O Ministério Público Eleitoral requereu a suspensão do registro de candidatura de Pablo Marçal (PRTB), que concorre à Prefeitura de São Paulo. A solicitação atende a uma petição do MDB, partido do atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição. O MPE também pediu que seja aberta uma investigação por abuso de poder econômico.
A representação da sigla de Nunes alega “eventos carnavalescos” promovidos pela campanha de Marçal, com direito a “farta distribuição de brindes promocionais de candidatura com uso de evento público para seu favorecimento e promoção pessoal”.
A ofensiva política contra o empresário também cita seu privilegiado alcance nas redes sociais obtido pelo que entendem como promessas de sucesso financeiro e a suspeita de engajamento artificial produzido por “constelação” de perfis que compartilham as postagens do candidato.
De acordo com o material e com a documentação anexa, temos que o estímulo das redes sociais para replicar sua propaganda eleitoral é financiado, mediante a promessa de pagamentos aos “cabos eleitorais” e “simpatizantes” para que as ideias sejam disseminadas no sentido de apoio eleitoral à sua candidatura – diz o promotor eleitoral Fabiano Augusto Petean.
Petean expõe que “ao estimular o eleitorado a propagar as mensagens eleitorais pela internet, o candidato, sem declarar a forma de pagamento e computar os fatos financeiramente em prestação de contas ou documentações transparentes e hábeis à demonstração da lisura de contas, aponta para uma quantidade financeira não declarada, não documentada e sem condições de relacionamento dos limites econômicos utilizados para o ‘fomento eleitoral’ de tais comportamentos, desequilibrando o pleito eleitoral”.