Às vésperas da greve das universidades e institutos federais completarem 80 dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse não ter “medo de reitor”. A declaração ocorreu durante um evento no Maranhão, nesta sexta-feira (21), para anunciar investimentos. Na ocasião, o petista criticou seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por não ter recebido representantes das universidades enquanto estava no cargo.
Vocês estão lembrados que um presidente que nunca recebeu um reitor na vida dele (sic). Eu, em apenas um ano e sete meses já convidei (sic) duas reuniões todos os reitores do Brasil das universidades e dos institutos federais porque eu não tenho medo de reitor e e esse dedo que falta não foram eles que morderam. Esse dedo eu perdi em uma fábrica – disparou. Na sequência, ele afirmou querer ter uma relação “mais democrática possível”.
No total, 50 universidades, 562 institutos e dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) paralisaram suas atividades. A reivindicação é pelo reajuste salarial dos professores.
Visando contornar o problema, Lula sugeriu um reajuste feito em duas parcelas. A primeira, de 9%, seria em janeiro de 2025, enquanto a segunda, de 3,5%, ocorreria em maio de 2026. Os grevistas analisam a proposta e, neste domingo (23), o resultado das deliberações será anunciado.