogado-geral da União para prestar depoimentos. “Esse ‘mau Messias’ tem que vir aqui e, se não se explicar bem, tem que sair preso […] O advogado-geral da União, que agora querem colocar no STF, é como colocar raposa para cuidar do galinheiro; presidente forçando a barra”, disse o deputado Evair de Melo (PP-ES). Parlamentares alegam que há indícios de que o AGU teria sido alertado sobre o esquema no Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), o qual tem o irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, como vice-presidente, e ignorou os fatos. Veja o vídeo onde deputado federal acusa Messias de prevaricar:

Brasil, Destaques, Política

Agora: Polícia Federal prende dono do Banco Master que contratou esposa de Moraes

A Polícia Federal desencadeou nesta quarta-feira uma das maiores investigações recentes do sistema financeiro brasileiro, com a prisão do empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, acusado de participar de um esquema de emissão de títulos de crédito falsos que teria movimentado cifras bilionárias. A ofensiva policial cumpre cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 ordens de busca e apreensão, em uma ação que se espalha por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal, atingindo o núcleo de comando da instituição financeira. No próprio banco, também foram presos Augusto Lima, sócio de Vorcaro, e Alberto Félix, tesoureiro — figuras estratégicas dentro da operação financeira que agora é alvo de desmonte institucional. A fábrica de crédito insubsistente A investigação teve início em 2024, a partir de requisição do Ministério Público Federal, que identificou a possível “fabricação de carteiras de crédito insubsistentes” pelo Banco Master. Os títulos fraudados foram vendidos ao BRB (Banco de Brasília) e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem qualquer avaliação técnica adequada, segundo relatos da PF. O leque de crimes investigados é amplo: gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outras possíveis violações de natureza financeira. Prisão na véspera da viagem para Abu Dhabi Este site apurou que Daniel Vorcaro foi detido no fim da noite de ontem, quando embarcava para Abu Dhabi, onde assinaria documentos da venda do Banco Master para a Fictor Holding Financeira, anunciada poucas horas antes. A operação envolveria um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos, o que eleva o peso internacional da crise e levanta suspeitas sobre uma possível tentativa de blindagem patrimonial. O golpe final: liquidação extrajudicial Quase simultaneamente, o Banco Central anunciou a liquidação extrajudicial de todo o ecossistema Master, atingindo: Banco Master Múltiplo Banco Master de Investimento Letsbank Master S/A Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários A decisão paralisa completamente as operações, congela ativos e inviabiliza qualquer tentativa de reorganização interna. A liquidação será conduzida pela EFB Regimes Especiais de Empresas, nomeada liquidante com poderes totais de administração e representação das companhias. Com o decreto, ficam indisponíveis todos os bens dos controladores e ex-administradores, medida que dificulta movimentações patrimoniais e prepara o terreno para responsabilizações civis e criminais. O futuro incerto de um gigante em colapso O caso Banco Master torna-se, a partir de agora, um marco de como fragilidades, irregularidades e supostas fraudes internas podem provocar o colapso imediato de uma instituição financeira, mesmo após anos de crescimento agressivo e expansão para áreas como fintechs e câmbio. A queda de Vorcaro e a liquidação do grupo acendem um alerta no sistema financeiro: operações temerárias, falta de lastro e práticas obscuras não só geram instabilidade — como podem levar todo um conglomerado à ruína em questão de horas.

Rolar para cima