Mato Grosso do Sul, Política

Projeto autoriza venda de spray como instrumento de legítima defesa das mulheres

As mulheres poderão ter acesso, em Mato Grosso do Sul, a spray de extratos vegetais como instrumento de legítima defesa. A medida é prevista no Projeto de Lei 315/2025, apresentado pelo deputado Lidio Lopes (sem partido) nesta quinta-feira (27) na sessão plenária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Nesta semana, lei semelhante foi aprovada no Rio de Janeiro. De acordo com a proposta, o spray deve ter concentração máxima de 20%, classificado como equipamento não letal. A venda deve ser a mulheres com mais de 18 anos. Esse direito se estende às que têm mais de 16 anos, desde que autorizada pelos responsáveis legais. Não é necessária receita médica e deve ser adquirido, no máximo, duas unidades por pessoa por mês. “A proposta se inspira em legislação já aprovada no Estado do Rio de Janeiro, que reconhece esse equipamento como meio eficaz de proteção imediata em situações de risco”, contextualiza Lidio Lopes na justificativa da proposta. O parlamentar também afirma que, apesar do avanço das políticas públicas, ainda há muita violência contra as mulheres. “Muitas agressões ocorrem justamente nos momentos em que a vítima está sozinha, deslocando-se para o trabalho, estudo ou em trajeto dentro da própria cidade. Nesses contextos, cada segundo é determinante para evitar um mal maior”, considerou. Passado o período de pauta para eventual recebimento de emendas, o projeto será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Considerado constitucional, o projeto continua tramitando com votações nas comissões de mérito e no plenário. Veja mais no site da ALEMS: https://al.ms.gov.br

Mato Grosso do Sul, Política

Audiência na segunda-feira (1) vai detalhar prestação de contas das ações de castração e bem-estar animal

A Câmara Municipal de Campo Grande realiza, na próxima segunda-feira (1º), uma Audiência Pública para apresentar a prestação de contas dos convênios voltados às políticas de castração e bem-estar animal. O encontro está marcado para as 9 horas, no Plenário Oliva Enciso, e foi convocado pela vereadora Luiza Ribeiro. A audiência tem como objetivo detalhar a execução dos convênios, esclarecer dúvidas e dar transparência às ações voltadas ao controle populacional de animais e às iniciativas de proteção e cuidado. Será um espaço para ouvir a sociedade, apontar necessidades e reforçar a responsabilidade do poder público na condução dessas políticas. Entre os temas previstos estão o uso dos recursos destinados aos programas de castração, metas executadas, alcance das ações de bem-estar animal e possíveis ajustes para aprimorar o atendimento à causa em Campo Grande. A reunião começa às 9 horas e será aberta ao público. A transmissão ao vivo será feita pela TV Câmara, no canal 7.3, e pelo YouTube da Casa de Leis. Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal

Mato Grosso do Sul, Política

Câmara realiza sessão solene para homenagear destaques da música e da cultura campo-grandense

A Câmara Municipal de Campo Grande promove, na próxima segunda-feira (1º), às 19 horas, a Sessão Solene de Outorga da “Medalha Legislativa Luiz Gustavo da Silva”. A homenagem, promovida pelo vereador Junior Coringa, será concedida a produtores, organizadores de eventos, disc-jóqueis e intérpretes que se destacaram no cenário musical e cultural da Capital. A solenidade foi instituída pela Resolução 1.359/22 e reconhece profissionais que contribuem para fortalecer a identidade artística de Campo Grande, mantendo viva a tradição e valorizando o trabalho de quem impulsiona a cultura local. A Medalha leva o nome de Luiz Gustavo da Silva, figura lembrada por sua atuação no meio cultural e pela defesa do desenvolvimento artístico da cidade. Seu legado inspira a celebração daqueles que seguem ampliando a presença da música e da arte no cotidiano dos campo-grandenses. A Sessão Solene será realizada no Plenário Oliva Enciso, às 19 horas, e poderá ser acompanhada presencialmente ou pelas transmissões ao vivo da TV Câmara, no canal 7.3, e pelo YouTube da Casa de Leis. Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal

Mato Grosso do Sul, Política

Câmara aprova por unanimidade atualização da lei da Saúde Bucal — sem aumento salarial; medida apenas regulariza norma vigente, apesar de manchetes imprecisas

A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, na manhã desta terça-feira (25), por unanimidade (22 votos a 0), o Projeto de Lei n.º 63/2025, encaminhado pelo Executivo, que atualiza dispositivos da Lei n.º 5.903/2017 e estabelece acréscimos ao salário base das categorias de Auxiliar em Saúde Bucal, Técnico em Saúde Bucal, Técnico em Prótese Dentária e Técnico Especializado em Equipamentos Odontológicos. De acordo com a nova redação, ficam acrescidos ao salário base:– R$ 184,03 em novembro de 2025;– R$ 184,03 em novembro de 2026. O projeto também altera dispositivos da lei vigente e revoga trechos que já não se adequavam à organização atual das funções, garantindo maior coerência normativa.A matéria foi pautada em regime de urgência, após articulação direta da vereadora Ana Portela (PL) com parlamentares, categorias e representantes da saúde bucal. A parlamentar assumiu compromisso com os profissionais e intermediou as conversas que permitiram a deliberação imediata. O presidente da Câmara registrou a atuação da vereadora em plenário:“Mais uma vez eu quero ressaltar o empenho dos colegas, a articulação da vereadora Luíza Ribeiro e da vereadora Ana Portela, que ontem mesmo procurou a presidência para articular a votação hoje.” O vereador André Salineiro (PL), colega de bancada, também reconheceu o trabalho da parlamentar:“Parabenizar a vereadora Ana Portela, que ontem mesmo comunicou a nossa bancada da importância desse projeto, já pedindo o voto favorável. Então, voto sim.” A aprovação unânime contou com a presença de profissionais da área que acompanharam a sessão e celebraram o avanço da pauta construída em diálogo entre Executivo, Legislativo e SISEM. Para a vereadora Ana Portela, a votação representa “uma adequação necessária e esperada pelas categorias, garantindo segurança jurídica e valorização dentro dos limites legais”. Esclarecimento: não houve aumento salarial, e sim incorporação de abono ao salário base A vereadora Ana Portela reforçou durante as tratativas e após a aprovação que não houve aumento salarial, ao contrário do que alguns veículos de imprensa divulgaram. Apesar da clareza do texto legal aprovado, algumas notícias veiculadas na imprensa sugeriram erroneamente que o projeto teria concedido aumento salarial de 16% aos profissionais da área. A informação não corresponde aos fatos. O que houve foi a incorporação de um valor fixo de R$ 184,03 ao salário base em 2025 e mais R$ 184,03 em 2026, substituindo o antigo modelo de abono previsto na lei de 2017 — uma atualização técnica, sem impacto percentual. A repercussão gerou indignação entre profissionais da Saúde Bucal, que procuraram diretamente o gabinete da vereadora Ana Portela para relatar o prejuízo causado pela divulgação equivocada. Em mensagem encaminhada à equipe, uma servidora afirmou que a categoria “não recebeu 16% de aumento”, ressaltando que “não mudou nenhum valor real no salário” e que a incorporação divulgada de forma distorcida não representa um reajuste. Os profissionais relataram, ainda, que estudarão medidas junto ao sindicato para contestar publicamente as informações imprecisas. Diante disso, a vereadora reforça seu compromisso de manter a transparência com os trabalhadores da Saúde Bucal e com a população, esclarecendo que o projeto aprovado trata exclusivamente de atualização normativa, sem concessão de reajuste, aumento ou impacto financeiro percentual.

Campo Grande, Mato Grosso do Sul

Máxima de Campo Grande passa por modernização histórica com foco em segurança e ressocialização

O Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande — que atualmente representa o maior presídio de Mato Grosso do Sul — passa por um dos mais significativos ciclos de melhorias estruturais dos últimos anos, em um esforço que une reforço da segurança, valorização dos servidores e ampliação das oportunidades de ressocialização. As intervenções, realizadas em grande parte com utilização de mão de obra prisional, abrangem desde reformas profundas até a criação de novos espaços essenciais ao funcionamento da unidade, traduzindo o compromisso da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e da administração da unidade penal com a modernização e a eficiência do sistema penitenciário. As mudanças físicas são importantes para que sejam implantados novos procedimento mais seguros e maior disciplina dos internos. Uma das medidas mais emblemáticas foi a instalação de telamento “antidrone” sobre os pavilhões 1 ,2 e 6, para  impedir ou dificultar o arremesso de ilícitos. A medida, considerada um divisor de águas, impacta diretamente na segurança global da penitenciária. Entre as obras, novas celas de trânsito e para isolamento foram construídas, o que impacta diretamente no controle da movimentação carcerária; manutenção de corredores, reforço da iluminação interna e externa e construção de muros de contenção antimotim nos dois principais pavilhões; além da revitalização completa do pavilhão 4, onde esta instalado o Setor de Saúde e que abriga custodiados necessitam de maior acompanhamento médico; o local está recebendo melhorias nas salas da assistência social, odontologia e nos solários das alas A e B. Com foco na ressocialização e assistência, também foi concluída a reforma da escola, com instalação de telas expandidas ente os professores e alunos, para maior segurança, além de climatização com ar condicionado em todas elas e lousas de vidro para maior comodidade dos professores e durabilidade; a construção da sala de informática, templo de oração e sala de videoconferência. Novos espaços como a inclusão, a biblioteca e a sala do setor de trabalho foram implantados. Para melhor organização e controle, a administração implementou uniforme diferenciado para os internos que trabalham na manutenção da unidade. Outra medida significativa foi a criação de um pavilhão de reabilitação, um espaço destinado a reeducandos com bom comportamento. A unidade passou por modernização energética, com substituição de cabeamento subterrâneo por aéreo, troca dos quadros de energia e reforma das tubulações de água e esgoto, enquanto 78 portas de celas do Pavilhão 1 receberam manutenção; além de melhorias na copa dos servidores. Foram providenciadas melhorias estruturais e de segurança no pavilhão 6, pintura da área externa da cozinha, reformas de telhados, torres e corredores, e novas tampas de ferro para o esgoto. A substituição das camas de madeira (que existiam em algumas celas) por modelos de concreto aumentou a durabilidade e a segurança, e áreas externas foram revitalizadas com calçamento, pintura da muralha interna e iluminação reforçada, incluindo a passarela. O presídio avançou em práticas sustentáveis com o programa de remição de pena pela reciclagem, beneficiando dois internos por cela, e recebeu a instalação de novos hidrantes nos Pavilhões 1 e 2. O EPJFC ganhou, ainda, uma fábrica de blocos e pavers de cimento, ampliando as oficinas laborais e frentes de ressocialização no local. A fábrica também é estratégica no fornecimento de insumos utilizados nas demais obras que estão sendo realizadas na penitenciária. Melhorias da portaria aos pavilhões Entre as obras em andamento estão a reforma da portaria, que se tornará mais funcional e segura, melhorando o fluxo de acesso ao presídio; a revitalização da frente da unidade, a construção das celas de embarque e desembarque para internos em trânsito e ajustes finais na área de odontologia. Para os próximos meses, estão previstos dois grandes projetos: a revitalização completa dos Pavilhões 1 e 2, começando pelos telhados e avançando para as celas, e a limpeza, reforma e iluminação de toda a muralha externa, ampliando ainda mais a segurança perimetral. Para o diretor da Máxima, Milson Caetano, o momento representa um importante ciclo de modernização da Máxima. “São obras que fortalecem a segurança, melhoram as condições de trabalho dos nossos servidores e ampliam oportunidades para os internos. A mão de obra prisional tem sido fundamental nesse processo, mostrando que é possível unir disciplina, capacitação e ressocialização”, destaca. O diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, reforça que as intervenções fazem parte de uma diretriz estratégica de qualificação constante do sistema prisional. “A Máxima de Campo Grande é uma das unidades mais complexas do país, e nosso compromisso é garantir que ela opere com alta segurança, infraestrutura adequada e políticas efetivas de ressocialização. Esse conjunto de obras demonstra a capacidade de transformação da instituição e o resultado do esforço conjunto entre gestão, servidores e ocupação produtiva do internos”, finaliza. Comunicação Agepen

Campo Grande, Mato Grosso do Sul

RNDS: Mato Grosso do Sul fortalece alinhamento com agenda nacional de dados em saúde

Antes que os sistemas de saúde conversem entre si, há um extenso trabalho de organização, padronização e alinhamento entre estados, municípios e o Ministério da Saúde. É nesse contexto que Mato Grosso do Sul participa da 3ª Oficina do Projeto de Federalização da RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde), realizada ontem (25) e hoje (26) no Rio de Janeiro/RJ. A atividade integra a etapa estadual do projeto e é promovida pelo Ministério da Saúde, por meio da Seidigi (Secretaria de Informação e Saúde Digital), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, com apoio do Haoc (Hospital Alemão Oswaldo Cruz), Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde). Dedicada ao eixo Informação e Informática, a terceira oficina reunirá representantes da SES/MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) e de outros estados para aprofundar estratégias de integração e interoperabilidade dos dados em todo o SUS (Sistema Único de Saúde). No Estado, esse processo ganhou novo impulso com a Resolução SES n. 495, de 11 de novembro de 2025, que instituiu o Grupo de Trabalho Estadual da Federalização da RNDS, responsável por acompanhar e propor ações alinhadas aos eixos temáticos do projeto. A secretária adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, destaca que a participação de Mato Grosso do Sul reforça o compromisso do estado com a modernização da gestão. “A transformação digital em saúde não é apenas tecnológica — ela exige planejamento, governança e integração. A federalização da RNDS fortalece a tomada de decisão, amplia a transparência e melhora a capacidade de resposta do SUS. Participar dessa oficina é fundamental para que Mato Grosso do Sul avance de forma estruturada e alinhada às diretrizes nacionais”, afirma. Para a superintendente de Saúde Digital da SES e responsável estadual pelo processo de federalização, Márcia Tomasi, a agenda representa um passo decisivo. ”Estamos avançando em uma pauta que exige organização, padronização e cooperação entre todas as esferas do SUS. A federalização representa uma virada de chave na forma como produzimos, compartilhamos e utilizamos informações, garantindo mais segurança, eficiência e continuidade do cuidado para a população”, destacou. O projeto nacional prevê a atuação dos estados em quatro eixos — institucional, governança, informação e informática, e comunicação. As primeiras oficinas, realizadas em Brasília/DF e João Pessoa/PB, discutiram os domínios Institucional e Governança. A próxima etapa está prevista para fevereiro de 2026, no Pará. Segundo o consultor técnico do DataSUS (Departamento de Informação e Informática do SUS), Josélio Queiroz, o objetivo é harmonizar o fluxo de dados enviados ao Ministério da Saúde e ampliar sua disponibilização em tempo oportuno, com ações que vão além da tecnologia e envolvem alinhamento entre gestores. A iniciativa deve aprimorar o atendimento à população, fortalecer a vigilância em saúde e ampliar o uso de evidências na formulação de políticas públicas. O que é a RNDS Oficializada pelo Decreto n. 12.560, de julho deste ano, a Rede Nacional de Dados em Saúde é a plataforma de interoperabilidade do Ministério da Saúde, criada para integrar sistemas, qualificar informações e ampliar o acesso a registros clínicos e administrativos em todo o país. Atualmente, reúne cerca de 2,4 bilhões de dados — incluindo exames, atendimentos, vacinas e prescrições — que, com a federalização, passam a ser centralizados em um único sistema e disponibilizados aos estados em tempo real. A RNDS segue as diretrizes da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), garantindo segurança, privacidade e uso adequado das informações, acessadas exclusivamente por profissionais autorizados. A interoperabilidade permite que médicos e enfermeiros consultem o histórico clínico dos pacientes pelo SUS Digital Profissional, tornando o atendimento mais ágil e evitando exames duplicados. Gestores também utilizam dados agregados para monitorar e planejar políticas públicas, enquanto os cidadãos têm acesso aos próprios registros por meio do aplicativo Meu SUS Digital. Ao integrar e organizar informações de forma padronizada, a RNDS impulsiona a transformação digital do SUS, melhora a comunicação entre serviços, otimiza recursos e fortalece a resposta a emergências em saúde.

Mato Grosso do Sul, Política

Aprovada em 2ª comunicação sobre suspensão ou religação de serviços públicos em MS ; O objetivo da proposta é informar ao consumidor os prazos de ligação, religação, corte ou consumo final

Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (26) foram apreciadas e aprovada três matérias. Em segunda discussão, foi aprovado o Projeto de Lei 251/2024, de autoria do deputado Junior Mochi (MDB), que dispõe sobre a obrigação de as empresas prestadoras de serviço público, situadas no Estado de Mato Grosso do Sul, informar aos usuários sobre os prazos para ligação, religação, corte ou consumo final do serviço. “Esse projeto tem o objetivo de obrigar as empresas prestadoras de serviço público informar sobre esses prazos, porque a suspensão de um serviço pode ser determinada à tarde, quando não há ninguém em casa e sem o usuário saber. Se elas comunicam sobre o vencimento, também podem comunicar sobre a suspensão de serviço, garantindo uma receita imediata e protegendo o consumidor destes transtornos”, declarou Junior Mochi, autor da matéria. Primeira discussão Em primeira discussão, foi aprovado o Projeto de Emenda Constitucional 1/2025, de autoria do deputado Zé Teixeira (PSDB) e outros parlamentares. A proposta dá nova redação ao caput do artigo 88 da Constituição do Estado de Mato Grosso do Sul, para modificar a data da posse do governador e vice-governador e dá outras providências. A nova data atende a simetria da Federal e passa a ser no dia 6 de janeiro. A matéria segue para nova análise em plenário. Discussão única Em discussão única, foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo 14/2025, da Mesa Diretora (biênio 2025-2026), que aprova as indicações de representantes da Secretaria de Estado de Fazenda para compor o Fórum Deliberativo do MS-Indústria (MSIndústria) no período de 2025 a 2027. A matéria segue à sanção. Serviço As sessões plenárias podem ser acompanhadas presencialmente ou pela transmissão ao vivo dos canais oficiais de comunicação da Casa de Leis: TV ALEMS canal 7.2 no sinal aberto e canal 9 da Claro NET TV, ou ainda no link TV ALEMS; Rádio ALEMS FM 105.5, sinal aberto, ou no link Rádio ALEMS; Facebook e YouTube. Veja mais no site da ALEMS: https://al.ms.gov.br/Noticias

Mato Grosso do Sul, Política

21 dias de ativismo: Deputados reforçam luta pelo fim de feminicídio

Em memória das vítimas de feminicídio, os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) debateram mais uma vez a necessidade de ações e de conscientização pelo fim da violência de gênero. Quem subiu à tribuna para iniciar o tema foi a deputada Mara Caseiro (PSDB), que relembrou que até o dia 10 de dezembro ocorre o movimento internacional de 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Recentemente, Mato Grosso do Sul também ganhou um Dia Estadual de Reflexão e Memória de Vítimas de Feminicídio em MS, por força da por força da Lei Estadual 6.505 de 2025, de autoria de Mara Caseiro, que marca o dia 16 de fevereiro para ações de conscientização e enfrentamento. A data escolhida foi pelo aniversário de Vanessa Ricarte, jornalista morta pelo ex-namorado Caio Nascimento, no começo de 2025, que motivou a mudança de protocolos na Segurança Pública Estadual – reveja aqui.   Além de Vanessa, somente este ano, o estado já registrou outros 36 feminicídios. “Número alarmante, que reforça a urgência de ampliar o debate e construir rede de proteção à sociedade. O Dia de Reflexão e os dias de ativismo estimulam e mobilizam a sociedade para o enfrentamento firme. Também quero parabenizar o lançamento do Sistema IntegraJus Mulher MS, um passo importante e inovador que em tempo real integra as informações da Segurança Pública e do Judiciário. Em um clique, o boletim de ocorrência vai para o Judiciário analisar a medida preventiva e já volta em outro clique. Vanessa não teria morrido se não tivesse ido sozinha para casa. Então temos um avanço importante”, disse a deputada. De acordo com Mara Caseiro, estima-se que há mais de 3 mil medidas protetivas concedidas e que é preciso também dar acesso ao histórico criminal, pois muitas se relacionam com pessoas com diversas denúncias e não sabem. “Por isso sigo firme nessa tribuna cobrando políticas eficazes e defendendo que nenhuma seja silenciada pela violência. O feminicídio não é estatística, é urgência, é dor, precisa ser enfrentada com coragem, rapidez e responsabilidade”, destacou. Lia Nogueira defende delegacias 24 horas no interior Da mesma forma, a deputada Lia Nogueira (PSDB) concordou com a necessidade do debate e disse que, apesar de muito ter sido feito, ainda é pouco diante de tantos assassinatos de mulheres, como a falta de delegacias em funcionamento 24 horas no interior. “Muitas não têm acesso a esse histórico do agressor. Chegamos em um mês mais letal, não podemos naturalizar isso. As vítimas tem rosto, temos os órfãos deixados por elas. Em Dourados morreu uma mulher que já tinha feito a denúncia. Aí nos falam denúncia para que? Se ainda acontece com medida protetiva, imaginem o que seria se não tivesse? O cadastro é fundamental para que saibam com quem estão se relacionando. E investimento em educação para que as crianças possam se formar sabendo que mulher tem que ser respeitada e que ela não é propriedade do homem”, ressaltou Lia, que também defendeu independência financeira feminina. Para o deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos), infelizmente, deve haver muita subnotificação. “Apesar de termos políticas públicas que dão suporte e aparato, que incentiva a mulher a denunciar, ainda temos subnotificações. Acredito muito também na questão cultural. Homens que são criados por mulheres ainda crescem e se voltam contra elas. Na Itália aprovou-se pena perpétua para crime de feminicídio. Temos que ter penas mais duras, mas investimento na educação, para que cresçam aprendendo a tolerância, o respeito e que em mulher não se bate”. Também em aparte, Zé Teixeira (PSDB) defendeu que não basta educação. “Senão não teria médico ou advogado matando a esposa. Isso é falta de respeito de um ser humano contra o outro. Não importa se é mulher ou homem. A falta de boa convivência está demais. Eu vejo isso, sou casado há mais de 60 anos e nunca brigamos”, ponderou. Mara Caseiro concordou finalizando a fala que a questão é comportamental sim, mas que há esperança de mudança. “As gerações estão mudando. Por isso temos que lutar e defender aqui sempre. Há anos não podíamos votar. Eu mesma quando fui falar que ia estudar, meu pai questionou porque eu ia fazer isso. Hoje não, os pais querem os filhos independentes, que estudem, em direitos iguais seja homem ou mulher. A evolução da sociedade está acontecendo. E hoje a mulher quer decidir seu destino e o homem ainda acha que ela é sua propriedade. Por isso temos que debater e voltar ao tema sempre”, finalizou. Veja mais no site da ALEMS: https://al.ms.gov.br

Mato Grosso do Sul, Política

CCJR acata emendas indicativas ao projeto que estima receitas e despesas de MS para 2026

Veja mais no site da ALEMS: https://al.ms.gov.br/Noticias/144062 Entre as matérias analisadas pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), durante a reunião ordinária desta quarta-feira (26), estava o Projeto de Lei 257/2025, de autoria do Poder Executivo, que estima a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício financeiro do ano de 2026. Considerada constitucional, a matéria que traz a Lei Orçamentária Anual (LOA) recebeu emendas no período de tramitação e voltou para análise da CCJR. “Recebeu nove emendas e retornou a essa comissão, emendas indicativas, acolha-se as emendas 236 a 244, apresentadas durante o período de pauta, pelo nobre parlamentar Junior Mochi [MDB], que sejam integradas ao projeto”, relatou o deputado Caravina (PSDB). O presidente da CCJR, deputado Caravina, também relatou outras duas propostas. O Projeto de Decreto Legislativo 18/2025, que reconhece, para os fins do disposto no art. 65 da Lei Complementar Federal 101, de 4 de maio de 2000, a ocorrência do estado de calamidade pública no Município de Ivinhema, e o Projeto de Lei 293/2025, de autoria do Poder Executivo, que acrescenta e altera a redação de dispositivos da Lei 6.300, de 5 de setembro de 2024, nos termos que menciona, e dá outras providências. Ambas seguem em tramitação na Casa de Leis.   A reunião da CCJR acontec no Plenarinho Nelito Câmara, na ALEMS O deputado Junior Mochi (MDB), vice-presidente do grupo de trabalho, relatou duas matérias, que receberam parecer favorável. O Projeto de Lei 245/2025, de autoria do deputado Pedrossian Neto (PSD), que declara a utilidade pública estadual da Associação dos Pescadores – Z6 de Porto Murtinho – MS. E o Projeto de Lei 292/2025, de autoria do Poder Executivo, que autoriza o Estado de Mato Grosso do Sul, por intermédio do Poder Executivo Estadual a doar, com encargos, ao Município de Coxim-MS, o imóvel de sua propriedade que especifica, e dá outras providências. O deputado Paulo Duarte relatou o Projeto de Lei 251/2025, de autoria do deputado Pedrossian Neto, que inclui no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul a Feira Ecológica, Cultural, Indígena e Rural de Miranda (FECIR) e a Cavalgada Ecológica de Miranda e dá outras providências. A proposta foi considerada constitucional. Paulo Duarte também emitiu parecer favorável ao Projeto de Lei 262/2025, de autoria do deputado Caravina (PSDB), que inclui no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul a Festa de São Pedro, realizados no Município de Nioaque. Duas matérias de autoria de Pedrossian Neto forama analisadas Pedrossian Neto (PSD) relatou o Projeto de Lei 126/2025, de autoria do deputado João Henrique (PL), que dispõe sobre o acesso dos jovens nas autoescolas um ano antes de completar a idade mínima para a categoria pretendida, para a formação teórico-técnica do processo de habilitação, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul. A matéria foi considerada inconstitucional por invadir competência privativa da União e segue ao arquivo. Já o Projeto de Lei 280/2025, também relatado por Pedrossian Neto, recebeu parecer favorável à sua tramitação. A matéria é de autoria do deputado Jamilson Name (PSDB) e inclui no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul a Expogenética MS e dá outas providências. Veja mais no site da ALEMS: https://al.ms.gov.br/Noticias/

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Audiência tem apelo por Justiça e medidas para enfrentar violência obstétrica e negligência

Justiça por Levi, Kalleb, Elisa, Dante, Dudu, Antônio Gabriel e muitas outras crianças vítimas de casos de negligência ou violência obstétrica. Estes foram alguns dos apelos de familiares ouvidos na Audiência Pública, promovida pela Câmara Municipal, na manhã desta quarta-feira, dia 26. O debate abordou o tema “entre dor e direitos: a realidade da violência obstétrica” e foi proposto pela vereadora Luiza Ribeiro. A criação de protocolos de atendimento e de mecanismos de prevenção, em projeto de lei, foi uma das sugestões apresentadas. A Audiência iniciou com relatos emocionados de algumas mães, pais e familiares de crianças que faleceram ou ficaram com sequelas em decorrência de casos de violência obstétrica e negligência médica. Representantes do Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública, da Polícia Civil, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Secretaria Municipal de Mulheres, Secretarias Estadual e Municipal de Saúde, profissionais da saúde e de assistência social estiveram presentes na discussão. “Nós queremos discutir a melhoria da política pública de acompanhamento da gestante, mas nós precisamos analisar o ato dos profissionais que cuidam das pessoas que estão no nascimento, que é a mãe e a criança. É muito importante esse assunto, é uma discussão muito dolorida, mas nós precisamos falar”, afirmou a vereadora Luiza Ribeiro. Uma das metas é que a Audiência seja uma forma de pressionar deputados federais e senadores a tipificarem no Código Penal a conduta que se refere à violência obstétrica, além da proposição de protocolos no Município. Adalberto Fontoura, pai de Antônio Gabriel, que faleceu em 21 de outubro de 2024, formalizou a entrega de um pedido de providências, contendo boletins de ocorrência registrados pelas famílias, leis violadas e crimes cometidos. Ele apresentou ainda o esboço de um projeto de lei “que cria mecanismos práticos para que nenhuma família passe pelo que estamos passando”. A proposta conta, por exemplo, com a criação de um canal de denúncia em tempo real e o direito a uma segunda opinião médica. Adalberto contou que o filho foi abandonado, deixado no berço sofrendo com grave falta de oxigênio. “O médico foi avisado e se recusou a voltar. Uma sucessão de erros, negligência, omissões, que não apenas contribuíram, mas causaram sua morte. Hoje nossa dor se transformou em ação”, resumiu o pai. Ariane de Lima Gonçalves da Cunha é mãe de Dante, que faleceu em outubro de 2021 durante o parto. “Entrei na Maternidade Cândido Mariano carregando meu filho no ventre, cheia de sonhos e vida. Saí de lá com meus braços vazios. Meu filho não sobreviveu por falta de vaga em UTI, por negligência, por omissão”. Ela ouviu que se tratava de um caso isolado, mas encontrou outras famílias que passam pela mesma dor. “Hoje nós temos mais ou menos uns 100 relatos de mães e pais que sofreram violência obstétrica e negligência médica na maternidade”, afirmou. Mirian Souza da Silva é avó do Ravi, que faleceu no parto em outubro deste ano, na Maternidade Cândido Mariano. A sua nora, Cláudia, permaneceu 12 horas em trabalho de parto e houve a insistência pelo parto normal. O menino acabou nascendo sem vida, com lesões na cabeça, após ser puxado com força. Ela relata ainda que o descaso seguiu depois que foi constatado o óbito. “Precisa de uma humanização no atendimento. Uma anamnese completa da paciente, ser feito todo o estudo para saber o que será o momento daquele parto, além da questão psicossocial, que é a questão do como o profissional vai estar abordando aquela mulher num momento tão especial”, sugeriu. Ela defende ainda a ampliação das ações de fiscalização. Vanessa Quadro Reis, mãe da Elisa, também relatou sua dor. A menina teve uma hipóxia severa (falta de oxigenação) durante o parto, que não estava evoluindo na fase expulsiva. Sobreviveu com uma série de sequelas, mas acabou não resistindo e faleceu em 2023. “Acredito que as propostas aqui são no sentido de responsabilizar as pessoas, os profissionais que tiveram falhas na atuação ética e técnica. Espero que a gente possa prevenir para que não aconteça mais esse tipo de negligência, imperícia ou imprudência com nossos bebês e durante os trabalhos de parto”, cobrou. “A luta de vocês vem se transformando na prevenção de outros lutos”, resumiu o vereador André Salineiro, que secretariou a Audiência. Ele defendeu a necessidade de buscar punição dos responsáveis. “Quanto mais parlamentares, órgãos e entidades comporem força nessa causa, mais rápido teremos mecanismos de prevenção para que outros casos não ocorram”. O vereador comentou sobre os erros cometidos, relatos pela família, que não poderiam ter ocorrido. “Precisamos ser enérgicos, contem com essa Câmara de Vereadores”. Debate As discussões sobre as boas práticas no parto, o direito à humanização em todo atendimento foram alguns dos pontos abordados na Audiência. A defensora pública Thais Dominato Silva Teixeira falou do trabalho de prevenção e também de repressão. “Nós temos o Núcleo de Defesa das Mulheres na Defensoria Pública, onde nós atendemos as mulheres em situação de violência de gênero, dentre essas violências, a violência obstétrica”, afirmou. Na parte de repressão, são ajuizadas as ações de indenização para essas vítimas, mas o foco principal é na prevenção. “A gente precisa mudar as práticas, a gente precisa trabalhar com a formação dos profissionais de saúde para a medicina baseada em evidências científicas, mostrando que há procedimentos que não podem mais ser realizados. A gente precisa trabalhar com o empoderamento das mulheres para que elas entendam quais são as práticas violentas, possam pleitear seus direitos e assim serem menos lesadas”. A necessidade de um observatório com registros das violências, além de uma Casa de Parto em Campo Grande foram algumas das sugestões. O vereador Maicon Nogueira citou a responsabilidade dessa Casa de Leis em buscar que outras pessoas não sofram essa violência. Ele afirmou que protocolou um projeto para assegurar a obrigatoriedade de protocolos de humanização dos parturientes. O vereador explicou a necessidade de reforçar em lei, algo que já está previsto em outras normas.  “Não estão cumprindo os protocolos. São tantos casos omissos, colocados em portarias distintas”, afirmou, justificando que

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