Corpo de MC Marcinho 45 anos é velado no Rio; fãs cantam sucessos para homenagear ídolo

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O corpo de MC Marcinho, que morreu neste sábado (26) aos 45 anos, está sendo velado neste domingo (27) no Cemitério da Penitência, na Zona Norte do Rio. Desde cedo, fãs se reuniram no local para prestar as últimas homenagens.

A cerimônia acontece até 13h. Depois, o corpo do cantor será cremado às 14h , em cerimônia para amigos e parentes.

Muitos admiradores foram ao local vestindo camisetas com imagens e trechos das letras dos funks cantados pelo artista. Em vários momentos, grupos se reuniram e cantaram trechos de sucessos eternizados por Marcinho.

O cantor tinha cinco filhos. Márcio Garcia, um deles, destacou que a relação entre os dois se aprofundou nos últimos tempos, quando ele começou a trabalhar com o pai. Segundo ele, em alguns dias ele estava no hospital com problemas de saúde de manhã e, mais tarde, à noite, estava no palco sorrindo e animando o público.

“O meu pai foi a pessoa mais guerreira que eu conheci. Vir de onde ele veio, viver a vida que viveu e, mesmo assim, saber sorrir”, disse o filho.

Marcelly Garcia, que também é filha do artista, destacou a luta do pai pela saúde.

“O meu pai lutou até onde podia, mas eu sei que descansou. E isso traz um alívio muito grande. Eu sei que ele está em um lugar melhor agora. Eu amo muito o meu pai”, afirmou Marcelly.

Corpo de MC Marcinho, que morreu neste sábado (26), é velado neste domingo (27) no Cemitério da Penitência, na Zona Norte do Rio — Foto: Evelyn Oliveira/ TV Globo

Corpo de MC Marcinho, que morreu neste sábado (26), é velado neste domingo (27) no Cemitério da Penitência, na Zona Norte do Rio — Foto: Evelyn Oliveira/ TV Globo

Jociara Santos, que é atendente de lanchonete, saiu de casa cedo para prestar uma homenagem ao “Príncipe do Funk”, como era conhecido. Ela estava com uma camiseta com a foto do cantor e um trecho da letra do Rap do Solitário, um dos maiores sucessos da carreira do artista.

“É uma perda muito grande. Independente do que vivo hoje, que sou evangélica, a minha adolescência foi vivendo e curtindo as músicas do MC Marcinho. Não tem como lembrar de funk sem lembrar dele. Ainda mais que, quando é para falar de amor, fale com o Marcinho”, disse Jociara.

Sisneia Miranda, que é dona de um salão em São Gonçalo, disse que as canções MC Marcinho foram uma das trilhas sonoras de sua vida. E que, apesar do choque pela morte do ídolo, o amor por ele e pela obra musical é eterno.

“O corpo está ali, mas a memória que temos dele será eternizada. Eu tenho 40 anos e muitos anos foram ouvindo o Marcinho”, destacou a empresária, que vestiu uma camiseta com a foto do cantor.

Trecho de letra do Rap do Solitário, sucesso de MC Marcinho, em camiseta no velório do cantor, no Cemitério da Penitência, na Zona Norte do Rio — Foto: Evelyn Oliveira/ TV Globo

Muito emocionada, a atriz Regina Casé falou sobre a importância de Marcinho na cultura do país e o definiu como um “gigante”. Ela contou que um dos seus momentos mais marcantes com ele foi uma participação no “Central da Periferia”, na Cidade de Deus, quando o cantor retornou de uma internação.

“A gente perde um cara da importância do Marcinho tão novo. Isso mostra que ele podia ser muito maior. É um momento de refletir sobre isso. Sobre o preconceito contra o funk, contra a cultura produzida por pessoas como ele, pretas e da favela. E pensar na dimensão dele na vida de tantas pessoas. Vidas difíceis, enfrentando tanta dificuldade e o tanto de felicidade que ele proporcionou”, afirmou Regina Casé.

A atriz destacou que muitas músicas de Marcinho fizeram parte de sua vida, mas “Garota Nota 100” é a música que marca a relação que tem com a filha.

A atriz Regina Casé no velório de MC Marcinho — Foto: Evelyn Oliveira/ TV Globo

Corpo de MC Marcinho é velado em cemitério na Zona Norte do Rio — Foto: Evelyn Oliveira/ TV Globo

Corpo de MC Marcinho é velado Cemitério da Penitência, na Zona Norte do Rio de Janeiro — Foto: Evelyn Oliveira/ TV Globo

Marcio André Nepomuceno Garcia morreu no Hospital Copa D’Or na manhã de sábado (26). Conhecido como o Príncipe do Funk, um dos maiores nomes da história do ritmo no Brasil tinha 45 anos e sofria de problemas no coração.

Ele estava no CTI desde 10 de julho, após sofrer uma parada cardíaca. Desde então, os médicos vinham tentando salvá-lo com diversos procedimentos, como a implantação de um coração artificial e o uso da Ecmo, uma espécie de pulmão artificial externo.

Informações G1

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