“As desigualdades estão na raiz dos problemas que enfrentamos, ou contribuem para agravá-los. Precisamos de uma nova globalização que combata as disparidades”, defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante abertura da reunião conjunta das Trilhas De Sherpas e Finanças, nesta quarta-feira (13/12), em Brasília.
Queremos garantir que as profundas transformações que estamos vivendo resultem em bem-estar social, prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental para todos. A descarbonização da economia global e a revolução digital são processos que mudarão o planeta”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Lula reforçou as prioridades da Presidência brasileira do bloco e os esforços pela inclusão social, combate à fome e à pobreza, além da promoção do desenvolvimento sustentável e da reforma das instituições de governança global. “É inadmissível que um mundo capaz de gerar riquezas da ordem de US$ 100 trilhões por ano conviva com a fome de mais de 735 milhões de pessoas e a pobreza de mais de 8% da população”, pontuou.
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De acordo com Lula, o G20 será essencial para as discussões na COP 30, que será realizada em Belém do Pará em 2025, uma vez que as discussões tornam possíveis “contribuições audaciosas e meios de implementação adequados” para a promoção de planos nacionais de transformação ecológica, políticas de bioeconomia e definição de princípios básicos sobre o uso sustentável dos recursos naturais.
“Queremos garantir que as profundas transformações que estamos vivendo resultem em bem-estar social, prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental para todos. A descarbonização da economia global e a revolução digital são processos que mudarão o planeta”, completou.
Sobre a reforma nos sistemas de governança global, outro eixo prioritário da Presidência brasileira do G20, Lula propõe “enfrentar com seriedade o debate sobre o anacronismo das instituições de governança global”.
“É necessário aprimorar os mecanismos de financiamento climático. Os quatro maiores fundos ambientais possuem um saldo de mais de US$ 10 bilhões, mas países em desenvolvimento não conseguem acessá-los por empecilhos simplesmente burocráticos. Os bancos multilaterais de desenvolvimento devem ser maiores, melhores e mais eficazes, destinando mais recursos, e de forma mais ágil, para iniciativas que realmente façam a diferença”, marcou.
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