Internacional

Argentina: Milei assume comando do país com a economia em frangalhos

Depois de uma corrida eleitoral acirrada, o presidente eleito Javier Milei toma posse neste domingo (10/12), em Buenos Aires, Argentina. De cara, o político ultraliberal enfrenta a missão de recuperar a economia do país, que está em frangalhos, com inflação que chega a 142,7% ao ano. A fim de entender as dimensões da “árdua” tarefa de Milei, o Metrópoles consultou especialistas e listou os principais problemas que não foram resolvidos ou surgiram durante a gestão de Alberto Fernández (2019-2023), que terminou seu mandato com 68,3% de desaprovação, conforme pesquisa do Atlas Intel. Além dos evidentes problemas econômicos (inflação, dívida externa, queda nas exportações e paralisia no Mercosul), o novo presidente argentino herdará um governo com forte oposição. Nesse cenário, ele passa a ter dificuldades em aprovar as propostas mais ousadas de campanha: privatizações, dolarização e implementação de sistema de vouchers. Como Fernández entrega a Argentina para Milei: Economia Em mais um capítulo preocupante na abalada economia argentina, o Produto Interno Bruto (PIB) do país recuou 4,9% no segundo trimestre de 2023. A agricultura foi o setor que apresentou maior baixa (-40,2%), seguido da pesca (-30,5%). Já o setor hoteleiro e de restaurantes cresceu 6,4%. Logo atrás, a exploração de minas e pedreiras aumentou 6,3%. Outro desafio da gestão de Milei é quitar a dívida bilionária do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Herdado do governo de Mauricio Macri (2015-2019), o crédito aprovado pelo FMI chega a US$ 44 bilhões — totalizando quase R$ 216 bilhões. Esse é o maior empréstimo concedido pelo Fundo, que, segundo relatório, excedeu 127 vezes a capacidade de endividamento do país. Devido à renegociação firmada por Fernández com o órgão internacional, a Argentina precisará se comprometer a quitar os dividendos nos próximos 10 anos. Aprovada no Congresso, a medida prevê um esquema de pagamentos até 2034. De acordo com o analista político Lucas Fernandes, da BMJ Consultores, um dos maiores desafios da gestão do ultraliberal será “colocar a Argentina em uma trajetória mais próxima da economia de mercado e, ao mesmo tempo, fazer com que a população entenda isso”. Impacto no bolso O analista político ressaltou que Alberto Fernández assumiu em meio a um processo inflacionário em andamento. Provenientes de outras gestões, como por exemplo, o empréstimo feito por Macri no FMI. “Fato é que a Argentina passa por uma crise de longo prazo”, diz Fernandes. “A Argentina vem de um processo longo de irresponsabilidade fiscal, aumento de gasto público, tentativa de controle de preços com uma visão mais populista, que impediu uma solução crível ou mais concreta dessa crise”, explica. Na opinião dele, os maiores erros da gestão do peronista Fernández foram a intervenção estatal e o controle artificial da economia, por meio da contenção de preços. Para tentar superar os desafios herdados, Milei precisará fazer cortes nos gastos públicos na esperança de implementar o plano de privatizações e regulamentar preços.

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Operação Voltando em Paz resgata mais 47 pessoas na Faixa de Gaza

Um grupo de 47 brasileiros e parentes de brasileiros que estava na Faixa de Gaza cruzou a fronteira com o Egito neste sábado, 9/12, para ser resgatado pelo Governo Federal Brasileiro. São 27 crianças e adolescentes, 16 mulheres (duas idosas) e quatro homens adultos. Entre eles, 11 binacionais brasileiro-palestinos e 36 palestinos. Desde o início do conflito no Oriente Médio, 1.477 passageiros e 53 animais domésticos foram repatriados em dez voos da Força Aérea Brasileira. Com esses novos 47, serão 1.524 Uma aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira, já está a caminho do Cairo, capital egípcia, para trazer todos de volta ao Brasil no 11º voo de repatriação da Operação Voltando em Paz. Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, da lista de 102 brasileiros e familiares próximos apresentada aos governos envolvidos para autorização da saída da Faixa de Gaza, 24 tiveram a saída negada , incluindo 7 brasileiro-palestinos. Com isso, alguns familiares dos que não foram autorizados também acabaram desistindo. Dos 78 previstos na lista autorizada, cruzaram a fronteira 47. “Permanecem em Gaza cerca de 30 brasileiros, nas cidades de Gaza e Rafah e nos campos de refugiados de Nuseirat e Maghazi. A representação continuará monitorando a situação e prestando toda a assistência possível”, afirmou o embaixador Alessandro Candeas, da representação brasileira na Cisjordânia. O grupo final de 47 foi recepcionado pela equipe da embaixada brasileira no Egito, embarcado em vans locadas pelo Governo Federal e fez um trajeto de cerca de seis horas de viagem até a cidade do Cairo. Lá, vão descansar, ser alimentados e avaliados por profissionais da área médica. A previsão é de que o voo de volta decole neste domingo rumo ao Brasil. AJUDA HUMANITÁRIA – Um outro braço da Operação Voltando em Paz teve início na tarde deste sábado, quando uma aeronave KC-390, fabricada pela Embraer, decolou da Base Aérea do Rio de Janeiro rumo ao Egito com 11 toneladas de alimentos não perecíveis em mais uma ação de ajuda humanitária para os civis da região da Faixa de Gaza. A previsão de pouso em Al-Arish, cidade próxima à fronteira com Gaza, é para a manhã da próxima terça-feira (12/12). A iniciativa é coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Após decolar do Rio de Janeiro, a aeronave fará paradas técnicas na Base Aérea do Recife (BARF), em Cabo Verde, em Portugal, na Grécia e no Egito. Este é o terceiro voo que sai do Brasil com finalidade humanitária. Em 18 de outubro, um VC-2 pousou no Egito com equipamentos de filtragem de água e kits de saúde . A carga continha 40 purificadores de água com capacidade de tratar mais de 220 mil litros por dia. Com tecnologia e fabricação brasileiras, os equipamentos são capazes de remover 100% de vírus e bactérias da água. O acesso à água potável é uma das maiores dificuldades enfrentadas pela população da Faixa de Gaza. Os kits de saúde atendem até 3 mil pessoas cada um ao longo de um mês e são compostos por medicamentos e insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, além de luvas e seringas. Ao todo, cada kit continha um total de 267 quilos de materiais. Em 2 de novembro, um outro VC-2 da Presidência da República pousou no Aeroporto Internacional de Al-Arish, Egito, levando 1,5 tonelada de alimentos – arroz, açúcar, derivados de milho e leite – destinados à população da Faixa de Gaza, oferecidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), em nova ação de ajuda humanitária. Carregamento de ajuda humanitária com 11 toneladas de alimentos decolou em cargueiro da Força Aérea Brasileira para Gaza. Foto: GOV BR / FAB HISTÓRICO – Desde o início do conflito no Oriente Médio, 1.477 passageiros e 53 animais domésticos foram resgatados em dez voos que utilizaram cinco aeronaves da Força Aérea Brasileira. Com esses novos 47, serão 1.524. Cerca de 150 militares e 37 profissionais de saúde (13 médicos, nove psicólogos e 15 enfermeiros) se envolveram na logística. Mais de três mil refeições foram servidas em 315 horas de voo sobre 16 países. RESPOSTA IMEDIATA – O mundo ainda assimilava o choque dos atentados cometidos contra Israel no sábado, 7 de outubro, quando o Governo Brasileiro deu início à mobilização para estruturar a retirada de brasileiros da zona de conflito. No mesmo dia dos ataques, foi montado um gabinete de crise e, uma vez acionadas, as embaixadas do Brasil em Tel Aviv (Israel), do Cairo (Egito) e o Escritório de Representação em Ramala (na Palestina) deram início à operação diplomática para identificar quem eram e onde estavam os brasileiros na região conflagrada. Em paralelo, a Força Aérea Brasileira era acionada para garantir que as aeronaves pudessem resgar os cidadãos nacionais no mais breve prazo possível. Por meio de formulário online, cerca de 2,7 mil manifestaram interesse em retornar ao Brasil. Aqueles que não conseguiram lugares em voos de companhias aéreas privadas passaram a ser atendidos pela Operação Voltando em Paz, seguindo requisitos de prioridade para brasileiros sem passagens, não residentes, gestantes, idosos, mulheres e crianças. Até especialistas do Ministério da Agricultura foram envolvidos para garantir o repatriamento de animais domésticos.

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Secretário-geral da OEA diz que referendo do ditador Maduro é ‘ilegal e ilegítimo’

A Organização dos Estados Americanos (OEA) se manifestou contra a intenção do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, de anexar parte do território da Guiana. O gabinete de Luis Almagra, secretário-geral da OEA, divulgou uma nota classificando o movimento como “ilegal e ilegítimo”. “As recentes ações adotadas pelo regime na Venezuela não só colocam em perigo o desenvolvimento e a estabilidade da Guiana, mas representam risco mais amplo para a segurança da América Latina e do Caribe“, denunciou a liderança da OEA. No domingo (3), a Venezuela realizou referendo, recebeu o apoio dos eleitores, sobre o estatuto da região de Essequibo, 160 mil quilómetros quadrados de selva rica em recursos naturais.  

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Lula e Olaf Scholz defendem transição ecológica com justiça social

Em agenda em Berlim nesta segunda-feira (4/12), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, assinaram declaração conjunta de intenções para realização de projetos que visam, entre outras medidas, uma transformação ecológica socialmente justa, com projetos que gerem emprego e renda no Brasil e ampliem janelas de cooperação entre empresários dos dois países. Após participarem da II Reunião de Consultas Intergovernamentais de Alto Nível Brasil-Alemanha, os dois líderes fizeram declaração conjunta à imprensa na qual confirmaram o alinhamento em temas diversos. Entre os quais, a promoção de industrialização verde, agricultura de baixo carbono, a bioeconomia e a meta de desmatamento zero até 2030. Scholz iniciou a fala aos jornalistas destacando a parceria entre os dois países em torno da sustentabilidade e elogiou o empenho direto do presidente brasileiro com a preservação ambiental. “Sob sua orientação, a proteção das florestas se tornou novamente prioridade”, disse. Ele também defendeu que o processo da transição ecológica resulte em geração de empregos no Brasil, com maior processamento de matéria-prima pela indústria brasileira. MEIO AMBIENTE – O presidente brasileiro afirmou que os acordos na área ambiental reforçam uma parceria robusta entre os países, que inclui o Fundo Amazônia e outros projetos. Ele explicou ao chanceler as medidas que o Brasil está adotando para zerar o desmatamento e combater ilícitos ambientais e contou que apenas neste ano o desmatamento na Amazônia já reduziu quase 50%. Para Lula, o acordo assinado hoje é “muito bom para o Brasil, muito bom para a Alemanha, muito bom para a questão ambiental e muito bom para a transição energética que estamos levando muito a sério no Brasil”. INFORMAÇÃO – Os dois líderes mencionaram tratativas com relação a medidas que reforcem a democracia e o estado de direito. “Concordamos em atuar juntos no enfrentamento às forças antidemocráticas que atuam de forma coordenada internacionalmente e fomentam o extremismo. Esse é o espírito da declaração conjunta sobre integridade da informação e combate à desinformação”, disse Lula. Ele listou ainda tratativas nas áreas de saúde, ciência, tecnologia e inovação, além daquelas ligadas à agricultura, energia, bioeconomia, meio ambiente e mudança do clima. “A Alemanha é o mais tradicional parceiro do Brasil em matéria de cooperação técnica e financeira.  BNDES e banco de fomento alemão vão estreitar ainda mais uma parceria que já dura 60 anos”, disse. PRESIDÊNCIA DO G20 – Na primeira viagem a um país do G-20 depois de assumir a Presidência do bloco, Lula reafirmou as prioridades da gestão brasileira de combater as desigualdades, a fome, a pobreza e a mudança do clima, além de militar por uma reforma das estruturas da governança global. Ele voltou a defender novos integrantes no Conselho de Segurança da ONU e disse que o organismo criado no pós-guerra, em 1945, precisa refletir a realidade geopolítica atual e fazer valer as decisões tomadas em grupo, sobretudo as ambientais. O chanceler alemão concordou com a posição brasileira com relação à ONU. MERCOSUL – UNIÃO EUROPEIA – Os dois líderes também se mostraram alinhados com relação a outros temas, como a busca pela paz mundial, a solução pacífica no Oriente Médio, a criação de um Estado palestino e celebração do acordo União Europeia-Mercosul. “Num contexto de fragmentação geopolítica, a aproximação entre as regiões é central para a construção de um mundo multipolar e o fortalecimento do multilateralismo”, disse Lula. O presidente brasileiro disse que continuará trabalhando para que o acordo entre os blocos aconteça, se possível sob a Presidência Pró-Tempore do Brasil, na Cúpula do bloco sul-americano agendada para esta semana, no Rio de Janeiro. “Sou um homem muito crente. Sou um homem que não desiste. Você está lembrado do slogan do meu primeiro mandato. Sou brasileiro e não desisto nunca. Não vou desistir enquanto não conversar com todos os presidentes e ouvir um não de todos”, disse.

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PF, IBAMA e Polícia Nacional da Colômbia desmobilizam garimpo ilegal de ouro

A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ibama e a Polícia Nacional da Colômbia, deflagrou, durante os dias 1, 2 e 3 de dezembro, a Operação Fronteira de Ouro, com o intuito de prevenir e reprimir a extração ilegal de minério de ouro no leito dos rios transfronteiriços do território brasileiro e colombiano, mais especificamente nos municípios do Japurá e Santo Antônio do Içá, no Amazonas. Tendo em vista a impossibilidade de remoção do local de difícil acesso, foram inutilizadas sete dragas grandes, uma embarcação, um retro e uma balsa de combustível que eram empregadas na extração ilegal do minério na região. A ação também contou com o trabalho de explosivistas policiais e agentes do Ibama. Já em solos colombianos, a ação contou com os Policiais da PNC para dar apoio e realizar, concomitantemente, a operação de cunho internacional.

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Lula faz balanço da participação na COP 28 e analisa o acordo entre Mercosul e União Europeia

Em conversa com jornalistas brasileiros em Dubai (Emirados Árabes Unidos) antes de embarcar para a Alemanha, neste domingo, 3 de dezembro, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um balanço de sua participação nas reuniões de chefes de Estado na 28ª Conferência dos Estados-Partes do Acordo Quadro de mudança Climática da ONU (COP 28). Na sequência, foi indagado pelos jornalistas presentes sobre as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, a respeito do acordo entre o Mercosul e a União Europeia; sobre a entrada do Brasil na OPEP+; e ainda sobre a crise envolvendo a Venezuela e a Guiana, que se encontram atualmente em uma disputa territorial. Acompanhe os principais pontos da entrevista: COP 28 “Eu volto agora para Alemanha, e depois para o Rio de Janeiro, para reunir o Mercosul, e eu volto muito feliz. Muito feliz porque nós estamos saindo de um encontro internacional que a cada ano que passa ganha mais envergadura, ganha mais responsabilidade, e ganha mais representatividade. O Brasil é um país que ninguém hoje no planeta pode discutir a questão do clima sem levar em conta a existência do nosso país, sem levar em conta a nossa experiência, e sem levar em conta o que vai acontecer no Brasil nessa questão da transição energética. Eu tenho dito que não existirá nenhum país do mundo em condições de oferecer ao planeta a quantidade e as variáveis de opção de energia limpa que o Brasil pode oferecer. É uma coisa impressionante. Nós achamos que é uma oportunidade que o Brasil está tendo no século 21 de fazer uma revolução econômica a partir da chamada bioeconomia, chamada da economia verde, a chamada de renovação energética que o mundo está passando. E foi isso que nós vimos mostrar aqui. Eu saio daqui muito satisfeito, muito realizado, com muito mais responsabilidade, porque a partir de agora até 2025 é um passo. Parece que está longe, mas quando a gente tem mais responsabilidade o tempo passa muito mais rápido e aí nós vamos ter que trabalhar muito”. OPEP+ “A nossa participação na OPEP Plus é para a gente discutir com a OPEP a necessidade dos países que têm petróleo e que são ricos começar a investir um pouco do seu dinheiro para ajudar os países pobres do continente africano, da América Latina, da Ásia a investir. Eles podem financiar. Eles podem financiar o etanol, podem financiar o biodiesel, podem financiar a eólica, podem financiar solar, podem financiar hidrogênio verde. Esse é o nosso papel. Eu acho que é participando desse fórum que a gente vai convencer as pessoas que uma parte dos recursos ganho com o petróleo deve ser investido para a gente ir anulando o petróleo e criando alternativas. É isso que nós vamos fazer. É isso. É muito importante. Não tem nenhuma contradição. O Brasil não será membro efetivo da OPEP nunca, porque nós não queremos. O que nós queremos é influir”. MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA “Primeiro, a posição do nosso companheiro presidente da França é conhecida historicamente. A França sempre foi o país que criou o obstáculo no acordo do Mercosul com a União Europeia, porque a França tem milhares de pequenos produtores e eles querem produzir os seus produtos. É isso. Agora, o que eles não sabem é que nós também temos 4 milhões e 600 mil pequenas propriedades, até 100 hectares, que produzem quase 90% do alimento que nós comemos e que são alimento de qualidade e que nós também queremos vender. Eles têm que saber que nós também temos indústrias, que nós queremos crescer, e que nós não vamos facilitar as compras governamentais porque nós queremos que a nossa indústria cresça. Então a posição do Macron já era conhecida por mim. Ontem, eu fiz uma reunião com o Macron para tentar mexer com o coração dele. Eu falei: ‘Macron, quando você voltar para a França, abre o seu coração, cara. Pensa um pouco na América do Sul, pensa no Mercosul. Nós somos países pobres, temos países pequenos. Bom, me parece que ele não pensou. Ele não deu nem tempo pro coração dele, porque ele já foi comunicar vocês. Se não tiver acordo, paciência. Não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que é por conta do Brasil. E que não digam mais que é por conta da América do Sul. Assumam a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão. É sempre ganhar mais. E nós não somos mais colonizados. Nós somos independentes. E nós queremos ser tratados apenas com respeito de países independentes, que temos coisas para vender e as coisas que nós temos para vender tem preço. O que nós queremos é um certo equilíbrio. Então, eu acho que nós vamos ter uma conversa. Eu tive uma grande conversa com a Ursula von der Leyen, que é a presidenta da Comissão Europeia, e vamos ver como é que vai acontecer na sexta-feira. Se não der acordo, pelo menos vai ficar patenteado de quem é a culpa de não ter acordo. Agora, o que a gente não vai fazer é um acordo para tomar prejuízo”. VENEZUELA E GUIANA “Se tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora é de confusão. Se tem uma coisa que nós precisamos para crescer e para melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo, e não ficar pensando em briga. Não ficar inventando história. Então, eu espero que o bom senso prevaleça. Do lado da Venezuela e do lado da Guiana.

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Presidente Lula faz reunião histórica na COP 28 com representantes de 135 organismos da sociedade civil

“Ou a gente participa ou a extrema direita vai voltar com muita força, não apenas no Brasil, mas em muitos outros países. Significa que vocês, além de agentes reivindicadores, têm que ser agentes formuladores e agentes participativos. É mais que reivindicar. É participar. É mais que reivindicar. É ajudar a fazer”. Foi esse o tom das mensagens que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva passou neste sábado (02/12), a representantes de 135 entidades da sociedade civil brasileira durante um dos eventos mais marcantes de sua agenda na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas – a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Leia a transcrição completa do pronunciamento do presidente Lula Dinaman Tuxá, coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib); Kátia Penha, ativista ambiental quilombola; Marcele Oliveira, que representou a juventude brasileira; e Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, foram os porta-vozes das diversas entidades. Deles, Lula ouviu os anseios e preocupações referentes à proteção dos territórios indígenas e quilombolas, conheceu uma proposta do Conselho de Juventudes pela Ação Climática e Meio Ambiente (Conjuclima) para a criação do Conselho Nacional pela Ação Climática e Meio Ambiente, e foi alertado pelo representante do Observatório do Clima de que o agravamento das mudanças climáticas resultará na perda de milhares de vidas, principalmente das comunidades mais vulneráveis em todo o planeta. A atividade foi organizada pela Secretaria-Geral da Presidência da República, com a participação dos ministros Márcio Macêdo (SG PR), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). “É um momento histórico. Eu já participo da minha quinta COP e não tive nenhum momento parecido como esse, de sentar com um chefe de Estado do Brasil para dialogar e construir uma política ambiental de forma conjunta”, afirmou Dinaman Tuxá. “Sabemos do desafio que o Brasil está tendo, não só do compromisso ambiental que foi firmado em nível internacional, mas principalmente de cumprir com esse compromisso dentro do cenário nacional. Saímos daqui com mais um comprometimento do presidente Lula em fazer essa agenda verde e principalmente em garantir que os povos indígenas tenham acesso aos seus territórios”, continuou. Já Kátia Penha destacou o sentimento de pertencimento que todos sentiram ao longo do evento. “O presidente Lula faz esse acolhimento da sociedade civil brasileira. Depois de três COPs de um governo não-inclusivo, a gente pode estar aqui com o governo brasileiro, colocando as pautas coletivamente dos movimentos sociais organizados no Brasil”, elogiou. “E tratar a questão climática emergencial para o Brasil é prioridade. Não só do governo brasileiro, mas de toda a sociedade, de todas as pessoas que estão no campo, de todas as pessoas que estão nas florestas e nas comunidades quilombolas”, prosseguiu. Para Marcele Oliveira, integrante da Coalisão O Clima de Mudança, do Rio de Janeiro, e representante na COP 28 da Conjuclima, o evento trouxe ânimo por saber que o governo federal está atento à crise climática e envolvido em encontrar soluções efetivas a médio e longo prazo. “Eu saio daqui com muita esperança de que a gente consiga pensar esse futuro possível de forma organizada. Hoje a gente veio não só para dar essa fala enquanto juventude, mas também para fazer uma proposição. Quando a gente fala na proposição de um conselho a gente está propondo um caminho de diálogo onde seja possível pautar assuntos delicados, como combustíveis fósseis, como racismo ambiental, como justiça climática junto com a periferia, com a juventude, com as comunidades quilombolas, comunidades indígenas, com a população LGBTQIA+”, afirmou Marcele. REPRESENTAÇÃO NO G20 — Um dia depois de o Brasil assumir a presidência do G20, posto que o país ocupará até 30 de novembro de 2024, Lula afirmou que espera que a sociedade civil possa participar das discussões do grupo que reúne as principais economias do mundo — 19 países, mais a União Africana e a União Europeia. “Esse ano nós já temos uma tarefa que a gente não está habituado a fazer: nós temos o G-20. O G-20 é uma coisa muito importante, porque é a reunião das economias mais fortes do planeta. E nós queremos fazer uma grande participação social nesse G-20. Nós queremos que quando os chefes de Estado se reunirem em novembro a gente tenha, antes dos chefes de Estado, o resultado daquilo que é a decisão do movimento social brasileiro sobre o papel do G-20 no próximo período”. Referindo-se ao papel dos movimentos sociais no fortalecimento do ambiente democrático, o presidente fez um alerta: “Vocês aprenderam nos últimos tempos a compreender que muitas das coisas que vocês reivindicam, que vocês brigam o dia inteiro, dependem de uma coisa chamada: Fortalecimento da democracia no nosso país”, afirmou. “Se a gente não leva isso em conta, a cada eleição a gente vai reclamar que o poder legislativo está mais conservador. E se ele estiver mais conservador, mais dificuldade nós teremos de aprovar grande parte daquilo que vocês passam o ano inteiro reivindicando”, concluiu Lula.  

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COP 28: Governo de MS vai a Dubai para fortalecer trabalho focado em meta do Carbono Neutro

Mato Grosso do Sul inclusivo, próspero, verde e digital. Os quatro pilares da gestão estadual passam direto pelas questões ambientais locais e mundiais – e a principal delas, hoje, é a mudança climática. Diante desse cenário e para promover um alinhamento do trabalho que busca o reconhecido internacional do território estadual como Carbono Neutro até 2030, além de políticas que garantam fontes de financiamento para cumprir essa meta, o governo sul-mato-grossense participa entre sexta (1º) e segunda-feira (4) da COP 28. Realizada em Dubai, nos Emirados Àrabes Unidos, a COP 28 (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas) reúne as principais lideranças mundiais para debater e apontar soluções diante dos problemas enfrentados com as mudanças climáticas. Mato Grosso do Sul participa da discussão com um grupo encabeçado pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck. É o secretário de Mato Grosso do Sul quem vai representar na sexta-feira o Estado no painel ‘Governança Multinível para o Fortalecimento da Integração Climática Nacional’. Organizada pela Abema, a discussão terá como moderadora a gerente geral de Mudanças Climáticas da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Fernando de Noronha, Samanta Della Bella. Ao lado do titular sul-mato-grossense estarão ainda o vice-governador carioca Thiago Pampolha Gonçalves, o secretário de Meio Ambiente capixaba, Felipe Rigoni Lopes, o subsecretário de Meio Ambiente paulista, Jônatas de Souza Trindade, e o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente potiguar, Wener Farkatt Tabosa. Verruck ainda vai moderar no sábado (2) o painel ‘Financiamento Climático: Mecanismos e oportunidades’, organizado pela ICLEI (Associação Mundial de Governos Locais e Subnacionais Dedicados ao Desenvolvimento Sustentável), juntamente com o Consórcio Brasil Verde. Neste evento, participam como debatedores o governadores de Tocantins, Wanderlei Barbosa, e do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o presidente do Earth Innovation, Daniel Nepstad. Completam a lista o diretor-executivo de Relações Corporativas e Bens de Consumo da Suzano, Luís Bueno, e o diretor de Soluções Climáticas Naturais e Bioenergia da Mercuria no Brasil, Celso Fiori. No fim do dia, a equipe de Mato Grosso do Sul participa do Encontro Governadores pelo Clima, no Pavilhão do Hub Brasil. Já segunda-feira, Jaime Verruck será um dos debatedores do painel ‘Financiamento Climático e Mercado de Carbono: Oportunidades e Desafios nos Estados Brasileiros’, organizado pelo Consórcio Brasil Verde no Pavilhão do Hub Brasil, do MMA em Dubai. Participam ao lado do titular da Semadesc dessa mesa redonda Renato Casagrande, Thiago Pampolha Gonçalves, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões de Almeida, e a senadora e relatora do PL do Mercado de Carbono, Leila Barros. No mesmo dia, haverá uma visita à fábrica da BRF na Zona Industrial (Kezad) em Khalifa. Comitiva de MS Além de Verruck, também compõem a comitiva o diretor-presidente do Imasul, André Borges, o secretário executivo de Meio Ambiente, Artur Falcette, o coordenador de Regulação, Normas e Negociações Socioambientais, Pedro Mendes Neto, e a assessora internacional do Escritório de Relações Institucionais e Políticas do Mato Grosso do Sul no Distrito Federal, Thaís Bittar. Acompanha esse grupo na missão ao Oriente Médio o presidente da Aprosoja, André Dobashi. Os integrantes devem permanecer em Dubai até 4 de dezembro, onde participam de painéis e outras agendas e atividades organizadas pelo MRE (Ministério das Relações Exteriores), pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente) e pelo Consórcio Brasil Verde.  

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Em Dubai, Lula participa da COP 28 e terá reunião com Secretário-Geral da ONU

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, desembarcou em Dubai, nos Emirados Árabes, no final da tarde desta quinta-feira (30/10) para cumprir uma agenda repleta de compromissos durante a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, a COP 28. “Vamos para a COP discutir a preservação da Floresta Amazônica e ver se os países ricos estão dispostos, efetivamente, a fazer os investimentos para os países que têm floresta manterem suas florestas em pé e o povo tomando café, almoçando e jantando todo dia, porque embaixo de cada copa de árvore mora um cidadão brasileiro”, afirmou Lula, em conversa com jornalistas brasileiros antes da decolagem em Doha, no Catar, onde participou da abertura do Fórum Econômico Brasil – Catar: Oportunidades e Negócios e teve um encontro bilateral com o Emir Tamim bin Hamad al-Thani . Na Expo City Dubai, palco da COP 28, Lula inicia a agenda nesta sexta-feira, 1º de dezembro, no evento de boas-vindas às delegações, às 10h30 no horário local (3h30 de Brasília) e, na sequência, o presidente se encontra com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, na primeira reunião bilateral do dia. Em seguida, Lula participa da Sessão de Abertura da Presidência da 28ª COP. Depois, deverá discursar na Primeira Sessão do Segmento de Alto Nível para Chefes de Estado e de Governo. A agenda de Lula em seu primeiro dia na COP 28 dia ainda prevê encontros bilaterais com presidente de Israel, Isaac Herzog; com o secretário-geral da ONU, António Guterres; com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; com o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez; e com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali. Lula tem uma visita ao Pavilhão do Brasil na COP 28 prevista para o fim do tarde, antes de comparecer a um jantar especial batizado de A Amazônia: uma experiência imersiva , ao lado do xeique Mohamed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos. “Nós estamos com um vasto programa, muito grande, de energia verde e renovável. Nós estamos com um vasto programa de recuperação de terras degradadas. Acho que a discussão que vai se dar na COP ainda pode não ser decisiva, mas acho que vamos ter que mudar o jogo para que as pessoas aprendam que o planeta não está brincando. O planeta está avisando: cuidem de mim porque senão são vocês que vão perder”, frisou o presidente. Agenda do presidente Lula na COP 28 de Dubai Sexta-feira – 1 de dezembro (horário local, +7 horas em relação a Brasília) 10h30 – Evento de boas-vindas às delegações da COP 28 10h40 – Encontro com o Primeiro-Ministro do Reino Unido, Rishi Sunak 11h45 – Sessão de Abertura da Presidência da COP 28 13h – Reunião com o Presidente do Estado de Israel, Sr. Isaac Herzog 13h30 – Primeira Sessão do Segmento de Alto Nível Para Chefes de Estado e de Governo 14h30 – Reunião com Secretário-Geral da ONU, António Guterres 15h20 – Reunião com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen 17h – Reunião com o Presidente do Governo do Reino da Espanha, Pedro Sánchez 18h30 – Visita ao Pavilhão do Brasil na COP-28 19h – Reunião com o Presidente da República Cooperativa da Guiana, Mohamed Irfaan Ali 19h30 – Cerimônia de Entrega do Prêmio Zayed de Sustentabilidade

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Catar tem papel central para fim do conflito no Oriente Médio, diz Lula em Fórum Empresarial

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou nesta quinta-feira (30/11), da sessão de abertura do Fórum Econômico Brasil – Catar, em Doha, e defendeu o papel diplomático do país árabe na mediação dos conflitos no Oriente Médio, além de ser um interlocutor-chave em diversos temas de amplitude regional e global. “Neste momento, em que a guerra volta a assolar o Oriente Médio, o Catar volta a desempenhar papel central em prol da paz no conflito Israel-Palestina”, afirmou. Ao discursar, Lula saudou a mediação do Catar no acordo realizado entre Israel e Hamas para a libertação de reféns, lembrando a presença de mulheres e crianças entre eles. A participação do presidente no Fórum foi seu primeiro compromisso em Doha, capital do Catar. Depois, aconteceu a tradicional cerimônia oficial de recepção de chefes de Estado e, em seguida, Lula participou de uma agenda ampliada, de um encontro privado com o Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, e concedeu uma entrevista à emissora oficial do país, Al Jazeera. O presidente e a comitiva do governo já chegaram a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Relações bilaterais Quanto à ampliação das relações e parcerias entre os dois países, Lula afirmou que a passagem por Doha abrirá portas e construirá pontes entre os dois países. Na avaliação do presidente, o Catar é uma das principais portas de entrada para negócios com o Oriente Médio, além de contar com um setor empresarial interessado em investir no Brasil. “Os empresários brasileiros acreditam no potencial do Catar e no futuro de seus negócios. Esse interesse encontra respaldo na forte complementaridade entre nossas economias”, disse. Como exemplo de setores em que podem acontecer parcerias e acordos, o presidente mencionou a agricultura, infraestrutura e sustentabilidade. Lula afirmou também que existe um amplo espaço para diversificar a pauta comercial com produtos de maior valor agregado. “Como autopeças, produtos de defesa e aeronaves da EMBRAER – como o C-390 que me trouxe a Doha. O Brasil também está implementando medidas de facilitação de comércio como um sistema eletrônico de validação e assinatura de documentos para operações de comércio bilateral”, disse. Para o presidente essa é a oportunidade para reduzir prazos e custos das transações comerciais entre o Brasil e o Catar. Na quarta-feira (29/11), o presidente esteve em Riade, capital da Arábia Saudita. Também nesta quinta-feira, a comitiva do Governo Federal seguirá para os Emirados Árabes Unidos, sede da Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças Climáticas 2023 (COP 28), para participar da Cúpula do Clima. “Parto hoje para a COP-28, onde lançarei um chamado a ação e ambição no enfrentamento à crise climática. Estou certo de que o Catar também poderá ser um aliado importante nessa agenda. Mais do que fortalecer os laços de amizade que nos unem, acredito que Catar e Brasil podem atuar juntos em prol da paz e por um mundo mais justo, próspero e sustentável”, concluiu o presidente.

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