Ditadura Bolivariana: com boné do MST, Maduro pede ao grupo brigada com mil pessoas

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O ditador venezuelano Nicolás Maduro apareceu com um boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) em evento no Palácio Miraflores em Caracas, nesta terça-feira (27). Na ocasião, ele recebeu integrantes do grupo e pediu o envio de uma brigada com mil homens e mulheres para produzir alimento em terras venezuelanas.

Recebemos com amor o Movimento Sem Terra do Brasil. Bem-vindos! Convido o MST que venham com centenas dos seus agricultores, que venham a produzir na Venezuela com sua experiência, nas comunas. MST, mande uma brigada de mil homens e mulheres do Brasil para produzir em terra venezuelana – disse ele, se dirigindo ao líder do movimento, João Pedro Stédile.

Representantes do MST estavam em Caracas para acompanhar a 11ª Cúpula Extraordinária da Alba-TCP – a Aliança Bolivariana para os Povos da América. Nas redes sociais, o grupo compartilhou fotos do momento.

Direto do Palácio Miraflores, em Caracas, presidente Nicolás Maduro faz balanço da Consulta Nacional Popular com boné do MST! A Consulta em sua segunda parte definiu os projetos prioritários das comunas venezuelanas que, a partir do voto popular, apontou as políticas que devem ser executadas voltados para a produção ou para infraestrutura das comunidades – disseram.

No espaço para comentários, diversos internautas alinhados à própria esquerda criticaram a proximidade entre o ditador e o movimento.

Eu como militante do PT e MST, me sinto envergonhado com essa publicação – escreveu um usuário do Instagram.

Depois não sabem porque um projeto tão importante quanto o MTST não consegue ter credibilidade em lugar nenhum fora da própria bolha. Um post como esse me faz ter absoluta vergonha de por tantas vezes ter defendido vocês. Essa militância exagerada e sem critérios é podre – acrescentou outro.

Que tristeza MST. Fiquei com vergonha de ter usado esse boné – disse mais um.

CENÁRIO POLÍTICO NA VENEZUELA
A Venezuela enfrenta uma profunda crise política, e as eleições presidenciais realizadas no mês de julho carecem de reconhecimento internacional. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil, declarou a vitória de Nicolás Maduro; entretanto, não apresentou as atas eleitorais que comprovam o resultado.

O caso chegou a ser levado ao Tribunal Superior de Justiça (TSJ), semelhante ao Supremo Tribunal Federal (STF) no nosso país, mas a Corte – controlada pelo regime chavista – referendou a vitória de Maduro e proibiu a divulgação das atas cobradas internacionalmente.

Desde então, mais de mil pessoas foram presas em manifestações contra o regime e ao menos 25 morreram. O pleito foi marcado por perseguição a adversários e proibição a principal líder da oposição, María Corina Machado, de concorrer. Como resposta, a oposição se aglutinou em torno do nome de Edmundo González Urrutia, e afirma ter vencido com 67% dos votos contra 30% de Maduro. As atas que mostram a vitória de González podem ser conferidas aqui.

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