Política

Presidente do Senado diz que fala de Barroso é “inadequada” e cobra retratação

O presidente da Casa Legislativa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou como “inadequada, inoportuna e infeliz” a fala do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a “derrota do bolsonarismo”. Para o senador, é necessária uma “retratação” por parte do magistrado. – A presença do ministro em um evento de natureza política, com uma fala de natureza política, é algo infeliz, inadequado, inoportuno. O que espero é que haja por parte do ministro Luís Roberto Barroso uma reflexão sobre isso e, eventualmente, uma retratação no alto da sua cadeira de ministro do STF e prestes a assumir a presidência da Suprema Corte – expressou-se em pronunciamento no Senado. Na avaliação de Pacheco, um ministro da Suprema Corte deve se “ater” ao seu papel e deixar as manifestações políticas para os “sujeitos políticos”. – Foi muito inadequado e inoportuna e infeliz a fala do ministro Barroso no evento da UNE em relação a um segmento político, uma ala política a qual eu não pertenço, mas que é uma ala política, a arena política se resolve com as manifestações políticas e com a ação política dos sujeitos políticos. O ministro do STF evidentemente deve se ater ao seu cumprimento constitucional de julgar aquilo que é demandado – analisou. Pacheco ainda reconheceu que a fala pode ser interpretada como um impedimento às condições de Barroso para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). – Olha, se não houver um esclarecimento em relação a isso, mesmo uma retratação quanto a isso, até para se explicar a natureza do que foi dito, evidentemente que isso pode ser interpretado como uma causa de impedimento ou de suspeição. Mas obviamente que isso cabe ao ministro e cabe ao judiciário julgar. Aí, eu que digo que eu não posso interferir nesse tipo de discussão – disse o senador. Questionado sobre o pedido de impeachment que a oposição quer protocolar contra o ministro, Pacheco afirmou que “apreciará” a solicitação “com toda a independência e decência que se exige numa apresentação desta natureza”. ENTENDAA declaração polêmica de Barroso ocorreu nesta quarta-feira (12), durante congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Na ocasião, o ministro recebeu vaias de um grupo ligado a profissionais da área de enfermagem e respondeu da seguinte forma: – Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas – declarou, gerando reação da oposição, que anunciou que pedirá o impeachment do magistrado.

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Prestação de Contas: Com alta na receita, Poderes cumprem lei em gasto com pessoal

Os valores destinados ao pagamento dos servidores públicos de Mato Grosso do Sul em 2022 e no início deste ano comprometeram percentuais inferiores aos limites estabelecidos em lei. Esse desempenho, que decorre de aumento da receita, acumulada em R$ 19 bilhões até abril deste ano, foi informado à Comissão Permanente de Acompanhamento da Execução Orçamentária da Assembleia Legislativa, durante reunião realizada na tarde desta quarta-feira (12) no plenarinho da Casa de Lei. No encontro, conduzido pelo presidente da Comissão, deputado Neno Razuk (PL), técnicos do Poder Executivo, do Ministério Público (MPMS), do Tribunal de Justiça (TJMS), do Tribunal de Contas (TCE-MS) e do Legislativo apresentaram relatórios fiscais dos três quadrimestres de 2022 e do primeiro quadrimestre de 2023. “Como estabelece a lei, os Poderes devem prestar contas para o Poder Legislativo para que possamos acompanhar se as despesas foram feitas de maneira correta, se as metas fiscais foram cumpridas. Esse é o papel da Casa de Leis. É dessa forma que, através desta Comissão, vamos receber esses relatórios e prestar contas com a população”, afirmou Neno Razuk. Conforme a Lei Complementar 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a despesa total com pessoal não pode exceder, em se tratando dos Estados, 60% da receita corrente líquida. Esse percentual é assim distribuído entre os Poderes da esfera estadual: 49% para o Executivo, 6% para o Judiciário, 3% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas, e 2% para o Ministério Público. Metas cumpridas Todos os Poderes tiveram despesas com folhas de pagamento abaixo dos limites da LRF. Isso se relaciona à situação fiscal equilibrada do Estado, com aumentos consideráveis da arrecadação. A receita corrente líquida estadual acumulou nos últimos 12 meses, encerrados em abril, R$ 19,07 bilhões, alta de 14,4% na comparação com o valor acumulado até o primeiro quadrimestre de 2022, de R$ 16,67 bilhões. Os valores foram informados pela superintendente de Contabilidade Geral do Estado, Oraide Serafim Baptista Katayama. A variação da despesa com o pagamento dos servidores, no entanto, ficou acima do crescimento relativo da receita. No primeiro quadrimestre, esse gasto foi de R$ 7,618 bilhões, o que representa avanço de 17,61% na comparação com os R$ 6,477 bilhões referentes a igual período do ano anterior. Apesar dessa alta na folha de pagamento, a despesa total com pessoal comprometeu, neste ano, 40,02% da receita, abaixo dos limites fixados pela LRF, que são de 44,1% (limite de alerta), 46,55% (prudencial) e de 49% (máximo). O Poder Judiciário também cumpriu a lei, com despesas com pessoal abaixo do determinado pela LRF, conforme relatório apresentado pelo diretor de Finanças do TJMS, Gilberto Cavalcante. O comprometimento da receita estadual com pagamento do pessoal do TJMS vem caindo. Na comparação entre o terceiro quadrimestre de 2021 e mesmo período de 2022, o índice reduziu de 4,73% para 4,57%. Até abril deste ano, os gastos com a folha acumularam, em 12 meses, R$ 855,31 milhões. Esse valor representou 4,49% da receita, índice abaixo ao do mesmo intervalo do ano anterior, que foi de 4,65%, com despesa de R$ 774,93 milhões. O Ministério Público, do mesmo modo, também destinou à folha de pagamento percentual inferior aos limites da lei. De acordo com a promotora de Justiça, Bianka Karina Barros da Costa, em 12 meses, findados no primeiro quadrimestre deste ano, o órgão contabilizou despesa total com pessoal de R$ 271,61 milhões. Esse gasto representou 1,43% da receita estadual, abaixo dos limites máximo (2%), prudencial (1,90%) e de alerta (1,80%), determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O gerente de Contabilidade do TCE-MS, Donizete Cristóvão, que apresentou o relatório do órgão, informou situação semelhante. A parcela da receita destinada aos gastos com pessoal apresenta trajetória decrescente: 1,06% (dezembro de 2021), 1,04% (abril de 2022), 1% (agosto de 2022), 0,97% (dezembro de 2022) e 0,90% (abril de 2023). Os limites, determinados pela LRF ao Tribunal de Contas do Estado, são de 1,32% (máximo), 1,25% (prudencial) e de 1,19% (alerta). Até abril deste ano, no acumulado dos últimos 12 meses, a despesa total do TCE-MS com pessoal foi de R$ 170,85 milhões. A última prestação de contas, do Poder Legislativo, foi feita pelo secretário de Finanças e Orçamento da Casa de Leis, Jericó Vieira de Matos. Ele informou que a despesa total com pessoal acumulada em 12 meses até abril deste ano foi de R$ 192,712 milhões. Esse gasto correspondeu a 1,01% da receita corrente líquida estadual. Esse índice é inferior aos estabelecidos pela LRF, que são de 1,68% (máximo), 1,60% (prudencial) e 1,51% (limite de alerta). Confira, nos links abaixo, os relatórios na íntegra: Poder Executivo Tribunal de Justiça Ministério Público Tribunal de Contas Assembleia Legislativa: 2022 e 2023 Acompanhe a íntegra da prestação de contas no vídeo abaixo:

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Na canetada, MEC acaba com escolas cívico-militares

O Governo Federal enviou às Secretarias de Educação dos estados ofício que encerra o programa de funcionamento das escolas cívico-militares criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Sem informações que justifiquem a medida, o texto endereçado aos gestores educacionais das unidades federativas informa que houve a realização de processo de avaliação sobre o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares por parte da Secretaria de Educação Básica, Ministério da Educação e o Ministério da Defesa, e que ao final da reunião “foi deliberado o progressivo encerramento do Programa”. O ofício explica que haverá “desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvidos em sua implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao Programa” e que serão adotadas medidas para possibilitar o encerramento do ano letivo dentro da normalidade necessária.

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Aldo Rebelo critica ONGs: ‘garantem interesses de outros países na Amazônia’

O ex-deputado federal e ex-ministro das gestões dos petistas Lula e Dilma, Aldo Rebelo, afirmou que “se surpreendeu negativamente” com a situação de Organizações não Governamentais (ONGs) na Amazônia. A declaração de Rebelo foi feita nesta terça-feira (11) durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, que investiga falcatruas das organizações com dinheiro público no território amazônico. O ex-ministro disse que, atualmente, a Amazônia se divide em três Estados paralelos: Segundo Aldo, o fundamento das organizações é garantir interesses de outros países na floresta. “Essas ONGs são apenas um instrumento, os interesses que elas representam estão lá fora. Se alguém perguntar se isso não é teoria da conspiração, a história da Amazônia é de conspiração, a Amazônia é cobiçada antes de ser conhecida”, afirmou.

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Jair Bolsonaro publica foto com Tarcísio e encerra “novela”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu amigo, o ex-ministro da Infraestrutura e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), parecem ter encerrado a rusga gerada por discordância sobre a votação da reforma tributária. Na manhã deste domingo (9), Tarcísio chamou o ex-chefe do Executivo de “amigo” e expressou eterna gratidão por seu apoio político. – Sempre serei leal ao presidente, sempre serei grato ao presidente, sempre terei gratidão. Se eu estou aqui, eu devo a ele – disse o governador durante evento de celebração à Revolução de 1932. Após o reconhecimento público do chefe do Executivo paulista, Bolsonaro retribuiu e pôs fim a chance de qualquer burburinho ser promovido por adversários políticos quanto à relação entre os dois. O ex-presidente compartilhou em seu Instagram uma imagem com o então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ambos se abraçando. A publicação relembra a realização de obras de duplicação na BR-386/RS. Na postagem, Bolsonaro fez questão de marcá-lo.

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Governo Lula e Kassab sonham com divisão bolsonarista

Por razões diferentes, Planalto e Gilberto Kassab, presidente do PSD, sonham com o rompimento de Tarcísio de Freitas com o PL e o próprio Jair Bolsonaro. A esperança se fortaleceu após as hostilidades contra o governador de São Paulo desta quinta (6) nas redes sociais e durante reunião na sede do PL em Brasília. Para Kassab, empurrado para fora da direita, Tarcísio poderia virar um candidato competitivo do PSD em 2026. Para o Planalto, o rompimento cumpre o papel de enfraquecer a direita. Tarcísio é grato a Bolsonaro, por sua eleição em São Paulo, e sabe que o preço do rompimento seria muito alto. Quem fez isso se deu muito mal. Políticos do PL que se destacaram nos ataques a Tarcisio aspiram candidatura a prefeito, em 2024, e até a presidente, na sucessão de Lula. Reforma Tributária foi o tema mais comentado nas redes sociais, mas sob domínio bolsonarista. Não havia defesa da reforma, só críticas.

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Beto Pereira: “O Carf é um tema complexo, cheio de particularidades. O relatório traz muitas inovações e vai possibilitar um bom debate”

O deputado Beto Pereira (PSDB-MS), relator do projeto sobre o voto de desempate nas decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), disse que a proposta ainda será modificada até a votação no plenário. O Carf é a última instância administrativa das punições da Receita Federal. “O Carf é um tema complexo, cheio de particularidades. O relatório traz muitas inovações e vai possibilitar um bom debate. Estou aberto às sugestões, e haverá uma evolução na formatação do texto em Plenário”, anunciou. O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que o projeto não seria votado nesta segunda-feira (3), mas deve ser analisado em plenário durante a semana. PUBLICIDADE “O Carf já está em discussão. A gente só precisa ter tempo, não vota hoje porque ainda não foi discutido com todas as bancadas, mas temos sessões convocadas até sexta-feira. De hoje até sexta, espero ter êxito em todas as matérias”, declarou à Agência Câmara. Sugestões do relatorEntre as inovações propostas pelo relator está a possibilidade de regularização espontânea de irregularidades tributárias. “O contribuinte leva à Receita o débito não autuado ainda pela Receita e ganha a possibilidade de parcelamento”, disse Beto Pereira. Ele explicou que essa denúncia espontânea não pode ser considerada um novo Refis, por se tratar de irregularidades que sequer foram autuadas pela Receita. Outra mudança defendida pelo relator é a possibilidade de parcelamento pelo contribuinte. “Quando o Carf chegar ao empate, terá a decisão pró-Fisco, mas dando ao contribuinte vantagens na negociação do seu debito: abate de juros e multa, e o direito ao parcelamento”, disse. DesempateA proposta, que tranca a pauta do Plenário, retoma o voto de qualidade do governo quando houver empate nas decisões do Carf. Desde 2020, o empate beneficia o contribuinte. O relator afirmou que apenas 5% das decisões do Carf ocorreram nos últimos anos por meio do voto de qualidade e, portanto, não há como avaliar os impactos financeiros da mudança. O governo estima em R$ 59 bilhões de perdas para os cofres públicos com a reversão de decisões da Receita a partir do voto a favor do contribuinte. Beto Pereira disse ainda que o papel do Parlamento é mediar a melhor relação entre governo e contribuinte, e não apenas engordar os cofres públicos. “Não estamos tratando este projeto como uma medida com impacto financeiro, mas como uma política de Estado necessária para que haja equilíbrio entre as decisões do Fisco e do contribuinte, ou seja, para diminuir o contencioso.”

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‘Estou na UTI, não morri ainda’, diz Bolsonaro sobre inelegibilidade

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (3) que está na “UTI” e que ainda “não morreu”. A declaração foi em entrevista à Jovem Pan após ser questionado sobre quem ele apoiaria na próxima eleição presidencial, em 2026, depois de ser considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, não é “justo” ser cobrado a já declarar apoio a algum eventual candidato, como a esposa, Michelle Bolsonaro (PL), ou ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. “Não é justo, eu estou na UTI ainda, não morri ainda, alguém já querer dividir o meu espólio”, disse. Ainda sobre o assunto, Bolsonaro declarou que até o momento, nenhum nome tem capilaridade nacional. Bolsonaro argumentou que nenhum nome tem capilaridade nacional. “Não tem nenhum nome ainda com conhecimento do Brasil todo para fazer o que eu fiz ao longo dos quatro anos. Bons nomes apareceram, mas não tem ainda esse carimbo para falar para o Brasil todo: ‘Estamos juntos para 2026′”, disse.

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CNI faz rica propaganda da reforma tributária que prejudica o Agro, direito negado ao Google

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) faz campanha publicitária rica de apoio à PEC 45, da reforma tributária, que só beneficia a indústria e prejudica o agronegócio e o setor de serviços. A iniciativa poderia ser considerada abusiva, com o poder econômico tentando influenciar a aprovação do projeto, mas a CNI não foi incomodada. Bem diferente do Google, que responde a inquérito porque criticou a proposta de “combate a fake news”, que na verdade reintroduz a censura no País. Ao se opor ao Projeto da Censura, o Google foi obrigado a deletar o conteúdo, sob ameaça do governo de multa de R$1 milhão por hora. Foi considerado “abuso de poder econômico” das big techs o suposto “ilícito” de “contribuição com a desinformação”. A CNI não foi acionada.

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Reforma tributária ameaça tirar R$177 bilhões dos municípios e seus líderes calam

Entre os chamados “entes” da federação do Brasil, os municípios serão os grandes perdedores caso seja aprovada no Congresso a reforma tributária do governo Lula (PT). Estudo realizado pelo ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro aponta que o projeto em discussão prevê aumento de arrecadação para a União e para os Estados, mas os municípios devem perder dois terços da arrecadação com tributos. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Municípios devem perder mais de R$177 bilhões em arrecadação por ano no total, prevê o estudo do ex-presidente do BNDES. A arrecadação federal deve aumentar quase 10%, mais cerca de R$37 bilhões por ano, e os Estados 28%, mais R$140 bilhões.

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