Internacional

Campo Grande participa do projeto Cidade presente da cooperação Brasil-Alemanha, GIZ e o ministério das cidades

Campo Grande participa nos dias 20 e 21 de julho de 2023, em Brasília, da primeira fase do Projeto Cidade Presente, realizado pela Cooperação Brasil-Alemanha e coordenado pela GIZ e o Ministério das Cidades. A Capital foi uma das 12 cidades selecionadas entre 170 propostas inscritas, de 23 Estados e 17 Capitais para participar com o Projeto Piloto Coophavila II – Plano de Rotas Acessíveis. “A construção participativa e atuante, enquanto mulher com deficiência física e auditiva bilateral do Projeto Piloto Rotas Acessíveis, me faz acreditar que estamos indo em direção de tornar a Capital de Mato Grosso do Sul realmente acessível a todas as pessoas”, afirma a presidente da Associação de Mulheres com Deficiência de Mato Grosso do Sul, Mirella Ballatore. Para ela, a implantação de políticas públicas deve ser assim: ouvir quem realmente vive nas cidades, para que todos os cidadãos possam ir e vir. “Estamos desenvolvendo um projeto inovador, voltado para a comunidade, pensando no planejamento urbano moderno e ordenado, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos campo-grandenses por meio da mobilidade urbana”, afirma a Diretora de Planejamento e Monitoramento da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Mariana Massud. O projeto será desenvolvido em uma escala de bairros, sendo a referência para uma rede de rotas acessíveis, para conectar os equipamentos públicos, parques e praças, locais com concentração de comércio e serviço aos pontos e rotas de transporte coletivo. O bairro Coophavila II foi o local escolhido para a implementação desse projeto piloto, com base na quantidade de moradores cadastrados como beneficiários do transporte coletivo (Pessoas com Deficiência (PCDs) e idosos) do Consórcio Guaicurus; na demanda de equipamentos mais acessados de acordo com o Cadastro Municipal da Pessoa com Deficiência; e no Índice de Exclusão Social, observados principalmente os indicadores de Pobreza do Chefe de Família e Desigualdade de Renda. “A participação da comunidade tem sido valiosa para a construção coletiva do nosso Plano de Rotas Acessíveis. Buscamos, dentro do grupo de trabalho, expandir o olhar técnico e trazer para a discussão as reais dificuldades que as pessoas com deficiência, mulheres, meninas e outros grupos vulneráveis enfrentam ao se deslocar pela cidade”, pontua a coordenadora do Grupo de Trabalho do Plano de Rotas Acessíveis, Raína de Alencar Menezes. Projeto Cidade Presente O principal objetivo do Projeto Cidade Presente é apoiar e promover o desenvolvimento urbano integrado, focado no cidadão, a partir da integração de setores relevantes. Compreende-se por desenvolvimento urbano integrado o processo coordenado de articulação de políticas públicas, planos, programas e projetos setoriais nas cidades, de integração multinível e de melhoria do desenho urbano num determinado território, de modo a viabilizar a urbanização inclusiva, resiliente, próspera e sustentável. Juntamente com o Projeto ANDUS, que acaba de entrar em uma nova fase de implementação, o Cidade Presente faz parte do portfólio da Transformação Urbana da GIZ Brasil. Este catálogo é formado por projetos voltados para o desenvolvimento sustentável e resiliente ao clima nas cidades brasileiras, além de trabalhar temas como financiamento verde, mobilidade urbana, agenda ambiental nas cidades, entre outros. Plano de Rotas Acessíveis O Estatuto da Cidade – Lei Federal n. 10.257, de 10 de julho de 2001 instituiu a obrigatoriedade de elaboração do Plano de Rotas Acessíveis para todos os municípios que possuem Plano Diretor. Em Campo Grande, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental também estabeleceu em sua Política Municipal de Mobilidade e Acessibilidade Urbana a elaboração do Plano de Rotas Acessíveis, em conformidade com o Estatuto da Cidade. Com o objetivo de implantar passeios públicos qualificados e acessíveis, conectados aos equipamentos públicos e interligados ao transporte coletivo, o Plano de Rotas Acessíveis deve garantir a autonomia, o conforto e a segurança para as atividades cotidianas das Pessoas com Deficiência (PCD) e/ou mobilidade reduzida, mulheres, meninas e outros grupos vulneráveis. Para elaboração do plano, foi instituído um Grupo de Trabalho (GT) dentro do Comitê de Acessibilidade e Mobilidade Urbana (COAMU), composto por membros técnicos da Planurb, Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos (Sugepe). Participam também outras secretarias, o Conselho Municipal da Cidade (CMDU), instituições e grupos representantes do público prioritário do Plano de Rotas Acessíveis, construindo coletivamente as diretrizes e metas do plano.

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“Paraguai tem pressa e MS também”, avalia Paulo Corrêa sobre a Rota Bioceânica

A Rota Bioceânica é nossa prioridade número um. A ponte sobre o Rio Paraguai já está 25% executada, com previsão de conclusão para meados de 2025, e ficou claro nesse encontro que tanto o Paraguai quanto Mato Grosso do Sul têm pressa de ver essa ponte concluída e nossas relações comerciais ampliadas”, pontuou o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) após reunião com o presidente eleito, Santiago Peña, e o governador Eduardo Riedel, nesta quarta-feira (5), em Assunción, capital paraguaia. Conforme o 1º secretário da Assembleia Legislativa, que é cidadão paraguaio desde 2000, também foi discutido a possibilidade de se fazer a dragagem – técnica que consiste na limpeza, desassoreamento, alargamento e remoção de sedimentos de fundo de rios – para permitir a navegação via fluvial o ano todo. “É um projeto de peso que vai possibilitar que a gente escoe nossos produtos também pela hidrovia, garantindo redução de tempo de transporte e maior competitividade”, avalia. O parlamentar também convidou Santiago Peña para uma visita a Mato Grosso do Sul, em setembro. “Fazer uma rodada de negócios em Campo Grande e, depois, se ele aceitar meu desafio, dançar uma polca paraguaia lá na Colônia Paraguaia, em memória do saudoso amigo deputado Cabo Almi, um grande incentivador da colônia nesta Casa”, lembrou. Compromisso bilateral Na avaliação do governador Eduardo Riedel, o compromisso bilateral entre Mato Grosso do Sul e Paraguai vai trazer benefícios e vantagens em setores como infraestrutura, comércio, turismo e cultura. “Também discutimos aspectos sanitários do nosso rebanho, da nossa agricultura, assim como agilização das questões aduaneiras, aqui na nossa embaixada do Brasil”, completou. Ponto chave para viabilizar a Rota Bioceânica, a ponte internacional é financiada pela Itaipu Binacional e envolve, atualmente, cerca de 450 trabalhadores, que realizam diversas atividades nas duas margens do Rio Paraguai. Com valor estimado de US$ 85 milhões a estrutura terá uma extensão de 1.294 metros, dividida em três pontos, dois constituirão os viadutos de acesso de ambos os lados, e um corresponderá à parte estaiada, com 632 metros de comprimento, com vão central de 350 metros. Também fizeram parte da comitiva do Estado o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, os deputados Gerson Claro, presidente da ALEMS, e Lidio Lopes, além da prefeita da Capital, Adriane Lopes. O convite foi feito pelo embaixador brasileiro no Paraguai, José Antônio Marcondes.

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Com foco na rota bioceânica, governador Riedel discute parcerias econômicas com presidente eleito do Paraguai

O governador Eduardo Riedel participou nesta quarta-feira (05) de encontro com o presidente eleito do Paraguai, Santiago Penã. O evento ocorreu em Assunção, na Embaixada do Brasil no Paraguai. Entre os temas centrais estava o trabalho em conjunto para viabilizar a rota bioceânica, assim como parcerias que podem render frutos econômicos para ambas as partes. Esta agenda bilateral entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai vai trazer benefícios e vantagens em setores como infraestrutura, comércio, turismo e cultura. “Estivemos neste encontro com o presidente eleito do Paraguai, tratando dos interesses do Mato Grosso do Sul. Nossa conversa passou por vários assuntos, como rota bioceânica, a hidrovia tão importante para o Paraguai e Brasil, assim como intercambio não só cultural, mas comercial entre os dois países”, afirmou o governador. Riedel agradeceu a recepção na Embaixada e avaliou o dia como produtivo para Mato Grosso do Sul. “Também discutimos aspectos sanitários do nosso rebanho, da nossa agricultura, assim como agilização das questões aduaneiras, aqui na nossa embaixada do Brasil”, completou. Também fizeram parte da comitiva do Estado o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, o presidente da Assembleia, o deputado estadual Gerson Claro e os deputados Lídio Lopes e Paulo Corrêa, além da prefeita da Capital, Adriane Lopes. O convite foi feito pelo embaixador brasileiro no Paraguai, José Antônio Marcondes. Rota bioceânica O principal projeto em pauta é o corredor bioceânico, que vai ligar Mato Grosso do Sul aos países do Paraguai, Argentina e Chile, encurtando o caminho para o Oceano Pacífico. As obras para tornar este sonho realidade já estão em andamento, tendo apoio e participação efetiva do Estado. O Governo do Estado inclusive está investimento de mais de R$ 80 milhões em obras na cidade de Porto Murtinho, onde está se construindo a ponte sobre o Rio Paraguai, na divisa com o município de Carmelo Peralta (Paraguai). Esta obra financiada pelo Itaipu Binacional é ponto chave para viabilizar a rota. Ela (ponte) segue em várias frentes de trabalho e registra atualmente um avanço de 24,68% em nível geral. Aproximadamente 450 pessoas trabalham no local, realizando diversas atividades nas duas margens do Rio Paraguai, que já começa a transformar todo o seu entorno com o andamento do projeto. Com valor estimado de US$ 85 milhões a estrutura terá uma extensão de 1.294 metros, dividida em três pontos, dois constituirão os viadutos de acesso de ambos os lados, e um corresponderá à parte estaiada, com 632 metros de comprimento, com vão central de 350 metros.

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No Paraguai, Prefeita Adriane Lopes destaca papel de Campo Grande na Rota Bioceânica

Em agenda oficial no Paraguai nesta quarta-feira (5), onde se reuniu com o presidente eleito Santiago Peña, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, voltou a reforçar o papel estratégico de Campo Grande na consolidação da Rota de Integração Latino Americana (RILA). Por sua localização geográfica central em relação ao corredor rodoviário, pela oferta de recursos humanos e oportunidades de negócios, a Capital sul-mato-grossense é o local ideal para a instalação de escritórios de negócios, centros de apoio e de logística para a operacionalização deste novo eixo de desenvolvimento. A Prefeita afirma que Campo Grande está se preparando para ser um hub logístico e centro de distribuição de mercadorias, gerando economia e eficiência para atender as empresas brasileiras e dos demais países, como o Paraguai, que se beneficiarão deste caminho para curso dos países asiáticos, grandes importadores de grãos, fibras, proteínas e minérios brasileiros. O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, assumiu durante o encontro, o compromisso de parceria do seu país com Campo Grande. “Minha atenção estará muito mais focada em departamentos [estados] que fazem limite com o Paraguai. Vou dedicar muito da minha atenção no processo de integração com estes países. E acredito que o maior projeto de integração seja a hidrovia. Vamos caminhar juntos nos próximos anos para que Campo Grande, Mato Grosso do Sul e Paraguai, juntos, tenham mais possibilidades comerciais. Já tenho inclusive um convite da Prefeita Adriane para, em breve, visitar a Capital de MS”. Participaram da reunião em Assunção, o embaixador brasileiro no Paraguai, José Antônio Marcondes, o governador Eduardo Riedel, o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro; os deputados estaduais Paulo Correa e Lídio Lopes e a subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos de Campo Grande, Catiana Sabadin. Adriane Lopes salienta que a economia de Campo Grande dará um salto positivo com a viabilização da Rota, que deve estar operacional em dois ou três anos, mas que começa a ser preparada desde já. Prova disso foram as rodadas de negócios realizadas durante a Expogrande 2023, que reuniu delegações de diversos países, tais como Argentina, Bolívia, Paraguai, Portugal, Itália, Luxemburgo e Chile. Campo Grande é a 14ª Capital mais populosa do Brasil, com 897 mil habitantes, tem um PIB superior a R$ 30 bilhões, sedia 122.787 empresas ativas, sendo mais de 2.200 indústrias. Outro dado muito importante é que a Capital de Mato Grosso do Sul ocupa o primeiro lugar entre as 26 do país e o Distrito Federal, em menor taxa de desocupação. Com taxa de 3,4%, Campo Grande assume a liderança registrando o menor número para um 1° trimestre, desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a divulgação da Pesquisa por Amostra de Domicílios Trimestral (PNAD-T). “Assumimos a primeira posição entre as capitais mostrando que somos a que mais avança na oferta e em políticas de promoção de Oportunidades, e que estamos nos transformando em um polo de crescimento e de geração de novos negócios. No ano passado ampliamos em mais de 10 mil o número de empresas ativas e seguimos crescendo, o resultado não poderia ser outro senão bons números de empregabilidade”, indica a prefeita Adriane Lopes. Polo de conhecimento com diversas instituições de ensino superior, a Capital está em 1º lugar em segurança no Ranking Connected Swart Cities e é apontada como a 7ª Melhor Capital para se viver do Brasil, além de ser reconhecida como Cidade Árvore do Mundo (Cities of the Word) e é a 1ª no Ranking de Serviços e Cidades Inteligentes. Para captar as oportunidades geradas pela Rota Bioceânica, Campo Grande abre 20 cursos presenciais e 80 cursos on-line para mais de 10 mil jovens que quiserem se capacitar, notadamente visando às oportunidades de mercado que a Rota Bioceânica trará.

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Balanço positivo da viagem à Europa, mas acordo comercial é incerto

Em semana com agenda diplomática cheia na Itália e na França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um balanço positivo da política externa. Especialistas ouvidos pelo Correio reconhecem que as viagens de Lula recolocam o Brasil no cenário internacional, porém, eles veem entraves no fechamento do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE), que vem sendo negociado há 24 anos, mas resiste às exigências ambientais impostas pelo bloco europeu. Além do acordo comercial entre os dois blocos — uma das prioridades da agenda petista — e da agenda ambiental, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a busca de negociações com ditaduras na América Latina estiveram entre os principais assuntos dos encontros do presidente brasileiro com as autoridades europeias e com o papa Francisco. Ontem, antes de retornar ao Brasil, em entrevista aos jornalistas sobre o balanço da viagem, o chefe do Executivo contou que o presidente francês, Emmanuel Macron, reconheceu que também encontra dificuldades internas para aprovar o acordo comercial junto ao Congresso. A França lidera os entraves feitos pela UE. Poucos dias antes da visita oficial de Lula a Paris, a assembleia francesa aprovou, com ampla maioria, um veto político à assinatura do acordo, passo pendente nas negociações. “Se a gente puder conversar com os nossos amigos mais à esquerda para poder ajudar, para que seja aprovado o acordo do Mercosul, nós vamos fazer”, frisou Lula.

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Putin firma pacto com o Grupo Wagner e põe fim à rebelião

Os mercenários do Grupo Wagner, comandado pelo oligarca russo Yevgeny Prigozhin, estavam a 200km de Moscou. Eles ocuparam o quartel-general do Exército russo em Rostov-On-Don e garantiram que tomaram instalações militares da cidade de 1,2 milhão de habitantes, de onde várias incursões à Ucrânia foram planejadas. Também avançaram sobre a região de Lipetsk, a 400km da capital. Em uma reviravolta tão surpreendente quanto o início da rebelião contra o Kremlin, na noite deste sábado (24/6), Prigozhin ordenou que seus homens retornassem aos acampamentos, a fim de evitarem um “banho de sangue”. “Não derramamos uma única gota de sangue dos nossos combatentes. Agora é a hora em que o sangue pode correr. Por isso, nossas colunas recuam, para retornarem aos acampamentos, de acordo com o nosso plano”, declarou o líder do Grupo Wagner. 

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Desmatamento na Amazônia coloca JBS na mira do Senado nos EUA

Durante audiência pública nesta quinta-feira (22) do Comitê de Finanças do Senado dos Estados Unidos, sobre cadeias produtivas de gado e desmatamento da Amazônia, a empresa brasileira foi denunciada por práticas como suborno, desmatamento ilegal e exploração de trabalhadores. A JBS foi representada em Washington pelo diretor global de Sustentabilidade, Jason Weller. Os depoimentos de congressistas e pesquisadores colocam em risco até mesmo a reputação de outros players da cadeia brasileira de proteína animal, mostrando que os escândalos associados à JBS no país podem comprometer o comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos. Rick Jacobsen, gerente de Política de Commodities da Agência de Investigação Ambiental dos EUA, contou em seu depoimento que a JBS controla matadouros ilegais dentro da Reserva Extrativista Jaci-Paraná, uma unidade de conservação em Rondônia, segundo informa a Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Alguns desses matadouros, segundo Jacobsen, exportam carne bovina para os Estados Unidos. “Nossas descobertas, e as de vários outros grupos da sociedade civil e meios de comunicação, conectam os pontos entre o desmatamento ilegal sistêmico ocorrido em Rondônia e em toda a região amazônica e ilustram o alto risco associado à carne bovina e ao couro do Brasil”, disse o Jacobsen. “Os EUA precisam estabelecer requisitos mais rígidos de rastreabilidade e transparência para produtos de alto risco que entram em nosso mercado”, propôs. Leo McDonnell, proprietário da produtora de rações McDonnell Angus, denunciou que quase um terço do gado adquiridos pela JBS no estado do Pará tem origem em fazendas com irregularidades como desmatamento ilegal e trabalho análogo à escravidão. “As autoridades brasileiras já resgataram 523 vítimas de trabalho forçado este ano”, disse McDonnell ao mostrar imagens das camas dos funcionários colocadas sobre galões de lubrificantes na fazenda Rodoserv IV, em Naviraí (MS), fornecedora de gado para os frigoríficos da JBS. McDonnell relembrou o relatório de 2017 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que na época realizou uma auditoria no mercado brasileiro de carne bovina. No total, mais de 1,9 milhão de quilos de carne bovina brasileira foi rejeitado devido a preocupações de saúde pública, condições sanitárias deficitárias e problemas de saúde animal. “O Brasil falhou em várias categorias em relação ao seu comércio com os EUA, incluindo supervisão, autoridade estatutária, segurança alimentar, saneamento, análise de perigos e pontos críticos de controle, resíduos químicos e programas de testes”, destacou o representante da McDonnell Angus. Em seu depoimento, McDonnell denunciou ainda práticas predatórias de mercado da JBS, lembrando que os proprietários Joesely e Wesely Batista chegaram a admitir gastos de aproximadamente US$ 150 milhões para subornar mais de 1.8 mil funcionários do governo brasileiro. O objetivo era garantir US$ 1,3 bilhão em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de fundos de pensões. “Por meio dessas atividades fraudulentas, é relatado que a JBS garantiu fundos suficientes para começar a comprar 40 empresas rivais em quatro países”, disse McDonnell. Escândalos nos EUA Pesquisadores estimam de forma conservadora que a pegada total de desmatamento da JBS na Amazônia desde 2008 pode chegar a 200 mil hectares em sua cadeia de fornecimento direta e 1,5 milhão de hectares em sua cadeia de fornecimento indireta. Essas estimativas ajudam a tornar a JBS a empresa com classificação mais baixa no ranking de desmatamento associado à pecuária da organização ambiental Mighty Earth, marcando apenas um ponto em 100 possíveis. No início do ano, a própria Mighty Earth entrou com uma representação na SEC (Securities and Exchange Commission), a “CVM” americana, em que pede a abertura de uma investigação sobre os mais de US$ 3 bilhões em bonds que a JBS emitiu nos Estados Unidos. Os títulos são vinculados a metas de sustentabilidade da empresa e, segundo o documento entregue à SEC, correspondem a emissões “enganosas e fraudulentas”. Ainda este ano, a Packers Sanitation Services, empresa responsável pela limpeza de fábricas nos EUA da JBS foi multada em fevereiro em US$ 1,5 milhão pelo uso de mão de obra infantil imigrante no País. A investigação, conduzida desde agosto do ano passado, constatou a presença de ao menos 100 crianças entre 13 e 17 anos de idade em ocupações perigosas. Algumas delas foram encontradas com queimaduras nas mãos devido à exposição a produtos químicos de limpeza. Os seguidos escândalos envolvendo a holding dos irmãos Batista vêm levando congressistas norte-americanos a solicitar ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) um processo de suspensão contra empresas ligadas à JBS. Os pedidos começaram ainda em 2020, quando a JBS pagou uma multa de US$ 256,5 milhões por violar a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA) dos Estados Unidos. Segundo promotores, as propinas pagas por executivos da holding brasileira para autoridades governamentais de alto escalão superaram US$ 150 milhões.

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Maior site chinês debocha do Exército Brasileiro

Em 5 de junho, uma delegação de 18 militares das Forças Armadas da China visitou o Quartel-General do Exército Brasileiro, na capital federal, para a elaboração de “estudos estratégicos”. Três dias depois, o maior site chinês debochou das Forças Armadas do Brasil. “O quarto lugar é o Brasil, um país bem conhecido no mundo”, escreveu o site Sohu.com, referindo-se à lista de piores Exércitos. “Pode-se dizer que o Brasil joga muito bem no futebol. No entanto, em questões como guerra, o Brasil não é muito bom.” Adiante, os chineses argumentam que o Exército Brasileiro teria se comportado de maneira “desleixada” na Segunda Guerra Mundial. Citam também os “grandes problemas com a aparência dos uniformes dos militares”. “Não parecia que estavam ali para lutar, mas apenas brincando de casinha”, diz o texto. Tentativa de aproximação “A cooperação militar entre o Brasil e a China tem uma longa história, e esta visita visa a aprofundar ainda mais as relações”, disse o general Soares, chefe do Estado-Maior do Exército, quando a delegação chinesa desembarcou em território brasileiro. A passagem dos generais chineses pelo Brasil incluiu ainda uma visita ao Rio de Janeiro, onde os militares conheceram a Escola Superior de Guerra (ESG) e o Forte de Copacabana. É comum o intercâmbio entre as Forças Armadas da China e do Brasil | Foto: Divulgação/Centro de Comunicação Social do Exército Zheng He, general sênior da Universidade de Defesa Nacional, chefiou a comitiva. O general Zhang Linhong, adido militar da Embaixada da China no Brasil, acompanhou a visita. No Quartel-General de Brasília, a delegação chinesa foi recebida pelo chefe do Escritório de Projetos do Exército, general de brigada Rocha Lima. No evento, a comitiva assistiu a apresentações sobre as características e os projetos estratégicos da Força. Generais chineses no Brasil, militares brasileiros na China O Exército Brasileiro enviou dois coronéis para participarem do Simpósio de Altos Oficiais Militares da América Latina e do Caribe. O evento ocorre entre 20 de maio e 9 de junho, nas cidades de Pequim, Xi’an, Wuhan e Xangai, na China. Segundo as Forças Armadas, o objetivo é fortalecer a cooperação entre os países. A China ajudou a pagar parte dos custos com o envio dos oficiais brasileiros. Segundo as Forças Armadas, a “missão” é de natureza militar.

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Agronegócio do Brasil tem receita recorde com exportações de soja

O agronegócio do Brasil faturou US$ 8 bilhões com as exportações de soja de maio de 2023. É um recorde mensal para o setor, o resultado faz parte de um levantamento feito por Oeste em dados oficiais. A receita de faturamento de US$ 9 bilhões aparece nos dados preliminares da balança comercial do país. De acordo com o histórico do governo federal, também ocorreram em 2023 o segundo e a terceiro maior faturamento mensal do agronegócio do Brasil com exportações de soja. Elas foram registradas em abril e março: US$ 7,7 bilhões e US$ 7,3 bilhões, respectivamente. Atualmente, o país é o maior produtor mundial desse grão que é amplamente utilizado pela indústria. Sua aplicação industrial envolve desde a produção de farelo e óleo até o uso como insumo na fabricação de componentes mais complexos. Entre eles, pasta de dentes e pneus para carros. Na pecuária, ele serve para nutrição animal de aves e suínos. A pujança da produção de soja da agropecuária brasileira é, por exemplo, uma das grandes responsáveis pelo país liderar o mercado global de carne de frango em todo o planeta. Além disso, esse grão é o carro-chefe do agronegócio do Brasil. No mês de maio, por exemplo, a receita com exportações de soja correspondeu a X% de todo o faturamento do Brasil com as vendas a agropecuária nacional ao mercado externo.

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Fronteira do Futuro: Governo de MS garante recurso de contrapartida para financiar obra emblemática

A gestão municipalista do Governo do Estado assegura desenvolvimento, investimentos e infraestrutura em todos os municípios de Mato Grosso do Sul. Em Ponta Porã, o governador Eduardo Riedel participou ontem (2) da assinatura das ordens de serviço para urbanização e revitalização da Linha Internacional, entre Brasil e Paraguai. A obra emblemática vai beneficiar diretamente o turismo de compras, e tornar o município – que fica na fronteira com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero – um destino ainda mais atrativo. A execução do projeto Fronteira do Futuro é financiada pelo Fonplata (Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata) com investimento de R$ 85 milhões. “Podemos, nos projetos conjuntos entre o Brasil e o Paraguai, melhorar cada vez mais. Esta parceria vai se fortalecer, não tenho dúvida alguma. O Estado vai garantir contrapartida. O Governo será parceiro para realizar esse sonho”, disse o governador Eduardo Riedel, que destacou a competência do atual secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, e ex-prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo, e ainda que a gestão manterá discussão de projetos de transformação que visem a modernização de Mato Grosso do Sul. “Vai resolver problemas e realizar um sonho do nosso município e da região de fronteira”, disse o titular da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística), Hélio Peluffo, destacando que a obra marcará gerações, eliminando 17 pontos de alagamentos com pelo menos 30 km de drenagem. “Está é uma das obras mais emblemáticas da fronteira, com um significado muito especial para todos que, assim como eu, cresceram cruzando quase diariamente essa linha internacional”, disse o prefeito de Ponta Porã, Eduardo Campos. Obra na Linha Internacional A urbanização e revitalização da Linha Internacional – obra executada pela Prefeitura de Ponta Porã -, que separa Ponta Porã de Pedro Juan Caballero (Paraguai), é considerada uma obra emblemática. Chamado de Polígono da Linha Internacional, o projeto inclui obras urbanísticas e de infraestrutura numa extensão de 5,7 km, além da instalação de equipamentos, como pista de caminhada, ciclovia e quadras de esportes, bem como um amplo estacionamento e espaços para a cultura e convivência. A obra deve valorizar e elevar o significado turístico e comercial da Linha Internacional, atraindo moradores e visitantes para esse espaço que une as duas cidades, além de trazer mais segurança e acessibilidade. Confira aqui o pool de imagens do evento em Ponta Porã Informações: Comunicação governo MS

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