Já não é de hoje que o ego inalado tem sido o principal adversário da direita sul-mato-grossense. Embates que ficaram marcados como o de Soraya contra Rodolfo, assim como Cel. David e os “caroneiros do extinto PSL” marcaram a curta vida política da direita no Estado.
Essa energia sabotadora que os rodeia, entregou a eleição para Eduardo Riedel (PSDB), quando na época, o atual governador contou com o apoio de Tereza Cristina (PP) e parlamentares do PL como Rodolfo Nogueira e Loester Trutis. Esse racha deixou o Capitão Contar isolado na direita, onde na época, contou com o apoio de João Henrique Catan (PL) e Marcos Pollon (PL).
Porém como um “virus”, a vaidade a direita do Estado deve rachar novamente nas eleições municipais. Na capital, os bastidores já comentam sobre a mobilização de parte dos aliados do Capitão Contar contra os do Deputado Federal Marcos Pollon. Segundo fontes, o ataque não é direto, mas aliados do Capitão estariam propagando que ele é o candidato mais forte, mesmo Pollon, sendo o campeão de votos da última eleição.
Além disso, o que tem incomodado Contar, é o fato de Pollon não ser um “caroneiro” e que o parlamentar tem acesso direto à família Bsonaro. Marcos Pollon que sempre foi um ideólogo representante da frente armamentos no Brasil, tem grande admiração e ligação com Eduardo Bolsonaro (PL), e isso preocupa o ex-parlamentar.
Além disso, Contar mesmo com o apoio declarado de Bolsonaro, foi surrado no segundo turno por Eduardo Riedel, e essa derrota tem custado a credibilidade do capitão para a eleição municipal.
Outro fator que pesa contra Renan Contar é seu partido, o PRTB, que teve uma cassação de chapa na última eleição. Por conta disso, o Deputado Estadual eleito Rafael Tavares, irá perder o seu mandato. Além disso fontes ligadas à Tavares, afirmam que as relações do mesmo com a esposa de Contar estão bem abaladas e que tanto o parlamentar quanto Iara Contar teriam jogado algumas “cartas na mesa” que poderiam complicar ambos os lados.
Com tudo, a falta de credibilidade em gerir um partido que ficou na família Contar seria outro agravante para afastar possíveis candidatos para o Legislativo municipal.
Perto de completar um ano para as eleições na Capital, o clima já se mantém ameno entre as alas ideológicas da direita, e esse excesso de vaidade e ego pode custar para os conservadores de Campo Grande.
Por Fabrizio Portilho