A taxa de desocupação no Brasil no primeiro trimestre de 2024 foi de 7,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse modo, com queda de 0,9 ponto percentual em relação aos 8,8% apurados no mesmo período no ano passado, o País tem o menor índice de desemprego em dez anos.
Isso porque desde 2015 não havia taxa de desocupação abaixo de 8% da população (confira gráfico abaixo). Entre 2016 e 2022, o desemprego oscilou entre 11,1% e 14,9% – sempre se tratando do período janeiro a março de cada ano.
O dado sobre o desempenho do emprego, que já havia sido divulgado no final de abril, foi agora reforçado pelos recortes regionais apresentados na sexta-feira (17/5) pelo IBGE.
A leitura regionalizada da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do primeiro trimestre deste ano mostrou queda do desemprego em 23 unidades da federação (22 estados e DF) entre janeiro e março. A taxa, portanto, só apresentou elevação em quatro estados – Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul –, como se pode ver na tabela postada ao final deste texto.
Sempre na comparação com o primeiro trimestre de 2023, ou seja, na mesma base de análise entre este ano e o anterior. Essa é base mais adequada para se comparar o desempenho de um indicador tão importante para a economia do País. Ou seja, dentro da mesma sazonalidade.
Para uma melhor compreensão da importância da sazonalidade na análise, basta lembrar que o final de ano tem sempre um movimento mais aquecido que o início. Por exemplo: não se deve comparar volume de vendas de um shopping em um mês de dezembro com as vendas de novembro, mas sim com dezembro do ano anterior. Outro exemplo: um agricultor, para saber se a produção aumento ou caiu, compara as toneladas de cana colhidas em novembro com o mesmo mês no ano anterior, e não no mês anterior, já que é em novembro que ele realiza a colheita, e não em outubro.
Indicador por trimestre nos últimos dois anos – Brasil
1º trimestre desde o início da Pnad Contínua (2012-2014) – Brasil
Massa de rendimentos
Além disso, ainda segundo a Pnad Contínua Trimestral do IBGE, o rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 3.123 no 1º trimestre de 2024. Comparado com o período ente janeiro e março do do ano passado (R$ 3.004), o aumento médio real, ou seja, acima da inflação, é de 4% em um ano, conforme a pesquisa já divulgada pelo IBGE em 30 de abril.
Por sua vez, a massa de rendimento médio mensal real, de todos os trabalhos, habitualmente recebido foi estimada em R$ 308,3 bilhões – volume de injeção de recursos na vida das pessoas e, portanto, na economia, nunca antes alcançado. Frente ao primeiro trimestre de 2023 (R$ 289,1 bilhões), a massa de rendimento teve expansão de 6,64% na média nacional.
O estudo divulgado na sexta-feira (17/5) pelo IBGE, com recorte por estados, mostra que a massa de rendimentos foi igualmente superior em 23 unidades da federação, e menor em apenas quatro – Pernambuco, Piauí, Maranhão e Mato Grosso do Sul.
A tabela a seguir mostra o comportamento da taxa de desocupação, em baixa, e a massa de rendimentos, em alta, por unidades da federação, comparando o primeiro trimestre deste ano com o do ano anterior.
Pnad Contínua trimestral – Clique aqui e veja a pesquisa completa do IBGE por estado.
Veja abaixo tabela resumida comparando desocupação e massa salarial no 1º trimestre de 2024 com igual período em 2023
Assista ao vídeo e entenda como é feita a pesquisa sobre desemprego do IBGE: