Internacional

Eleições em Portugal: centro-direita é reeleita e esquerda tem derrota histórica

Com mais de 99% das urnas apuradas, a coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD), do primeiro-ministro Luís Montenegro, que caiu em fevereiro, é a grande vitoriosa das eleições legislativas em Portugal neste domingo (18). A AD registra 32,7% dos votos, enquanto o Partido Socialista (PS) e o Chega, de extrema-direita, empatam na segunda colocação, com cerca de 23% cada. Mais cedo, pesquisas de boca de urna já apontavam a vitória da centro-direita, e um embate ferrenho entre centro-esquerda e extrema-direita pelo segundo maior número de assentos no parlamento português. “Fica demonstrado que a crise política foi criada pelas oposições. Era de fato totalmente desnecessária e, na verdade, o PS que lhe deu causa, foi por isso fortemente penalizado, sofrendo uma pesada derrota”, afirmou Nuno Melo, presidente do CDS, partido parceiro de coligação, em pronunciamento na sede da campanha, na região central de Lisboa. “Continuaremos a governar em Portugal como fizemos em 11 meses, mas desejando fazer em quatro anos”, destacou. Confira a distribuição de assentos no parlamento para cada partido faltando menos de 1% para totalização dos votos: AD: 89 PS: 58 Chega: 58 Iniciativa Liberal: 9 Livre: 6 CDU: 3 JPP: 1 PAN: 1 Bloco de esquerda: 1 Socialistas os grandes derrotados; extrema-direita cresce O maior derrotado do dia é o PS, de Pedro Nuno Santos, que registra o pior resultado desde a década de 1980, e o terceiro mais negativo de sua história. Em fala na sede do partido, Nuno Santos disse que deixará a liderança da sigla, citando “tempos duros e difíceis para a esquerda”.

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Papa Leão XIV diz que a liberdade de expressão e de imprensa no mundo é um ‘Bem precioso’

O papa Leão XIV fez nesta segunda-feira (12) seu primeiro pronunciamento voltado à imprensa desde sua eleição, na última quinta-feira (8). Em discurso no Vaticano, o novo pontífice agradeceu o trabalho dos jornalistas que cobriram o funeral do papa Francisco e o processo do conclave, e fez uma defesa explícita da liberdade de expressão e de opinião em escala global. “Obrigado, queridos amigos, pelo serviço que prestaram à verdade. Vocês estiveram em Roma nestas semanas para mostrar a Igreja em sua diversidade e em sua unidade”, declarou o papa. O líder da Igreja Católica elogiou a dedicação dos profissionais da mídia, mencionando que muitos enfrentaram longas jornadas de trabalho e cansaço sem deixar de relatar os acontecimentos. Leão XIV também utilizou uma metáfora bíblica para se referir ao papel dos meios de comunicação em cenários polarizados. “Os meios de comunicação podem nos ajudar a sair da Torre de Babel em que às vezes nos encontramos”, disse, fazendo menção às dificuldades causadas por “narrativas ideológicas e tendenciosas”. Ele acrescentou que “a liberdade de opinião e de expressão é uma das bases fundamentais da convivência humana” e externou que os jornalistas têm uma missão para promover a verdade em sociedades democráticas e pluralistas. Em tom cordial, Leão XIV afirmou ainda que ele e os profissionais da imprensa “terão tempo para se conhecer melhor”, sinalizando abertura ao diálogo e transparência durante seu pontificado. O novo papa, nascido nos Estados Unidos, é o primeiro norte-americano a ocupar a liderança da Igreja Católica e foi eleito no segundo dia de conclave.

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TikTok: Janja gera constrangimento em encontro com Xi Jinping na China

Integrantes da comitiva brasileira relataram à jornalista Andreia Sadi, da GloboNews, que Janja pediu a palavra para falar sobre como a rede social chinesa TikTok causava efeitos nocivos no Brasil. A primeira-dama sugeriu que o algoritmo da plataforma favorece a chamada “extrema-direita”. Em resposta, Xi Jinping teria dito que o Brasil tem soberania para não apenas regular a rede social, mas até bani-la, se assim desejar. Além de Xi, Peng Liyuan teria ficado irritada com o comportamento de Janja durante o encontro, que teria sido considerado desrespeitoso para com a figura de Jinping. Um dos integrantes da comitiva disse a Sadi que ninguém entendeu de onde surgiu a ideia de abordar o tema delicado na ocasião, tampouco a de pedir a palavra em um encontro que sequer tinhas falas previstas. O assunto do TikTok é especialmente delicado porque tem sido alvo de disputa nos Estados Unidos, que já chegaram a cogitar banir a rede social por temor de que o governo chinês a usasse para espionar o país. Agora, os EUA tentam pressionar pela venda da plataforma para uma companhia norte-americana.  

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Urgente: EUA e China fecham acordo para reduzir tarifas recíprocas

Os Estados Unidos (EUA) e a China publicaram, nesta segunda-feira (12), uma declaração conjunta detalhando o acordo firmado para reduzir drasticamente as tarifas recíprocas sobre seus produtos, por um período inicial de 90 dias. A reunião que suspende a guerra comercial com debates intensos entre autoridades chinesas e americanas aconteceu em Genebra, Suíça. Os governos americano e chinês iniciam, até a próxima quarta (14), a redução temporária das tarifas de 145% para 30% aplicadas pelos EUA sobre produtos chineses; e de 125% para 10% nas taxas que a China aplica às importações americanas. A declaração conjunta reconhece a importância das relações econômicas e comerciais bilaterais para ambos os países e para a economia global. Destaca a importância de uma relação económica e comercial sustentável, a longo prazo e mutuamente benéfica. Pausa na guerra comercial   EUA e China ainda pontuam a reflexão sobre as suas discussões recentes com a crença de que as discussões contínuas têm o potencial de abordar as preocupações de cada lado na sua relação económica e comercial. Além de citarem no avanço do espírito de abertura mútua, comunicação contínua, cooperação e respeito mútuo. “Após a adoção das medidas mencionadas, as partes estabelecerão um mecanismo para dar continuidade às discussões sobre as relações econômicas e comerciais. O representante da parte chinesa para essas discussões será He Lifeng, vice-premiê do Conselho de Estado[da China], e os representantes da parte americana serão Scott Bessent, secretário do Tesouro, e Jamieson Greer, representante comercial dos Estados Unidos”, diz parte do trecho final da declaração conjunta. Progresso contra emergência   Após a reunião, Bessent agradeceu pela gentileza do governo suíço em fornecer um “maravilhoso local”, que avalia ter levado à grande produtividade da reunião. “Daremos detalhes amanhã, mas posso dizer que as negociações foram produtivas”, disse o secretário, ao citar que o presidente Donald Trump foi informado e deu aval à negociação. Greer destacou que a rapidez com que conseguiram alcançar o acordo reflete que talvez as diferenças não tenham sido tão grandes quanto se pensava, após muito trabalho de base nos dois dias. de encontro. E lembrou que os Estados Unidos têm um enorme déficit comercial de US$ 1,2 trilhão, por isso Trump declarou estado de emergência nacional e impôs tarifas. “Estamos confiantes de que o acordo que firmamos com nossos parceiros chineses nos ajudará a trabalhar para resolver essa emergência nacional”, concluiu.

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Zelensky recusa Lula e critica visita do petista a Moscou

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou um pedido do governo brasileiro para uma conversa com Lula, que estará em Moscou, capital da Rússia, de 8 a 10 de maio. Em sua viagem, Lula participará das comemorações pelos 80 anos da vitória contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial, no dia 9 de maio. Representantes de Kiev criticaram a visita do líder brasileiro. Para eles, a viagem vai consolidar o apoio “aberto” do Brasil ao presidente russo Vladimir Putin. É uma pena que o governo Lula tenha escolhido esse caminho estranho, ignorando completamente a Ucrânia, desrespeitando abertamente Zelensky e então, de repente, tentando obter de Kiev um álibi e uma desculpa para ir a Moscou apoiar abertamente Putin num horrível desfile militar, mas disfarçando essa intenção sob o pretexto de “mediação de paz” – disse uma fonte do governo ucraniano que pediu para não ser identificada. Outra fonte ucraniana falou que “Lula vai, literalmente, mostrar que está ao lado de Putin”. O pedido do Brasil para uma conversa com Zelensky foi feito no início de abril. Kiev alegou problemas de agenda para recusar o contato. No último sábado (26), Zelensky e Lula estiveram no funeral do papa Francisco, em Roma, mas não se encontraram. O líder ucraniano, no entanto, se reuniu com o presidente Donald Trump em plena Basílica de São Pedro e também encontrou espaço na agenda para se encontrar com vários outros líderes europeus. O Itamaraty não quis se manifestar sobre as críticas de Kiev. As informações são da coluna de Américo Martins, da CNN Brasil.

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Data do fim do mundo prevista por Isaac Newton está chegando

Isaac Newton é amplamente reconhecido por suas contribuições à física, matemática e astronomia, notadamente pelas leis do movimento e da gravitação universal. No entanto, sua curiosidade intelectual não se restringiu a essas áreas. Newton também se interessou profundamente por questões teológicas e estudos bíblicos, dedicando parte de sua vida a essas reflexões. Em uma de suas análises mais intrigantes, ele fez uma previsão apocalíptica para o ano de 2060, detalhada em uma carta escrita em 1704. Apesar de 2060 parecer distante, a rápida evolução tecnológica faz com que o tempo e o espaço pareçam cada vez mais próximos. Newton, ao interpretar passagens bíblicas sob uma perspectiva contemporânea, sugeriu que eventos apocalípticos poderiam ser entendidos como ciberataques em escala global. Ele imaginou “pragas devastadoras” como vírus digitais incontroláveis, capazes de paralisar infraestruturas críticas, desde a energia até as finanças. O que dizia a previsão de Newton? As cartas de Newton, que contêm suas previsões, estão preservadas na Biblioteca Nacional de Israel. Em seus escritos, ele não via o fim do mundo como um colapso total, mas como o término de uma era e o início de um novo período divino, marcado pelo retorno de Cristo e a restauração da verdadeira fé. Essa visão apocalíptica era mais sobre transformação do que destruição. Além das implicações tecnológicas, Newton também previu a possibilidade de conflitos bélicos no futuro, com nações disputando no ciberespaço. Ele acreditava que tais guerras poderiam ter um impacto devastador no mundo físico, simbolizando o declínio de sistemas e instituições corroídos pela desinformação algorítmica e pela manipulação de dados. Como Newton chegou a essas conclusões? Os estudos de Newton sobre o apocalipse basearam-se principalmente no livro de Daniel, especialmente no capítulo 12, que menciona um período de “tempo, tempos e metade de um tempo”, além de 1290 e 1335 dias. Newton interpretou esses “dias” como anos proféticos, utilizando cálculos astronômicos para tentar prever eventos futuros. Essa abordagem de Newton reflete sua tentativa de conciliar ciência e religião, buscando entender o mundo através de uma lente que combinava rigor científico com interpretação teológica. Ele acreditava que a compreensão das escrituras poderia ser enriquecida por uma análise racional e metódica. O legado de Newton na interpretação do futuro Embora as previsões de Newton possam parecer especulativas, elas revelam seu desejo de entender o mundo de maneira holística. Sua tentativa de prever o futuro através de uma combinação de ciência e teologia demonstra a amplitude de seu pensamento e sua disposição para explorar territórios intelectuais desconhecidos. O legado de Newton, portanto, não se limita às suas descobertas científicas, mas também abrange suas reflexões sobre o futuro da humanidade. Suas previsões apocalípticas, embora baseadas em interpretações bíblicas, continuam a instigar a curiosidade e o debate sobre o papel da tecnologia e da fé no destino da civilização.  

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Governador Eduardo Riedel participa de fórum empresarial para impulsionar as relações comerciais entre Brasil e Chile

O Mato Grosso do Sul integrou nesta quarta-feira (23), em Brasília, na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Fórum Empresarial Brasil-Chile, que reuniu empresários e líderes de diversos setores produtivos dos dois países, além de autoridades chilenas e brasileiras, para discutir o projeto de rotas de integração sul-americana, em especial, a Rota Bioceânica de Capricórnio. Para o governador Eduardo Riedel, que participou da mesa redonda “Oportunidades de Negócios e Investimentos para o Corredor Bioceânico”, as relações comerciais entre Mato Grosso do Sul e o Chile estão harmônicas e a rota estará operacional em 2027, se consolidando como um marco de desenvolvimento para o continente sul-americano. “Mato Grosso do Sul vai ser muito beneficiado. Nós estamos fazendo investimentos extremamente robustos de mais de 2 bilhões de reais em pavimentação de rodovias dentro do Estado para acessar a rota. A ponte entre o Paraná e Mato Grosso do Sul, olhando para a rota. Então, vai se desdobrando numa série de investimentos para todos as regiões do País. O Chile apresentou hoje aqui um plano de investimento e o Brasil tem investimentos tanto do governo federal quanto do Governo do Estado. Em 2027, a expectativa é que a rota esteja operacional. Isso é extremamente positivo para todos os envolvidos. O Mato Grosso do Sul sozinho exportou ao Chile 209 milhões de dólares em 2024 e importou 197 milhões de dólares. Estamos com uma expectativa de um aumento muito significativo diante dos sinais do empresariado em relação às oportunidades apresentadas aqui”, completou Riedel. Ao fazer uma apresentação sobre as cinco rotas previstas de integração comercial sul-americana, a ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, declarou que todas estão contempladas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e que a ponte que liga Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai, já está com 70% das obras concluídas. com prazo de entrega para maio de 2026 . “Há pelo menos 50 anos, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, conversam sobre essa rota biooceânica. A Rota 4 [Bioceânica] significa investimentos e negócios. Sabemos que o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial do Chile. O povo chileno já é a terceira maior população turística. Quando falamos de turismo, estamos falando da indústria, estamos falando de integração”, completou a ministra. Ainda participaram do mesa redonda, o presidente do Chile, Gabriel Boric, juntamente com o ministro da Economia, Desenvolvimento e Turismo do Chile, Nicolás Grau, e o presidente da Fiems e vice-presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Sérgio Longen. O presidente chileno está no Brasil desde ontem (23), quando assinou 13 acordos comerciais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De janeiro a março de 2025, o intercâmbio comercial entre os países foi de cerca de US$ 2,7 bilhões. No período, o Brasil exportou US$ 1,56 bilhão e importou US$ 1,21 bilhão, o que fez com que o país atingisse um superávit de US$ 350 milhões. Entre os principais produtos brasileiros exportados ao Chile, encontram-se óleos brutos de petróleo, carnes, automóveis e tratores. O Brasil, por sua vez, importa do Chile principalmente salmão, vinhos e derivados de cobre. O Brasil concentra o maior estoque de investimentos externos chilenos no mundo, e as empresas chilenas que atuam no Brasil se distribuem por áreas tão distintas quanto papel e celulose, varejo e energia. O Brasil, por sua vez, registra investimentos na economia chilena em setores como energia, serviços financeiros, alimentos, mineração, siderurgia, construção e fármacos.

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Morre Papa Francisco aos 88 anos

O Vaticano anunciou que o papa Francisco morreu nesta segunda-feira /21), aos 88 anos, às 2h35 pelo horário de Brasília, quanda eram 7h35 no horário do Vaticano. A morte ocorre doze anos depois desse argentino assumir o pontificado, após a renúncia do papa Bento XVI.   O Vaticano confirmou o falecimento por meio de nota: “O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”.   interromperO falecimento ocorre após período de enfermidade desde 14 de fevereiro, quando foi internado no hospital Agostino Gemelli, mas sem interromper completamente suas atividades. Na sequência, foi confirmado um quadro de infecção polimicrobiana bacteriana, estabelecendo quadro de saúde descrito como “complexo”.

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Guerra comercial: EUA, UE E CHINA entram em confronto

Em meio à “guerra” tarifária sem precedentes entre Estados Unidos e China, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou Pequim de “sempre ter passado a perna” nos cidadãos norte-americanos e afirmou que, agora, fará o mesmo. EUA x China: entenda a guerra tarifária   A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou na semana passada, após o anúncio das tarifas recíprocas prometidas pelo presidente americano, Donald Trump. Na quarta-feira passada (2), Trump detalhou a tabela das tarifas, que vão de 10% a 50% e serão cobradas, a partir desta quarta, sobre mais de 180 países. A China foi um dos países que foi tarifado — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao “tarifaço”, o governo chinês impôs, na sexta passada (4), tarifas extras de também 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar a retaliação e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 13h (horário de Brasília) desta quarta-feira (8) ou seria taxado em mais 50%, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou, na quarta, que estava preparada para “revidar até o fim”. Cumprindo a promessa de Trump, a Casa Branca confirmou a elevação em mais 50% das tarifas sobre os produtos chineses na tarde de quarta. O presidente americano disse, porém, que acreditava que a China chegaria a um acordo com os EUA para evitar mais tarifas. A resposta chinesa veio em partes desde o início da madrugada desta quinta. Primeiro, o país asiático divulgou um documento sobre as suas relações comerciais e econômicas com os EUA, reiterando que vai seguir com as retaliações. Um porta-voz do Ministério das Relações Internacionais da China disse que o país está disposto a negociar para evitar a intensificação da guerra tarifária, mas afirmou que “se os EUA realmente quiserem resolver o problema por meio do diálogo e da negociação, devem adotar uma postura de igualdade, respeito e benefício mútuo”. União Europeia aprova tarifas retaliatórias de 25% aos EUA a partir de semana que vem.   Em retaliação, a UE decidiu que serão aplicadas tarifas de 25% sobre uma série de importações dos EUA a partir da próxima terça-feira (15), em etapas. A comissão da União Europeia destacou, no entanto, que as tarifas retaliatórias podem ser suspensas a qualquer momento caso os EUA concordem com um “resultado negociado justo e equilibrado”. Informações G1

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Agora: dólar fecha perto dos R$ 6 após Trump elevar pressão sobre China

O dólar acelerou os ganhos ao longo da tarde com o acirramento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e emendou, nesta terça-feira (8), o terceiro pregão consecutivo de alta firme no mercado local, flertando com fechamento acima do nível psicológico de R$ 6,00. O dia foi negativo para divisas emergentes mais ligadas à China. O real, que nos últimos dias apresentou desempenho superior a de pares, amargou a maior perda entre as moedas mais relevantes. No mercado offshore, o yuan caiu ao menor nível histórico em relação ao dólar, o que é ruim para exportadores de commodities como o Brasil. As atenções estiveram voltadas ao prazo dado por Donald Trump para que a China recuasse de tarifas retaliatórias, que expirava nesta terça às 13 horas (de Brasília). Os chineses não piscaram. Mantiveram as tarifas, ressaltaram que estão prontos “a lutar até o fim” e iniciaram disputa contra os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC). A Casa Branca confirmou, então, sobretaxa de 50% sobre produtos importados da China a partir da quarta-feira, 9. Com isso, o gigante asiático passará a enfrentar tarifa total de 104% em produtos exportados aos EUA. A troca de farpas elevou a aversão ao risco, levando o dólar a ultrapassar a linha dos R$ 6,00. A moeda moderou os ganhos em seguida e chegou a trabalhar abaixo de R$ 5,98, mas voltou a se aproximar de R$ 6,00 na reta final dos negócios, com aumento da aversão ao risco e o tombo das bolsas em Nova Iorque. O gatilho teria sido a afirmação do porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, de que o presidente Donald Trump acredita ser possível a fabricação de iPhones nos EUA. A Apple produz a maioria de seus produtos na China. Com máxima a R$ 6,0054, o dólar subiu 1,48%, a R$ 5,9979 – maior valor de fechamento desde 21 de janeiro (R$ 6,0307). A divisa já acumula ganhos de 5,13% nos seis primeiros pregões de abril. As perdas no ano, que chegaram a superar 8%, agora são de 2,95%. Para o chefe da mesa de câmbio da EQI Investimentos, Alexandre Viotto, a tendência é que o dólar continue a se valorizar em relação a divisas emergentes, uma vez que não há sinais de que haverá redução iminente das incertezas provocadas pela guerra comercial. Com a falta de previsibilidade, temos visto investidores e empresas já em busca de hedge. Ninguém vai abrir mão da segurança do dólar com tanta indefinição no exterior – afirmou Viotto, para quem as dúvidas sobre uma eventual recessão nos EUA mantêm a aversão ao risco em níveis elevados. Operadores relatam saída de capitais de ativos locais. Dados da B3 mostram que os investidores estrangeiros já retiraram R$ 3,605 bilhões da bolsa doméstica em abril (até o dia 4). No acumulado do ano, o fluxo de capital externo está positivo em R$ 7,037 bilhões. Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY recuava cerca de 0,31 no fim da tarde, abaixo da linha dos 103,000 pontos, após mínima aos 102,753 pontos. Franco Suíço e iene, tradicionais refúgios em momentos de estresse, devolveram parte dos ganhos dos últimos dias. Com os temores de desaceleração mais aguda da atividade nos EUA em razão do tarifaço, crescem as expectativas em torno de um alívio monetário. Monitoramento do CME Group mostrou que uma redução da taxa básica americana em 25 pontos-base em maio passou a predominar entre as apostas dos investidores. No início da tarde, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Austan Goolsbee, disse que há dúvidas sobre “a rapidez e a magnitude” em que o tarifaço se traduzirá em aumento de preços, mas ressaltou que o sentimento do consumidor americano “está despencando” – o que, em geral, se traduz em queda dos níveis de consumo. Já a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse que há uma “pequena preocupação com leve alta da inflação com tarifas”. Ecoando falas recentes do presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, Daly disse que a política monetária está posicionada e “modestamente restritiva”. O mercado está dividido entre a possibilidade de quatro ou até cinco cortes de 25 pontos. Há dois vetores em conflito: a pressão inflacionária com tarifas e o risco de recessão por causa da incerteza econômica. No momento, o mercado parece mais preocupado com a recessão do que com a inflação – afirmou o economista Paulo Gala, professor da FGV-SP.

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