Quem é o ex-senador Telmário Mota?
Telmário Mota, de 65 anos, é formado em Economia pela Universidade Católica de Salvador. Atuou como assessor técnico da Corregedoria-Geral do Tribunal de Contas do Estado de Roraima (TCE-RR).
O ex-senador iniciou a trajetória na política em movimentos sociais, em 1990. Foi eleito pela primeira vez à Câmara Municipal de Boa Vista, assumindo o cargo de primeiro suplente em 2005. Em 2008, Mota foi o terceiro vereador mais votado da capital roraimense.
Nas eleições de 2010, Telmário (PDT) alcançou 54 mil votos, mas não foi eleito ao Senado. Já em 2014, em mais uma tentativa de chegar ao Legislativo federal por Roraima, foi o mais bem votado da história do estado, com 96.888 votos e conquistou o posto em Brasília.
Esteve nas fileiras de PSDC (1996-2005), PDT (2005-2017), PTB (2017-2019), PROS (2019-2023) e SOLIDARIEDADE. Ficou ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante parte do processo de impeachment, em 2016, quando estava filiado ao PDT. Com o andamento do processo, mudou de posição e votou a favor do impeachment.
O ex-senador Telmário Mota deixou a prisão na noite dessa quinta-feira (17) após a Justiça autorizar sua transferência para o regime domiciliar, com base em alegações de problemas graves de saúde física e mental. Condenado a oito anos e dois meses de prisão por importunação sexual contra a própria filha, Telmário também é investigado por suspeita de mandar matar a ex-companheira, Antônia Araújo de Sousa, assassinada três dias antes de prestar depoimento no caso que envolve a filha do casal.
Telmário Mota, que ocupou uma cadeira no Senado entre 2015 e 2023, foi preso em outubro do ano passado, acusado de estuprar a própria filha, que tinha 17 anos à época do crime, ocorrido em 2022. O caso ganhou contornos ainda mais graves quando, em setembro de 2023, Antônia Araújo, mãe da adolescente e uma das principais testemunhas no processo, foi executada com um tiro na cabeça na porta de casa, em Boa Vista (RR).
Antônia estava prestes a depor contra o ex-senador e vivia sob medida protetiva, que impedia Telmário de se aproximar dela e da filha. A polícia investiga o ex-parlamentar como mandante do crime, que teria sido articulado com o auxílio de uma assessora, responsável por monitorar a rotina da vítima. A motivação, segundo as autoridades, envolveria conflitos por pensão alimentícia e a tentativa de evitar o depoimento de Antônia contra Telmário.
Telmário Mota, que ocupou uma cadeira no Senado entre 2015 e 2023, foi preso em outubro do ano passado, acusado de estuprar a própria filha, que tinha 17 anos à época do crime, ocorrido em 2022. O caso ganhou contornos ainda mais graves quando, em setembro de 2023, Antônia Araújo, mãe da adolescente e uma das principais testemunhas no processo, foi executada com um tiro na cabeça na porta de casa, em Boa Vista (RR).
Antônia estava prestes a depor contra o ex-senador e vivia sob medida protetiva, que impedia Telmário de se aproximar dela e da filha. A polícia investiga o ex-parlamentar como mandante do crime, que teria sido articulado com o auxílio de uma assessora, responsável por monitorar a rotina da vítima. A motivação, segundo as autoridades, envolveria conflitos por pensão alimentícia e a tentativa de evitar o depoimento de Antônia contra Telmário.
Motivos de saúde
A defesa de Telmário alegou que ele sofre de diversas comorbidades, como hipertensão, artrose, hiperplexia, gastrite, cálculos biliares e transtorno depressivo moderado, com tendências suicidas. Os advogados sustentaram que o sistema prisional não oferece estrutura adequada para seu tratamento. Laudos médicos e uma perícia solicitada pelo Ministério Público embasaram o pedido de habeas corpus.
A solicitação foi aceita pelo desembargador Ricardo Oliveira, da Vara de Execução Penal de Roraima, que determinou a prisão domiciliar por 60 dias, com uso de tornozeleira eletrônica. Nesse período, Telmário só poderá deixar sua residência com autorização judicial ou para realizar tratamento médico. Ao fim do prazo, a medida será reavaliada pela Justiça.
Restou demonstrado que o paciente necessita de acompanhamento médico específico, o qual não vem sendo devidamente ofertado no sistema prisional, afirmou o desembargador.
Investigação segue em curso
Apesar da mudança no regime de prisão, Telmário continua sendo alvo de investigações pelo assassinato de Antônia. Ele nega envolvimento e sua defesa classifica a prisão como desproporcional.
O crime ocorrido em 29 de setembro de 2023 é tratado pelas autoridades como uma execução premeditada, motivada pela iminência do depoimento de Antônia em audiência marcada para 2 de outubro, no processo em que o ex-senador é acusado de abuso sexual. A Polícia Civil afirma que a morte da testemunha certamente beneficiaria o réu.
Aos 67 anos, Telmário Mota é economista e contador de formação. Iniciou a carreira política como vereador em Boa Vista e foi eleito senador em 2014. Em 2018, tentou o governo de Roraima, sem sucesso. Ficou conhecido por declarações polêmicas e episódios controversos, como a defesa de teorias conspiratórias, envolvimento com rinha de galos e festas em meio à pandemia.