Tropas em solo de Israel avançavam pela Faixa de Gaza nesta quinta-feira (2), enquanto os Estados Unidos e países árabes intensificavam esforços diplomáticos para relaxar o cerco ao enclave governado pelo Hamas e conseguir ao menos uma breve pausa no conflito para ajudar civis.
De acordo com o general Itzik Cohen, comandante da 162ª Divisão das Forças de Defesa de Israel, as tropas israelenses estão nos “portões da Cidade de Gaza”.
Nesta quarta (1º), o presidente americano, Joe Biden, sugeriu uma “pausa” humanitária, enquanto centenas de pessoas com passaporte estrangeiro e palestinos feridos receberam aval para deixar Gaza pela primeira vez, pela passagem de Rafah ao Egito. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, deve voltar à região nesta sexta (3).
Os países árabes, entre eles aliados dos EUA e em paz com Israel, demonstram insatisfação com a guerra. A Jordânia convocou seu embaixador em Israel e disse ao enviado israelense que ele deve ficar fora do país até que pare a “catástrofe humanitária”.
O confronto começou quando o grupo terrorista Hamas lançou uma sangrenta incursão em 7 de outubro em Israel, na qual matou centenas de homens, mulheres e crianças. Cerca de 240 pessoas foram capturadas.
Os EUA têm reafirmado apoio incondicional a Israel e buscam tirar o Hamas do poder em Gaza, bem como destruir suas capacidades militares. A abertura para a saída de pessoas por Rafah ocorreu após semanas de conversas entre Egito, Israel, os EUA e o Catar, este um mediador com o Hamas.
Foguetes de Gaza atingiam Israel, e escaramuças diárias entre Israel e militantes do Hezbollah no Líbano afetavam a vida de milhões de israelenses, além de forçar estimados 250 mil a deixar suas casas em zonas fronteiriças no norte e no sul do país. Já o Ministério de Saúde de Gaza afirmava que mais de 8,8 mil palestinos foram mortos no confronto, em sua maioria mulheres e menores de idade, com mais de 22 mil feridos.
Mais de 1,4 mil pessoas morreram do lado israelense, muitos deles civis mortos durante o ataque inicial do Hamas. Nos dois casos, a escala das vítimas é sem precedentes nesses conflitos.