Faltando apenas uma sessão de discussão para ser votada, a proposta que ressuscita marajás no serviço público sumiu da pauta. O quinquênio reajustaria automaticamente em 5%, a cada 5 anos, salários já elevados no Judiciário, Ministério Público e mais 13 carreiras. A proposta leviana de Rodrigo Pacheco “não passa”, diz o senador Márcio Bittar (União-AC), falta apoio na oposição e no governo. Ciro Nogueira (PP-PI) concorda, Styvenson (Pode-RS) também: “Inoportuno para realidade brasileira”.
Desconfiado com o súbito desaparecimento do projeto, Eduardo Girão (Novo-CE) crê que houve um recuo estratégico: “Vão querer retornar”. “Acho que subiu no telhado”, diz Izalci (PL-DF) sobre a PEC inventada pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao custo de R$42 bilhões.
Na Câmara, o avanço é ainda mais remoto. “É 50% do necessário para construir o RS”, diz o deputado Pandovani (União-PR), contrário ao texto, o vice-líder do governo José Nelto (PP-GO) diz que não há clima para dar aumento para juízes, a “classe dos marajás do Brasil”.